Capítulo 35 - Bem ou mal?

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No veículo haviam quatro homens. O passageiro do banco dianteiro um jovem moreno de porte físico mediano abriu a porta e desceu. Carol o reconheceu.

"Rick, esse é outro de meus irmãos."

O rapaz veio em nossa direção, ele mostrou as mãos abertas e falou:

"Olá amigo, sou Tariq, irmão de Carol. Gostaria de falar contigo e com minha irmã."

Eu me livrei do cinto de segurança e ia abrindo a porta, quando Carol me segurou pelo ombro.

"Não desce Rick, eu não conheço os do banco traseiro, mas o motorista é um antigo funcionário de Nassif. Ele é um ex-policial, sempre foi truculento e costuma usar de arma para intimidar as pessoas."

"Não temos opção meu bem. Eu vou descer e tentar dialogar com esse seu irmão, vamos o que ele tem a dizer."

Eu desci e o rapaz veio em minha direção e falou calmamente:

"Você deve ser Ricardo, escuta pode vir tranquilo, somos gente de paz. Eu venho falar em nome do nosso pai. Ele está muito preocupado com nossa irmã. Não tenho nada contra você, apenas quero conversar contigo, pode ser?"

Eu assenti e fiquei de frente para o rapaz que me estendeu a mão. Retribui o gesto, porém sem tirar os olhos dos outros. Ele continuou falando.

"Desculpe ter impedido sua passagem dessa forma,mas é por uma boa causa. Por favor não nos leve a mal, por muito tempo não vejo minha querida irmã. Desejo apenas o bem dela e peço que deixe aos nossos cuidados."

"Isso já foi discutido com seu outro irmão. Carol deixou claro que não deseja ir com vocês."

Com um franzir de sobrancelhas ele demonstrou não ter gostado da minha resposta e se irritou mais ainda quando Carol gritou:

"Deixem-me em paz, eu não quero e não vou acompanhar vocês a lugar algum!"

O jovem ficou mudo por alguns segundos olhando para ela, depois voltou a olhar para mim e falou:

"Ricardo, posso saber que tipo de relação você tem com minha irmã?"

"Olha amigo, isso não é da sua conta, por favor tire seu veículo do nosso caminho."

"Está enganado, isso é da minha conta sim. Essa guria é minha irmã caçula e eu estou aqui representando nosso pai, único a ter autoridade sobre ela. Se por acaso você tem a intenção de viver maritalmente com Carol vai ter que pedir o aval dele."

"Isso está fora de cogitação. Carol é uma pessoa adulta e portanto não precisa de autorização paterna para nada."

Ele novamente franziu as sobrancelhas, porém continuou mantendo o tom cordial.

"Ah meu amigo, você não deve conhecer bem nossa irmã. Vamos nos afastar um pouco? Eu gostaria de ter em particular contigo, uma conversa de homem para homem. Pode ser?"

"Se tem algo a me falar, pode ser diante de minha namorada."

"Muito bem, então que assim seja, mas não é algo que possamos conversar no meio da rua. Meu irmão e nosso primo estão vindo, assim que chegarem podemos ir a um lugar discreto dessa cidade e conversar como pessoas civilizadas. Ok Ricardo?"

"Tariq não temos mais nada para conversar, quero apenas viver liberdade para viver como quiser e com quem eu quiser .", falou Carol.

Nessa altura os homens tinham descido da Land Rover. Um deles era irmão de Carol, mas não ia deixar levá-la de mim contra a vontade, sem fazer nad

O Amor em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora