Capítulo 20 - O deus da morte

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"Eu posso ir até agora Carol, mas você vai me dizer qual a tetra que aquela motoqueira loira tem contigo." Por que ela te ofendeu daquela maneira?"

"Isso não é da tua conta, você não é nada meu!"

"Pode ser, mas ficou bem claro para mim, que o acidente ocorreu porque ela se distraiu quando nos viu se beijando na calçada. O que aquela loira tem contra você?"

"O que está insinuando, Rick?'

"Você tem algo a me esconder?"

"Não tenho nada a te esconder, apenas quero falar coisas do meu passado, com alguém que não é importante para mim!"

"Então é assim?"

"Sim, não devo nada a você, só conheço pessoalmente faz alguns dias, por isso não aceito que me pressione."

"Está bem, assim que chegarmos pego as minhas coisas e volta para São Paulo."

O clima fechou dentro do carro. Carol virou o rosto e ficou muda o restante do trajeto. Eu também estava chateado, pois já gostava dela e não queria terminar daquela maneira súbita, por causa de um incidente envolvendo terceiros. Chegamos na casa de Carol, eu não guardei o carro na garagem da vizinha. Deixei o veículo estacionado na porta da casa de Carol. Quando entramos me dirigi ao quarto e fui juntando meus pertences. Ela me olhava tentando mostrar indiferença. Quando guardei a última peça de roupa e fechei a mala, ela me abraçou me abraçou por trás.

"Rick, me desculpe, eu fiquei muito agitada com tudo o que aconteceu hoje, você não precisa ir." "Esquece o que te falei no carro, você é importante para mim sim."

"Não, sei Carol, talvez seja melhor eu partir, pois vim até aqui para ficar contigo e te amar, não para brigar com você."

Ela me beijou no rosto, me abraçou ainda mais forte e começou a falar no meu ouvido.

"Deixa disso, eu não quero que você vá embora,  também estou gostando de ti." Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida nesse ano, por favor releva o que o que aconteceu."

Aquilo era tudo que eu esperava ouvir, eu não falei nadada, minha resposta foi me virar e lhe dar um beijo. Ela correspondeu, então nos abraçamos, deitamos na cama e logo estávamos sem roupa e fazendo amor pela primeira vez. Nunca antes eu tinha sentido tanto desejo por uma mulher, agora estava me realizando e ela parecia estar correspondendo, foi uma madrugada maravilhosa, após uma tarde e um início de noite de tormenta. Após o amor nos abraçamos e voltamos a falar sobre o dia passado, agora estávamos tranquilos e relaxados.

"Sabe Rick, eu conheço a Rafa, a líder das lobas do asfalto faz alguns anos, ela eu, temos algumas diferenças."

"Isso deu para eu perceber."

"Quando cheguei em Curitiba eu não tinha nada, não conhecia ninguém, cheguei até a morar na rua, passei fome e frio." "Mas eu conheci algumas pessoas legais que me ajudaram, uma delas foi o Rafael, ele era irmão da Rafaela, a Rafa, que você teve o prazer de conhecer ontem."

" Então você se envolveu com o irmão dela, imagino."

"Pois foi isso mesmo. Ele era uma pessoa muito diferente dela, era um piá tranquilo, muito atencioso. Ele tinha mais ou menos o teu jeito e também era bonito como você."

Me senti envaidecido com o elogio, afinal poucas coisas fazem tão bem para o nosso ego do que o apreço da pessoa amada, eu sorri para ela, a abracei com mais ternura e continuei prestando atenção em sua narrativa.

"No início eu não gastava dele, naquela época eu me sentia mais atraída por sujeitos tipo bad boys, mais aos poucos ele foi me cativando e começamos a namorar." Porém a Rafa sentia muito ciúme do irmão, ela não gostava de mim. Dizia que eu não era boa escolha para ele e começou a fazer de tudo para nos separar."

O Amor em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora