Capítulo 42 A cor do passado

28 7 69
                                    

—Nossa, isso é muito bom doutor, o senhor tem certeza, eu vou ter mesmo uma menina?

—Claro Mariane, você tem uma garotinha aí dentro e parece estar tudo bem com ela. Meus

parabéns mamãe!

Eu fiquei muito feliz com a notícia, e agradeci ao doutor por seus votos e sua atenção.

comigo, depois Meu pressentimento tinha sido confirmado. Vi-me tomada de uma enorme

ansiedade para contar ao Rick e ver sua reação. Liguei para a oficina e avisei as garotas

sobre o sexo do bebê e disse que estava indo para casa contar a novidade ao pai.

Quando cheguei em casa o encontrei sentado em frente ao computador estudando uns

gráficos que pareciam ser coisas relacionadas ao seu ramo de trabalho. Ao perceber minha

presença ele se levantou e veio ao meu encontro. Um beijo, um abraço, sorrisos e carícias.

Disse em seu ouvido que ele iria ser pai de uma menina.

—Sério meu bem?

—Sim, meu amor, o doutor Gabriel me disse que ela tem muita saúde disse enquanto

tirava o ultrassom da bolsa.

—Que bom meu amor!

—Eu já combinei tudo com o Doutor para fazer todos os exames do pré Natal e ele vai me

acompanhar até o nascimento dela. Eu confio muito neste médico, é um profissional

responsável e experiente. Ele é um velho conhecido de nossa família. Inclusive meu parto

e o da Tarsila também.

—Sempre ouvi dizer que quando o exame indica ser uma menina, existe uma possibilidade

de erro.

— Querido acho improvável, doutor Gabriel é um profissional muito conceituado.

—Então está bem, vou comprar uma caixa de bombons para a gente comemorar.

—Não está tão bem assim. Você não me parece feliz.

—Estou feliz sim, não era uma menina que você queria?

—Sabe que para mim não importa o sexo, mas agora não estou certa se você pensa do

mesmo jeito. Me parece desapontado, pode me falar a verdade, você desejava que fosse

ser um menino.

Ele pareceu ficar confuso com a minha indicação. Voltou a me abraçar, me beijou e depois

falou.

—Não é nada disso, meu bem. Eu apenas acreditava que nosso primeiro filho seria menino

e depois teríamos uma menina. Sabe quando eu estava na cadeia, tive um sonho, meio

louco, em que a gente tinha um menino e uma garotinha um pouco mais nova.

—Pensei que você não acreditasse em pressentimentos.

—Não foi um pressentimento, foi apenas um sonho, inclusive um velho amigo, já falecido, o

Padre Etienne estava nele. Tinha também você o Junior, nosso filho e nossa garotinha.

O Amor em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora