Capítulo 1

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Boa leitura maravilhosas.
Votem e comentem muito 😘😍.

Essa é outra adpatação que preparei para vocês maravilhosas .

Estou escrevendo a segunda temporada de Era só uma Rapidinha, não se preocupem,mas só postarei quando terminar de escrever ela completa .

      Espero que gostem 😘😘😍

Bruna Gonçalves.

No pequeno quarto do apartamento onde moro, observo fixamente minha imagem no espelho:

A maquiagem impecável ressaltado do castanho dos olhos; os cabelos bem escovados, com as madeixas loiras caindo sobre a testa, o início da cicatriz no peito escapando do decote alto do vestido preto, curto e colado.

Me pergunto como cheguei a esse ponto, prestes a sair para passar a
noite com um homem completamente
desconhecido, que me encontrou por meio de uma agência de prostituição e, pelo que me parece a milésima vez, faço uma incursão mental pela minha própria vida, sem mais me permitir lamentar, mas apenas me conformar com as adversidades que o destino tem colocado em meu caminho.

Meu infortúnio começou quando nasci com um grave problema de saúde, em uma pequena fazenda no interior de Goiás  .

Nunca fui uma criança normal.

Devido a uma cardiopatia congênita, tinha falta de ar quando mamava não conseguia brincar como as outras crianças; sequer tinha fôlego para chorar quando necessário e dava vários sustos em meus pais quando acordava toda roxa durante a madrugada.

Em uma dessas ocasiões, quando eu tinha já dez anos, minha mãe me levava às pressas para o hospital, debaixo de um temporal, em meio a uma aflição que a levou a perder a direção do carro e o capotar várias vezes para fora da estrada, um acidente horrível que levou sua vida e me garantiu mais um motivo para sentir remorso.

Depois disso me tornei uma sobrevivente não apenas desse lamentável episódio, mas também da falta de cuidados por parte do meu pai, um homem da terra, nascido e crescido na roça,introspectivo o suficiente para se poupar de me levar aos grandes centros de tratamentos quando eu precisava.

Não que ele fizesse isso deliberadamente, ele é um bom homem, apenas não sabe como agir durante as horas difíceis e tão pouco tem desenvoltura para entrar comigo em um hospital lotado.

É um homem muito reservado,excessivamente tímido.

Então cresci com meu coração fragilizado e apenas ao me mudar para o Rio de Janeiro, aos dezoito anos, após concluir o ensino médio na escola,descobri que tinha essa cardiopatia congênita, para a qual o único tratamento era o transplante do órgão.

Então, entrei na fila gigantesca a espera de um doador.

A princípio, quando me mudei para o Rio , vim morar na casa da minha madrinha,também recém chegada aqui, depois de algum tempo a filha dela e eu nos tornamos grandes amigas e alugamos nosso próprio apartamento, um lugar pequeno, porém só nosso, cujo aluguel ela custeava com sua renda do trabalho como garçonete e eu com a venda de alguns animais da fazenda, realizada pelo meu pai, com o intuito de me ajudar.

Depois passei a trabalhar como revendedora autônoma de roupas usadas na internet, algo que eu podia fazer em casa, sem grande esforço, dentro das minhas limitações.

Entretanto, o destino nunca esteve do meu lado.

Mesmo com os novos tratamentos realizados na cidade do Rio de janeiro em que fica o maior centro médico do país, em pouco tempo as crises de falta de ar foram se agravando, se tornando cada vez mais frequentes, até que se tornou quase tarde demais para mim e precisei ser hospitalizada.

Cicatrizes (versão brumilla ) Onde histórias criam vida. Descubra agora