Capítulo 6

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Boa leitura maravilhosas .
Votem e comentem muito .

Bruna Gonçalves .

Depois que o médico e a enfermeira deixam
o aposento, Luna e eu tomamos nosso café da
manhã, trazido pelo pessoal que passa empurrando o carrinho, ajeito os cabelos dela, nos agasalhamose e esperamos.

Poucos minutos depois o Dr. Bonitão reaparece, exalando charme por cada poro ao desfilar dentro de um jeans colado e uma jaqueta de couro preta, fazendo o estilo descolado que eu tanto apreciava nos caras antes de conhecer a minha chefe.

Agora ela é a única pessoa  na face da terra por quem consigo me sentir atraída e seu estilo clássico é o único que consigo admirar.

É realmente uma pena que ela não sinta o mesmo, parece sequer me enxergar como uma mulher.

Na certa tem outrapessoa, ou considera que eu esteja abaixo demais dela.

Deixamos o hospital em um carro esportivo
de luxo dirigido pelo médico, Luna acomodada no banco traseiro e eu ao lado dele na frente.

Apesar de ser dia, ainda está escuro, pelo menos não há nevasca e as luzes dos postes podem dar claridade às ruas.

Acabei de me lembrar que não sei o nome da rua onde moramos, mas posso te explicar o caminho. — falo, tão logo deixamos a garagem do prédio.

— É na casa da mãe dela?

— Sim, você a conhece?

— Claro.

Todo mundo em Fairbanks conhece a Sra. Oliveira, ela é a mulher mais rica e poderosa do Alasca.

— Acho que já ouvi isso antes.

Realmente minha chefe é uma mulher que tem
tudo, menos um coração, que é o que realmente
importa.

Ela parece se preocupar unicamente com o
dinheiro, as filhas nada representam para ela.

— Mas me conta, o que te fez trocar o calor
do Brasil pelo frio do Alasca?

Conto a ele, resumidamente, como vim
parar aqui e quando o indago ao mesmo respeito,fico sabendo que está na cidade temporariamente,mais para agradar a família que por vontade própria.

Revela que por aqui as famílias ainda são
muito tradicionais, supervalorizam os laços, o
conservadorismo, o casamento e essas coisas e
quando se formou foram tantas as insistências, por parte dos pais e do irmão mais velho, que acabou voltando, pelo menos por um tempo.

Conta ainda que sua família toda trabalha no ramo da indústria madeireira e, com orgulho, acrescenta que são responsáveis pela fundação e cuidados da maior reserva marítima do estado.

Ao estacionarmos diante da mansão, ele tira
um cartão do bolso da sua jaqueta e entrega-me.

— Aí está o número do meu celular, não
deixe de me ligar se Luna apresentar qualquer
sintoma de que a gripe piorou, embora eu acredite que ela só vai melhorar.

— Ele se vira para Luna e se despede dela com descontração, antes de se dirigir novamente a mim — Me liga também se estiver entediada e quiser sair para beber alguma coisa, ou dançar um pouco.

Juro que tem lugares legais no meio de todo esse gelo.

— Ligo sim. Obrigada pela carona e por
cuidar da Luna tão bem.

— Ela tem sorte por ter você.

Nos despedimos e deixo o carro. A fim de
proteger Luna do frio intenso durante o percurso do veículo até a casa, levo-a no colo, agarrada comigo.

Cicatrizes (versão brumilla ) Onde histórias criam vida. Descubra agora