Capítulo 17

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Boa leitura maravilhosas.
Votem e comentem muito 😍.

2/2

Todos na casa ainda estão dormindo quando Joseph e eu saímos para que ele me leve de volta até o lugar onde nos encontramos na noite passada:
na estrada de cascalhos a alguns metros de distância da mansão da Ludmila, onde as câmeras de
segurança do meu chefe não têm alcance e de onde prossigo a pés até a casa.

Ao entrar encontro Ludmila
na sala, acomodada em um dos sofás.

Está muito abatida, o rosto cansado com olheiras profundas.

Tem os olhos avermelhados, indicando a falta de sono e angustiados.

Ainda usa as mesmas roupas com as quais esteve na danceteria na noite anterior, parecendo não ter sequer se deitado para tentar dormir.

Tão logo me vê entrar se levanta e vem me encontrar no caminho, fitando-me com aflição.

Encarando-a de perto constato mais uma vez o quanto a amo, desesperadamente e o quão
grande é esse amor, muito maior que qualquer detalhe biológico que possa nos ligar.

Você está bem? — indaga ela, a voz
carregada de inquietação.

Sim. Pelo menos mais calma.

Passei a noite inteira te ligando.

— Eu sei. Não pude atender, estava aflita demais.

— Me desculpe por tudo isso, por ter
causado toda essa aflição.

Seu corpo estremece ao pronunciar as palavras.

As meninas estão em casa?

— Sim. Estão no quarto.

Precisamos conversar e não pode ser
aqui, porque elas podem descer a qualquer momento.

Antes de mais nada, eu preciso saber.

Ela se aproxima mais um passo, colocando-se tão perto de mim que seu cheiro gostoso me alcança, o
que é suficiente para que meu coração bata descompassado no peito.

Você dormiu com ele?

Passou a noite com o Duarte?

Sua desconfiança me enfurece. Quem ela pensa que sou para sair da cama com ela e pular na cama de outro?

Sua desconfiança demonstra que tipo de mulher você me julga ser. murmuro, entredentes.

Não é desconfiança, é paixão. — Ela
segura minha face entre suas mãos, aproximando seu rosto quase a ponto de tocá-lo no meu.

Eu sou tão louca por você que me desatina a ideia de a imaginar com outra pessoa.

O calor do seu hálito com cheiro de uísque acariciando minha pele me inebria, fazendo-me esquecer de tudo mais.

Ele não chegou perto de mim.

Dormi no quarto de hóspedes.

Com isto, ela me estreita em um abraço,acolhendo meu corpo de encontro ao seu,apertando-me com tanta força que tenho dificuldade de respirar, seu calor gostoso me
afetando, me arrebatando, deixando-me perdida de
paixão, meu coração acelerando ainda mais no peito.

Queria ficar assim para sempre, acolhida em seu abraço, pois parece tão confortável, tão correto,
como se esse fosse o meu lugar no mundo, o meu lar, no entanto, ainda precisamos conversar.

Vamos conversar. — proponho,
desvencilhando-me do abraço.

No escritório. — Ela segura-me pela
mão e me conduz até seu escritório no subsolo.

Cicatrizes (versão brumilla ) Onde histórias criam vida. Descubra agora