Minhyuk desceu as escadas enquanto cantarolava algo que tinha ouvido no sonho há alguns dias, precisava cantar para Roseanne, para talvez ela escrever algo em cima daquilo. A última semana havia sido uma loucura, tinha sido apresentado para vários amigos empreendedores do pai, o que foi terrivelmente entediante. Sua vontade era de chamar a atenção de todos deles, inclusive dos seus pais, para dizer que era um músico e que não iria passar o resto da vida de terno e manipulando outras pessoas.
Perdido em seus pensamentos, demorou um pouco para perceber alguém de costas do lado de fora do prédio. Ela se virou de forma rápida quando percebeu que estava sendo observada, longos cabelos soltos, corações desenhados dos dois lados da bochecha como parte da maquiagem bem excêntrica, roupas inspiradas na cultura skatista como a que seu irmão amava, e botas demonia swing. Com os braços cruzados, e sorriso no rosto, ela o encarou, que chegou olhar para os lados para ter certeza de que era ele o alvo da garota.
— Perdeu alguma coisa aqui? – perguntou, não realmente na intenção de ser grosso.
— Na verdade... eu vim entregar – ela respondeu com um sorriso perverso –, mas antes, foi um grande vacilo da sua parte ter deixado alguém cortar as cordas da guitarra do seu amigo. Se quer ser um músico, precisa prestar mais atenção nessas coisas, nunca se sabe quando um inimigo vai aparecer para estragar tudo.
— Incomoda com a sua banda, gatinha, que eu cuido da minha.
Minhyuk deu mais alguns passos para sair logo dali, mas Mei segurou seu ombro, impedindo que fizesse tal coisa.
— Mas eu não sou sua inimiga – iniciou outra vez. – Inimigos adorariam te ver sendo enganado debaixo do próprio nariz, e eu não posso cantar tantas críticas a hipocrisia das pessoas para depois não fazer nada quando vejo algo de errado acontecendo.
Mei tirou uma coisa de dentro da blusa, uma impressão de uma foto que chamou atenção de Minhyuk. Devagar, ela foi aproximando aquilo dele, que puxou sem paciência para ver do que se tratava. Franziu as sobrancelhas ao ver que era uma foto de Roseanne e Lalisa, sentada na borda da piscina de algum lugar. Elas estavam claramente só conversando, mas quando Mei percebeu o ângulo da foto que um de seus amigos havia tirado, achou que aquilo seria uma boa para seguir seu plano de mexer com a confiança que os membros da banda rival tinha uns com os outros, e percebeu que aquilo estava funcionando assim que viu Minhyuk engolir em seco.
— Eu tenho certeza de que Rosé te amou, mas acredite em mim, sentimentos reprimidos sempre voltam e fazem o caos – Mei disse se afastando aos poucos, não tendo mais nada para fazer ali – sei que é um choque por você, mas espero que um dia entenda e possa me recompensar. Aliás, você é muito bom na guitarra, se algum dia quiser mudar de time, pode me procurar.
Sozinho, Minhyuk continuou no mesmo lugar, só se movendo poucos segundos após Mei já ter desaparecido. Olhou para aquela foto mais uma vez, mas logo guardando-a no bolso e indo para onde pretendia antes mesmo daquela garota chegar.
Um pouco longe dali, Jennie estava deitada no colo de Roseanne no sofá do apartamento, enquanto esta fazia carinho em seu cabelo. Mesmo sendo muito próximas, e se considerando irmãs, aquelas duas não eram do tipo que demonstravam amor através de carícias, ou de muitas palavras de afeto, mas ali estavam as duas naquele momento calmo – na verdade, calmo apenas de aparência, já que Roseanne continuava a pensar em sua situação com Lalisa e Minhyuk, e Jennie se perguntava como faria para Jisoo acreditar nela.
— Rosie?
— Hum?
Roseanne parou o que estava fazendo, assim que Jennie lhe chamou. Demorou alguns segundos até que ela falasse algo, mas a pergunta veio.
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rager teenager
FanfictionLalisa percebe que mesmo nunca esperando por grandes aventuras, não aguenta mais ficar no mesmo lugar e ir para Seul talvez possa ser uma boa ideia. Ela está convicta da vida sem conflitos que viverá na capital, mas tudo parece incerto quando em uma...