Verde, Azul e o Fim

Capítulo 8

— Noah? — Josh chamou. — O que está fazendo aí? — Ele entra na cozinha e para na frente do moreno sentado na bancada enquanto bebia um copo de água e balançava as perninhas que nem chegavam a tocar o chão.

— Estou sem sono. E você?

— Na mesma. — A verdade é que ele estava preocupado com toda aquela situação com Matthew. Deveria tê-lo matado quando teve a chance, agora ele estava por aí e estava caçando as pessoas que ele amava.

— O que vocês tanto conversavam ontem no seu escritório?

— Estava bisbilhotando? — Indagou com um sorrisinho de canto. Noah devolveu o sorriso e confirmou com a cabeça. — Estávamos pensando em alguma coisa para tornar as coisas mais difíceis para o Matthew. — O sorriso de Noah rapidamente se desfez. — Vamos mandar Joalin, Bailey, Sofya, Sav e Krystian, talvez, para longe por algum tempo. Sofya e Krystian vão possivelmente ficar com Bailey. Krystian não é um alvo, mas talvez precisemos dele, isso se ele quiser é claro. Lorenzo vai cuidar de Joalin, que ela não me escute dizer isso, e ela por sua vez vai cuidar de Savannah. Vai ficar tudo bem. — Noah engole em seco nervoso. Josh não o traria ali e depois o abandonaria, ele não faria isso.

— Você não me incluiu nisso.

— Porque vamos ficar juntos. — Urrea mordeu o interior da bochecha para evitar o sorriso que lutava para crescer em seu rosto.

— Vamos?

— Sim, a não ser é claro que você prefira ficar com outra pessoa.

— Não. Quero ficar com você.

— Eu vou cuidar de você, nada de ruim vai te acontecer enquanto eu estiver por perto. Eu prometo. — Noah sorri para ele sentindo as bochechas queimarem e o estômago revirar. Talvez fosse o fato de Josh estar ali em sua frente dizendo que o protegeria e cuidaria dele, ou talvez fossem os olhos azuis como o mar com as pupilas dilatas o encarando com tanta intensidade, mas ele nunca tinha se sentido tão bem. Aquilo era melhor que qualquer coisa. A conexão no olhar deles era a mais perfeita já vista em qualquer lugar. Nada mais importava naquele momento. A única coisa que ainda importava eram suas respirações ficando cada vez mais descompassadas enquanto os corações começavam a bater no mesmo ritmo e os olhares desciam para os lábios um do outro. Noah mordeu o lábio inferior e o olhou nos olhos. Tinha tanta coisa ali entre eles. Tanta coisa que eles não conseguiam enxergar.

Noah ergueu a mão trêmula e hesitante e tocou a bochecha de Josh com carinho. A barba rala pinicava seus dedos, mas era tão bom poder tocá-lo. Josh arfou surpreso com o toque, mas não desviou, não poderia nem se quisesse. Estava paralisado. Nem em um milhão de anos ele iria querer se afastar daquele toque. Era quase uma tortura ter Noah tão perto de si e não fazer nada. Não poder tocar aqueles lábios macios. Ou passar as mãos pela cintura fina. Não sentir o corpo quente colado no seu. Nenhum deles aguentava mais aquilo. Então, quando Noah decidiu finalmente quebrar o espaço entre eles e seus lábios finalmente se tocaram foi como se tivessem descoberto o que precisavam a vida inteira. Foi um encaixe perfeito. A partir daquele momento eles souberam que nada nunca seria igual aquilo. Nenhum beijo nunca seria tão bom. Nenhum toque nunca seria tão desesperador e excitante. Beauchamp segurou a cintura de Noah com firmeza e aprofundou o beijo. Suas línguas se acariciavam em uma dança lenta e sensual. Josh o segura pela nuca e continua o beijando como se a vida dependesse disso. Ele segurou o mais novo pelas coxas e o tirou da bancada. Noah entrelaçou as pernas no quadril dele e separou o beijo para que eles conseguissem respirar. Argh, maldito ar! Josh foi para o pescoço deixando beijos suaves e algumas mordidas pela pele bronzeada. Noah voltou a beijá-lo enquanto eles saiam da cozinha ainda entrelaçados um no outro. Josh subiu os degraus com cuidado enquanto o beijava e foi para o seu quarto, o colocando deitado na cama. Tudo que ele queria naquele momento era tirar as roupas de Noah e...