Capítulo 18

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Mais tarde naquela noite, Noah acordou dolorido sentindo um peso sobre sua cintura. Ele levantou a cabeça do peito do loiro tentando não se mover muito bruscamente para ele não acordar e lentamente tirou o braço dele de sua cintura. Josh dormia serenamente. Parecia um anjinho com os cachinhos loiros caindo sobre a testa e a boca entreaberta ressoando tranquilamente. Noah sorriu bobo deixando um beijo singelo na bochecha do mais velho e se levantando.

Ele foi até o banheiro vendo a bagunça que eles tinham feito. O chão estava todo molhado, o lugar ainda cheirava a baunilha e morangos e a banheira ainda estava cheia. Ele tirou a tampa do ralo da banheira deixando a água escoar e ligou o registro da água quente do chuveiro. A água descia limpando cada parte do seu corpo e amenizando as dores que ele sentia.

Ele saiu do banho alguns minutos depois, se enrolando em uma toalha e saindo do banheiro. A janela do quarto estava aberta o que fazia um vento frio entrar no quarto e arrepiar o corpo nu e quente do de olhos verdes. Noah foi até a janela pronto para fechar a cortina, mas... não, não, não. Isso não é possível. Não pode ser...

Ele fechou a cortina rápido, mas o sorriso sádico do homem na calçada em frente a sua janela ficou gravado em sua cabeça. Matthew sorria como um maníaco, como se tivesse acabado de ganhar um jogo que ele estava jogando a muito tempo. Noah sentiu uma gota de suor descer por sua coluna, o fazendo estremecer. Aquilo foi como um balde de água fria em cima de sua cabeça. Ele estava feliz. Muito feliz. Feliz como não ficava desde... desde nunca. Josh o fazia bem, o fazia querer viver e aproveitar cada segundo. O fazia sorrir e sentir borboletas no estômago. Mas como sempre, Matthew tinha que estragar tudo. Tinha que aparecer como a porra de um tsunami que derruba tudo no caminho.

— Não, não é possível. — Ele murmura desacreditado encarando a cortina. — Como? Mas...? Aí meu Deus... — Noah balança a cabeça tentando se convencer de que Matthew não passava de uma mera ilusão de sua cabeça, mas não, não era. Ele estava ali. Parado. Em frente ao prédio olhando bem para a janela. Ele viu tudo. Aí, meu Deus. Ele foi até o lado direito da cama onde Josh ainda dormia e chacoalhou o loiro pelos ombros em total desespero. Ele já sentia as lágrimas brotando em seus olhos e a respiração começando a ficar ofegante e as mãos começaram a tremer. — Josh, acorda, por favor, ... acorda, droga! — Beauchamp resmungou sonolento, mas se sentou na cama piscando os olhos rápido para conseguir normalizar a visão.

— O que foi? — Coçou os olhos. Noah correu até o closet suspirando aliviado por ele já estar acordado e pegou peças de roupas para os dois. Josh franziu o cenho confuso quando ele sai do closet com várias peças de roupas nas mãos, jogando tudo sobre a cama.

— Vamos sair daqui, por favor, vamos embora agora! — Disse com urgência enquanto tentava vestir um par de calças. Josh se levantou confuso enrolando a cintura com o lençol. O canadense o segurou pelo braço o forçando a olhar dentro dos olhos azuis. Noah estava em pânico.

— Noah, o que aconteceu?

— E-Ele está lá... lá fora... o-olhando para cá. — Gaguejou, apontando para a janela com o dedo indicador trêmulo. — Matthew está lá fora. — Josh franziu o cenho olhando de relance para a janela e então negou com a cabeça.

— Isso não é possível, se ele tivesse em Londres Sina nos diria. — Urrea revirou os olhos segurando o braço de Josh com firmeza fincando as unhas curtas na pele sem perceber começando a ficar desesperado para que Josh acreditasse nele.

— Eu o vi, Josh! Eu... por favor...! — Beauchamp assentiu rápido.

— Termina de se vestir, vamos sair daqui. Não é mais seguro. — Ele descarta o lençol e começa a se vestir com pressa. Eles precisavam sair dali imediatamente, não sabiam o que Matthew estava tramando, mas se ele estava ali devia ser porque estava disposto a sujar as mãos.

Verde, Azul e o FimOnde histórias criam vida. Descubra agora