Capítulo 15

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— Não aguento mais ficar nesse apartamento! —Josh se jogou na cama de bruços, entediado, tentando chamar a atenção do mais novo, mas Noah não desvia os olhos do seu livro.

— Imagino que não. Saudades das noites fora creio eu. — Comentou, ácido. Beauchamp ergueu uma sobrancelha.

— Você anda bem venenoso ultimamente, Urrea. O que foi? — Noah largou o livro em cima da mesinha de cabeceira e passou a mão pelo cabelo com nervosismo.

— Só ando meio... frustrado. Não aguento mais ficar aqui sem fazer nada, você tem m noção de que eu já li aquele livro cinco vezes? — Apontou para o livro jogado na mesinha de cabeceira.

— Deveria ter trazido mais então. — Comentou Josh com um sorriso brincalhão. O moreno revirou os olhos e cruzou os braços sobre o peito. — Você anda frustrado como? — Noah abriu a boca para tentar explicar, mas Josh o interrompeu com um sorriso malicioso e colocando a mão na coxa dele. — Sexualmente? — Noah riu incrédulo.

— Tudo se resume a sexo para você? — Ele sorriu brincalhão. — Tem certeza de que não é ninfomaníaco?

— Se eu fosse eu já teria te atacado a muito tempo, não acha? — Josh mordeu o lábio inferior e sorriu de canto. — Você bem que podia...

— Nem termine essa frase!

— Eu ia dizer para fazer uma Yoga ou coisa assim — O loiro riu tentando se desvencilhar dos tapas de Noah. Urrea revirou os olhos, se recostando na cabeceira de madeira da cama e cruzando as pernas como um índio.

— Por que não tentamos conversar? — Josh se ajeitou na cama e se sentou de frente para ele.

— Sobre?

— Os dois anos que ficamos longe. — Beauchamp revirou os olhos com tédio.

— Sério, Noah? — O mais novo fez um beicinho pidão e piscou os olhinhos verdes cheio de inocência e doçura. Josh revirou os olhos sabendo que Noah estava tentando o manipular, e que estava funcionando. — O que você quer saber?

— Estava no fundo do poço sem mim? Andando por aí sem direção e olhando para todos esperando ver meus rostos nos rostos deles? — Urrea provocou com um sorriso atrevido. Kyle comprimiu os lábios para não deixar um sorriso escapar.

— A sua frustração está te deixando piegas ou é impressão minha? — Noah desfez o sorriso e o empurrou fraco pelos ombros. Josh gargalhou alto e apertou as bochechas vermelhinhas do garoto em sua frente. Jacob deu um tapa na mão dele para afastá-lo.

— Babaca.

— Agora é a sua vez. Fale sobre esses dois anos. — Noah suspirou nostálgico.

— Foram incríveis, os melhores que eu já tive na minha vida. Claro, a rotina de ter que acordar cedo e ir trabalhar era tão chata, mas era boa, sabe? Significava que eu estava tendo uma vida normal.

— Você namorou com alguém?

— Fiquei com alguns caras, mas nada muito sério, só uns beijos — deu de ombros com indiferença. — Nada de namoro. Não me sentia pronto para ter um relacionamento desse tipo com ninguém. Fora que tem todo o lance físico que essa relação implica. Não me sinto confortável com isso.

— Mas não parece desconfortável quando estamos... — ele parou para pensar na palavra correta — ...nos tocando. — Noah olhou dentro das lagoas azuis e deu um sorriso tímido.

— Porque é com você. E eu sei que você não ia fazer nada que me deixasse mal.

— Você disse que não se sentia pronto para um relacionamento desse tipo... ainda não está pronto? — Noah inclinou a cabeça para o lado e analisou o loiro.

Verde, Azul e o FimOnde histórias criam vida. Descubra agora