Verde, Azul e o Fim

Capítulo 12

— Deveríamos ter trazido comida. — Sofya reclamou batendo as portas dos armários, irritada. Quando eles chegaram à casa no dia anterior, a última coisa que sentiam era fome, então nem sequer pensavam em procurar por comida. Mas quando o dia amanheceu, eles precisavam reabastecer as energias, mas quando desceram e se encontraram na cozinha um pouco apertada para todos eles, perceberam que não tinha nem sequer uma migalha de pão ali.

— Sério que você não mandou abastecer isso antes de virmos? — Sabina questionou Heyoon com uma expressão irritada no rosto apoiando o corpo contra o balcão da cozinha e cruzando os braços sobre o peito. — Pensei que tivesse falado com Sina. — A coreana revirou os olhos.

— Eu estava mais preocupada com as nossas vidas! — Se defendeu.

— Ótimo, não vamos ser assassinados, mas morreremos de fome. — Joalin resmungou cruzando os braços sobre o peito.

— Acho que tem uma mercearia a uns... trinta quilômetros. — Josh disse.

— Gente? — Savannah chamou enquanto mantinha os olhos grudados na janela de vidro. Mas ninguém prestou atenção, estavam ocupados demais discutindo entre si. A garota revira os olhos e bate palmas para chamar a atenção deles. —Tem um carro parando aqui na frente. — Josh se levantou rápido, uma sirene soando alto dentro de sua cabeça. Sabina, Bailey, Any e Heyoon também ficaram alertas. Bailey foi até a irmã mais nova e afastou da janela por precaução.

— Any, Heyoon, Joalin, — Josh chamou —, levem Savannah, Sofya, Krystian e Noah para cima. Sabina, Bailey fiquem comigo. — As garotas fazem o que ele manda e levam os outros para o andar de cima. Josh pegou a arma em cima da mesa da cozinha e se encostou na parede perto da janela, ele afastou a cortina de leve para conseguir ver o que estava acontecendo lá fora. Seja lá quem fosse, não tinha trazido mais nenhuma companhia. O carro parou em frente à casa e a porta do lado do motorista se abriu. Josh segurou a arma mais firme na mão e respirou fundo, tentando manter a calma. Quando ele viu quem realmente era ele revirou os olhos e abriu a porta da frente. Sabina e Bailey trocaram um olhar confuso, mas o seguiram, ainda com as armas em mãos. O vento frio da manhã batia nos braços nus do loiro causando um leve arrepio. — Porra, Sina! — Ele esbravejou quando viu a alemã com um monte de sacolas nas mãos e um sorriso contido no rosto. Ela desviou os olhos para as armas nas mãos dos três e fez uma expressão amedrontada

— Sou inocente, eu juro. — Ela ri. — Vão me ajudar com as sacolas ou não? — Ela estica os braços cheios de sacolas na direção dos rapazes. Josh e Bailey pegam as sacolas de plástico e eles entram na cama. Eles tinham acabado de passar pela porta da entrada quando viram todos descerem e Heyoon fuzilar a esposa com os olhos.

— Porra, Sina! — Heyoon esbraveja. — Não podia ter mandado uma mensagem? — A loira deu um sorriso e se abaixou para deixar um beijo na testa dela.

— Eu trouxe comida. Olha, já está quase tudo pronto. Eu consegui voos para todos vocês, amanhã vocês partem. Trouxe todos os celulares e mandei juntarem tudo de vocês e colocarem em malas, estarão aqui em breve. Eu vou levar vocês para implantarem os rastreadores de madrugada. — Ela despeja as informações esperando que eles entendam tudo. Não tinham tempo para perder.

— Eu queria perguntar uma coisa sobre esse lance de rastreadores. — Krystian disse.

— Manda ver.

— Onde vão colocar? — Todos os olhos se viraram para a loira. Sina suspirou. Aparentemente aquela era uma dúvida geral.

— Vai doer? — Savannah perguntou sem se conter.

— Vocês podem colocar em qualquer lugar. — Disse Sina. — Mas tem que ser o suficientemente escondido. Sabe, no caso de alguém sequestrar vocês, e eles virem a cicatriz e deduzirem que vocês têm um dispositivo rastreador eles podem querer tirar, e vai doer pra caralho, acreditem em mim. Então, escolham um lugar bem escondido. Tipo... deixa eu pensar... virilha? E não vai doer, vai ser super-rápido.