Final

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O homem entra no bar e se senta na bancada já pedindo ao bartender lhe servir um copo de whisky.

  As notícias na TV o atordoavam, por isso pede rudemente ao bartender que abaixasse o volume. Já não aguentava ouvir sobre a morte de Dong-Gu e todas as coisas que fez.

  Se Dong-Gu estivesse vivo, provavelmente o entregaria, e justamente por isso agradecia por ele estar morto. Porém, Dong-Gu ficou lhe devendo uma boa grana, e ele precisava daquele dinheiro, pois não era de fazer serviços de graça. 

  Sua primeira ideia, e pretendia realizar o mais rápido possível, era voltar até a casa de Dong-Gu, que agora Heather era dona, e pedir o dinheiro. Se necessário mataria a garota, ou talvez mataria apenas para satisfazer a vontade de ter a cabeça da irritante garotinha.

  — Essas notícias ainda continuam chocantes, não acha? — Joo-Hyuk escuta e só depois do gole de whisky queimar sua garganta que ele percebe que o homem ao lado falava com ele.

  — Os jornais apenas exageram... — Joo-Hyuk opina, querendo que o homem apenas desistisse de conversar com ele.

  — Devo dizer que concordo. Nenhum deles sabe o que realmente passamos naquela hora. — O homem diz.

  Joo-Hyuk então, desvia o olhar ao homem, e observa seu boné cobrindo seu rosto e a máscara que lhe impedia de ver quem era.

  O homem toma um último gole de uma bebida que Joo-Hyuk não faz questão de descobrir. E espantosamente Joo-Hyuk encara Kim Namjoon.

  — Nenhum deles sabe que fugimos.

  Joo-Hyuk ouve e levanta da cadeira, indo para fora do bar, esbarrando-se em quem atrapalhava seu caminho, se questionando como o garoto tinha o achado.

  Ele sente Namjoon o seguir, mas não desiste de andar sem olhar para trás, com passos cada vez mais rápidos, e preparando a arma que estava em seu bolso.

  Namjoon o observa se afastar rápido enquanto o próprio andava calmo com a certeza de que Joo-Hyuk não passaria de hoje. Ele não poderia de qualquer modo, nem mais um dia.

  — Olhe para ele... — Namjoon escuta Min Yoongi ao se aproximar dele. E no meio da noite vazia eles observam o Joo-Hyuk correr. E então Yoongi se sente na obrigação de atirar em seu tornozelo, impedindo o mesmo de correr e quase rastejar para longe de lá.

  — Seus filhos da puta! — A voz do baleado ecoa, agonizando com a dor, assustado com a ideia de que morreria.

  E quando ele para, se vira para apontar sua arma aos dois sicários, na esperança de acertar nem que seja um tiro, causando nem que seja pouco estrago.

  — Solte a arma, Joo-Hyuk... — O corpo do homem treme ao escutar outra voz. Era Jimin encostando a ponta da arma em sua nuca, o fazendo sentir um arrepio extremo.

  E esperando Yoongi e Namjoon se aproximar, Jimin tira a arma da mão do homem.

  Os sete estavam presentes, logo puxando o homem para dentro da bendita van que Jin dirigia.

  — Onde esteve escondido? Passamos longas semanas te procurando. Foi... entendiante... — Namjoon diz, sentindo o ódio emanar dos olhos de Joo-Hyuk.

  — Quanto Heather está pagando pra vocês dessa vez? Quatrocentos milhões? Ou a vadia está pagando vocês de outra forma?

  Jungkook se enche de ódio ao ouvir aquilo, e Joo-Hyuk em poucos segundos apenas vê Namjoon ser empurrado de sua frente e um chute ser arremessado em seu rosto.

  A dor era o menos espantoso para Joo-Hyuk depois de ver o seu dente canino caído no assoalho da van.

  — Se eu fosse você, estaria rezando ao invés de ser sarcástico... — Jungkook indaga, se aproximando mais do rosto sangrento do homem. — Não pense que vai sair daqui vivo...

  Jimin logo afasta Jungkook de perto de Joo-Hyuk que lhes olhava com uma feição engraçada ao contrário de furiosa, pois a dor que sentia era visível.

  Namjoon não sabia mais nem o que dizer depois da iniciativa de Jungkook, pois ele faria o mesmo se não fosse o mais novo. E todos os outros cinco pensaram em fazer o mesmo. Então Namjoon apenas saca sua arma e a carrega, olhando para o homem em sua frente novamente.

  — Achou mesmo que fugiria da gente, ou apenas mentiu pra si mesmo? — O garoto questiona e recebe uma risada sem graça de Joo-Hyuk.

  — Vão pro inferno — É a única coisa que sai da boca de Joo-Hyuk.

  E sabendo que seria a última coisa a ser dita, ele desvia o olhar de Namjoon quando o mesmo aponta a arma em sua testa. E então o garoto dispara e tudo aquilo termina.

  Hoseok no banco passageiro, ao lado de Jin, nem se movia, nem olhava para trás. Apenas leva o maior susto de sua vida quando Namjoon puxa o gatilho. E então coloca a mão no peito e suspira fundo.

  — Meu deus, o que eu tô fazendo aqui? — Hoseok diz baixinho, fechando os olhos com força sentindo seu coração bater forte na palma de sua mão.

  Ele não topara vir junto para matar alguém, mas Yoongi o obrigara. E Hoseok ainda não se sentia corajoso o bastante para enfrentar o menor.

  — Não seja rude. — Yoongi bate fraco em seu ombro antes de fechar a porta da van para enterrarem o corpo de Joo-Hyuk em uma estrada deserta. — Só te trouxe para conhecer meu trabalho.

  — Como se eu já não soubesse o que você faz dessa vida! — Ele indaga em alto tom, fazendo Yoongi rir fraco.

  Bons minutos se passam e em uma estrada vazia, quase tomada pela floresta, eles enterram o corpo de Joo-Hyuk.

  Nada mais ficara para trás e isso os aliviava.

  Heather estava em sua casa novamente, esperando os garotos voltarem sem nenhum machucado ou com péssimas notícias.

  Entrando no escritório de seu pai, Heather o observa vazio, pois despreocupadamente, em uma noite, queimara tudo o que era de seu pai no pátio dos fundos. Colocara tudo o que lhe trazia péssimas lembranças no lixo. Um momento terapêutico à garota, e se ela pudesse fazer de novo, não pensaria nem duas vezes. Mas o que a aliviaria por completo, seria livrar-se daquela casa, livrar-se do passado. E não demoraria muito para que isso acontecesse.

  Ela ouve a campainha da casa e anda em direção a porta, deixando que o portão elétrico se abrisse para os garotos entrarem.

  Inacreditavelmente, estava contente por vê-los lá, andando em sua direção enquanto riam de algum assunto que provavelmente era bobo, como garotos que aproveitavam a noite depois de uma festa. Nem parecia que se juntaram para matar o cara que ela mesmo estava com medo que voltasse para lhe fazer algo.

  E então eles lhe contam como foi a noite, tagarelando nos ouvidos da menor, que por sua vez, ria dos sete juntos. Jungkook para ao seu lado e beija as costas de sua mão delicadamente e sorri meigo.

  — Agora não tem mais com o que se preocupar. — Ele indaga e a garota sorri fraco.

  Talvez para Heather, esse tipo de preocupação realmente tenha acabado. Ninguém mais queria sua morte e segredos devassadores já não faziam parte de seus dias.

  Porém, uma ligação é feita para Namjoon, que por um momento, parecia ser apenas um número qualquer até atender e ouvir o que menos esperava do outro lado da linha:

  — Há quanto tempo! Senti sua falta na prisão, Kim Namjoon, ou melhor, Min-Jun.

Obrigada por lerem até aqui!

Até a próxima!🌻
IamRAflower

Bulletproof Guys: Hired KillersOnde histórias criam vida. Descubra agora