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Era quatro horas da madrugada quando Dong-Gu levanta da cama e se serve uma xícara de café.

  Sentado na mesa, no escuro da cozinha e no silêncio da enorme casa, pega seu celular e liga para a única pessoa que poderia lhe ajudar naquela situação.

  — Quanto tempo, não acha? — A voz do outro lado da linha ecoa na cabeça do homem. — Sabia que uma hora ou outra, você precisaria de mim.

  — Você é minha última opção. E sabe muito bem que está me devendo uma.

  — Não devo nada à você. Eu não quis o dinheiro. Não quis nada de você.

  — Escute. — O homem ignora. — Minha vida está em risco por causa do K, aquele matador de merda. Ele matou minha filha e agora está querendo me matar. Sei que o conhece, e te darei uma boa quantia se o achar e entregá-lo à mim.

  Poucos segundos de silêncio se manifestam.

  — Não tenho contato com K já faz anos.

  — Mas sabe quem ele é. Apenas diga o nome do desgraçado e eu te dou 250 milhões de wones.

  — Acha mesmo que vou cair nesssa? 250 milhões de wones para eu dizer o nome verdadeiro do K. — Uma leve risada é dada pelo homem, deixando Dong-Gu impaciente. — A cada vez que você mente, eu tenho vontade de estourar sua cabeça com apenas uma bala. Desista, não vai pegar K.

  Tomando mais um gole do café, Dong-Gu suspira fundo antes de continuar:

  — É meio suspeito um garoto como você não aceitar qualquer trabalho que envolva uma morte. Sei que tem sede de violência e mortes, S. Você já trabalhou comigo. Acho que o que está te impedindo nesse momento de trazer K até mim, é porque está com ele. Não acha?

  — Eu trabalho sozinho...

  — Sei que ele tem seus capangas. Agora me diga, você é um deles?

  O homem se sente satisfeito ao não ouvir nenhuma resposta, e logo finaliza:
 
  — Eu não tenho medo de você. E vou caçar vocês dois até o inferno se for preciso.

  Ele desliga o celular e levanta da mesa, indo lentamente em direção ao seu escritório. Era lá que começaria uma guerra.

***

  A campainha é tocada fazendo Jimin acordar em um pulo da cama.
  Descendo as escadas lentamente e coçando os olhos enquanto boceja, outra vez a campainha toca.
  Ele abre a porta e lá estava Min-Hyuk, esperando ansiosamente ver o loiro.

  — Ah... oi... — Min-Hyuk começa, segurando algumas compras que fizera antes de ir até a casa do primo.

  — Oi... — Jimin apenas indaga, mas logo abre espaço para o garoto entrar.

  — Desculpe vir sem avisar. Quis fazer surpresa...

  — É... foi uma bela surpresa. — Jimin diz olhando o celular e vendo que já passava do meio-dia, se sentindo um pouco envergonhado por ter recém acordado.

  — Uau... — Min-Hyuk diz, olhando para a casa do garoto. — Da última vez que vim aqui, havia apenas um fogão e uma cama. — Ele ri fraco. — E agora está... a sua cara. Trouxe comida para nós. Era pra eu ter vindo um pouco mais cedo para almoçarmos juntos, mas acabei me atrasando.

Bulletproof Guys: Hired KillersOnde histórias criam vida. Descubra agora