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Sábado
Duas horas depois da morte de Chang-Ho

  O frio que o dia estava fazendo, deixa o garoto baleado batendo os dentes na beira do rio, esperando que alguém lhe buscasse, já que fazia mais de meia hora que estava lá.

  No relógio, piscava uma luz vermelha, indicando que ele ainda estava sendo rastreado.
 
  Com as costas deitadas no barro e olhando para o céu, que aos poucos escurecia, Namjoon estanca o sangue com as mãos geladas e embarradas por ter rastejado para fora do rio.

  Em poucos minutos, o mesmo saca a arma rapidamente quando vê a silhueta de alguém.

  — É a gente. — Jin fala com as mãos levantadas em forma de rendição. 

  Agradecido por ser os dois garotos ali, Namjoon joga a arma no barro e ri fraco dos próprios pensamentos que tivera, de morrer ali em um lugar tão sem graça –morrer mais pelo frio que sentia do que pela bala que o perfurou–, por uma pessoa tão estúpida como Dong-Gu.

  Yoongi logo ajuda Jin a erguer o maior, que estava demasiado gelado.

  — Você entregou o documento à ele? — Jin pergunta, olhando, do banco passageiro, para os bancos de trás onde Namjoon estava.

  — Sim. Ele entregou a mala com o dinheiro. Mas não era só nós dois, atiraram em mim por trás.

  — Era óbvio que isso iria acontecer. O que vamos fazer agora?

  — Matar ele, é claro. — Yoongi sugere.

  — Não vai ser fácil assim. É muita segurança envolvida tanto na casa dele quanto no cotidiano. — Namjoon explica.

  — Como se fosse uma problema. Acha mesmo que um tiro de sniper não seria fácil?

  — Acha que ele vai ser tão idiota de atirar em mim e depois ficar andando por aí sem se preocupar com nada? Ele sabe que não fui só eu quem entrou na grife de Chang-Ho e que não matei ele sozinho. Ele sabe que eu tenho vocês, que somos um grupo.

  — Mas não sabe em quantos somos e nem quem somos. — Jin retruca.

  — E é melhor que ele continue sem saber, Jin. — Namjoon retruca, enquanto Yoongi apenas escutava e pensava que o melhor seria matar o homem.

  Yoongi não achava ser um problema, pois ninguém nunca está cem porcento protegido de algo ou alguma coisa. Sempre há uma brecha que acabam deixando para trás e que consequentemente vai ser a responsável por um acontecimento inesperado. Algo simples que faz tudo se tornar em vão.

***

  Com um pano enrolado em seu tronco, Namjoon estava deitado no seu sofá preto de couro.
  A noite estava tão agradável que poderia ter sido perfeita se eles já estivessem com os 300 milhões em mãos.

  Jungkook rapidamente entra na casa, ofegante, suado e com sua mochila cinza nas costas onde estava guardado seu notebook.
  Nem ele, nem Taehyung e nem Jimin moravam na casa de Namjoon. Jungkook morava sozinho, assim como Jimin. Já Taehyung, apenas passava as noites em qualquer lugar.
  Por mais que morassem em lugares diferentes, a maior parte do tempo eles estavam juntos. Tanto para trabalho como para diversão, ou quando estavam no tédio. Apenas estavam sempre juntos.

Bulletproof Guys: Hired KillersOnde histórias criam vida. Descubra agora