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Duas. Sete. Nove chamadas foram feitas ao longo do dia.
 
  Já estava escurecendo quando a décima ligação foi feita por Dong-Gu.

  Namjoon ainda achava pouco as ligações para o celular de Heather.
  Além de Dong-Gu, havia outras mensagens de um garoto, que Namjoon dedurava ser seu namorado, mas não deu tanta importância.

  Jin, ao contrário de Namjoon, queria que o mesmo aceitasse a próxima ligação que Dong-Gu fizesse. 

  — Atende a próxima ligação. Já está anoitecendo e tenho certeza que ele já deve ter rastreado o telefone dela. — Fala, balançando as pernas enquanto sentado no sofá, mais nervoso do que nunca. 

  — Ele é um velho. Velhos não sabem fazer essas coisas. — Taehyung retruca. 

  — Isso não importa. Apenas atenda! Estou ansioso para ver o que vai acontecer... — Jimin fala e segundos depois o telefone toca. 

  Jin, ao mesmo tempo que Jimin, grita "atende!", fazendo Namjoon pegar o celular e colocar no ouvido. 

  — Heather... está aí... é você quem está aí? — Namjoon escuta o homem; e antes de respondê-lo, liga o telefone no viva-voz, para todos escutarem. 

  — Não é ela, mas ela está bem. — A voz de Namjoon é reconhecida pelo homem no outro lado da linha. 

  — K... Seu filho da puta... — Sua risada sai fraca. — Onde está minha filha? me deixe falar com ela!

  — Calma, calma... não seja estraga prazeres. — Ele fala, enquanto os outros escutavam com atenção. — Você quebrou a promessa que tinha de me pagar todo o dinheiro depois da morte de Chang-Ho. E é muita grana. Eu admito que fiquei com o pé atrás com você, porque mesmo querendo, você não transmite nenhum pouco de confiança. Mas mesmo assim fiz o que pediu, e agora quero o que me deve. 

  — Não seja estúpido! Eu quero falar com minha filha agora! — O homem berra e Namjoon pacientemente afirma com a cabeça para Jungkook, que esperava pela autorização do mais velho para trazer a garota até a sala. 

  O coração de Heather dispara quando a porta se abre; e por um momento agradece por ser Jungkook, pois perto do "garoto loiro", ela se sentia nervosa e desesperada. 

  — Seu pai quer falar com você. — Assim que o menino lhe fala, seu olhos se enchem de esperança e agradece por tudo estar andando no caminho certo: seu pai querer ela de volta em troca do dinheiro que eles queriam. Seu pai nunca a deixaria nas mãos deles. 

  Diferente da última vez, Jungkook puxa a garota com menos força pelos braços. E ainda sentiu pena quando a mesma subiu as escadas e veio até a sala com ele sem tentar fugir.

  Ela observa Namjoon com seu celular.

  Ele lhe lança um olhar calmo, logo aproximando o celular dela. 

  — P-Pai? — Ela diz nervosa e seu coração se alivia quando ouve seu pai. 

  — Heather... você está bem? Te machucaram? — Quanto mais ouvia seu pai, mais embargada ficava sua garganta. 

  — Papai... me tira daqui... — Ela diz aos prantos, enquanto Jungkook mordia o próprio lábio de cabeça baixa, ainda segurando a menor. 

  — Não se desespere. Você... vai... vai ficar bem. 

  — Então... — Namjoon reinicia. — Tenho certeza que você não chamou a polícia e nem pensa em fazer isso, porque sabe que está errado também. — Namjoon se escora na bancada de mármore da cozinha, e logo volta seu olhar para Heather. — Matei Chang-Ho... por ordem suas, Dong-Gu.

Bulletproof Guys: Hired KillersOnde histórias criam vida. Descubra agora