Todos os livros melancólicos e depressivos, todos aqueles clichês tristes dos quais eu havia lido não pareciam fazer qualquer sentido antes. Nem quando terminei com Quinn eu havia sentido toda essa depressão e solidão.
Opa, eu não posso terminar com Lauren algo que nunca nem começou.
Então todo esse meu sofrimento se dá à ficar longe dela, de viver sem sua companhia todos os sábados, seus sorrisos e sua gargalhada não faziam mais parte dos meus dias, nem mesmo os seus olhos me analisavam por horas e mais horas... Nada mais acontecia e eu sentia meu mundo parando aos poucos, eu podia ver a minha vida passar diante dos meus olhos.
As palavras de Dinah ecoavam na minha cabeça como se fosse um CD colocado em replay, comecei a me questionar se eu realmente amo Lauren. "Vai ver era curiosidade, você sempre se interessou por uma boa história. Ela é bonita e tem uma boa história. Você é curiosa" Sandra havia me dito isso e eu fiquei pensando naquelas palavras... não podia ser apenas atração.
Eu a amo, isso é uma certeza, afinal uma pessoa atraída nunca iria se sentir do jeito que eu me sinto quando se trata de Lauren... é amor.
Acho que com esse afastamento, com as palavras duras de Dinah eu finalmente me toquei. Eu realmente não poderia chamar de amor se eu exigisse que Lauren retribuísse o amor e tudo que eu faço por ela. Na verdade eu não sei mais o que eu sinto... nem sei mais quem eu sou.
Era sábado à tarde e eu desci as escadas sem o pijama, minha mãe já fazia o almoço e me olhava com um largo sorriso, provavelmente dando graças a Deus por eu finalmente ter saído do quarto, me limitei a sorrir de volta e colocar as mãos dentro do bolso da calça.
— Está melhor? — Apenas concordei com a cabeça. — O cupido pegou você de jeito dessa vez, não é mesmo?! — Sorri fraquinho e dei de ombros. — Mila... não gosto de te ver assim, lembro quando você terminou com aquela menina loira... meu Deus, eu nunca vi você tão triste, achei até que iria ter que te alimentar por um tubo. — Me permiti rir com ela.
— Mãe...
— Me deixe falar... Só quero que você entenda que nada é para sempre, tudo é passageiro, tanto a felicidade quanto a tristeza, não quero te ver triste, se tiver que ser, será! — A olhei e suspirei. — Fazem dias, ligue para Dinah que ainda está triste com você. Faça o que você acha que é certo. — Beijou a minha testa. — Agora venha almoçar...
— E DEPOIS VAI ME LEVAR PARA BRINCAR NO PARQUINHO! — Sofi aparece sorrindo em uma roupa de princesa.
— Mas que princesa linda... Se eu ganhar um beijo na bochecha eu levo você! — Sofia correu apressadamente e deu um beijo estalado em minha bochecha.
Meu pai logo se juntou a nós e tivemos um almoço em família, aquilo até me animou um pouco, ninguém calava a boca e ríamos sem parar.
Acho que por mais de que sempre reclamamos de nossos pais, tias e tios, avós, primos e primas, irmãs e irmãos, eles são os verdadeiros amigos eternos, eles vão estar sempre ali para você, porque são sangue do seu sangue, são a sua família. Vão estar ali para te apoiar em qualquer decisão, te fazer rir quando você quer chorar, vão ser parentes disfarçados de melhores amigos. Porque quando nós achamos que estamos sozinhos no escuro eles são as luzes a nos guiar até o fim do túnel.
Sofi e eu esperamos uma hora, apenas para ter certeza que nenhuma das duas iria vomitar enquanto corria pelo parque.
Assim que estacionei no parque e desci do carro Sofi desceu junto, toda sorridente, me permiti sorrir junto e logo fiz minha irmã gargalhar quando a peguei no colo a ajudando sentar sob meus ombros. Eu corria e podia ouvir sua linda gargalhada por todo o lugar, algumas pessoas nos olhavam sorrindo, eu segurava as mãos dela enquanto ia em direção do playground.

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Perfect To Me
Fanfiction[FINALIZADA - Desisti da revisão, desculpem pelos erros, rs] Quantas pessoas desejam ter um amor de livro? Quantas pessoas desejam poder lançar um livro? Camila Cabello estava no último ano da faculdade de letras quando descobre que para escrever u...