A eternidade é muito longa para passar sozinha

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Resumo:

Desde o dia em que Katherine a encontrou, elas ficaram juntas.

Elena sempre a segue. Ela continua dizendo a si mesma que é porque ela não tem nenhum outro lugar para ir. Costumava ser verdade, agora não é tanto.

Narrador

Katherine a encontrou chorando por um corpo em um beco escuro, ou os restos de um, para ser mais específico. Elena não conseguia se lembrar de como eles eram ou seu gênero ou seu nome, mas ela se lembrava de seus gritos de dor quando ela os forçou, bebendo deles até serem dilacerados.

—O que você quer, Katherine?— Ela perguntou a vampira, surpresa que ela estava lá para começar. Depois de sair da tumba, Katherine fugiu sem olhar para trás. Elena a odiou, por um tempo, porque ela tinha que escapar. Isto é, até ela lembrar que Katherine passou pela mesma coisa que ela.

 Katherine suspirou e tirou um guardanapo do bolso, oferecendo-o a ela. Quando Elena rapidamente limpou todo o sangue de seu rosto, Katherine ofereceu sua mão. Elena olhou para ela interrogativamente.

—Eu ouvi o que aconteceu.— Katherine disse a ela, mas Elena ainda estava confusa sobre por que Katherine estava lá. — Vamos, pegue suas coisas. Klaus ainda está procurando por você. —  Ela olhou para o corpo ao lado deles. —E você está deixando uma bagunça e tanto.

Elena olhou para Katherine procurando por algo, qualquer coisa, que explicasse esse comportamento estranho, mas ela encontrou coisas nos olhos de Katherine que não tinha certeza do que significavam.

Ela pegou a mão dela, porque realmente, o que Elena poderia perder?

Algum dia depois, ela perguntou a Katherine por que ela a estava ajudando. Os nós dos dedos de Katherine ficaram brancos enquanto ela agarrava o volante do carro que provavelmente roubou, mas seu rosto contradizia qualquer desconforto ao lhe dar um sorriso malicioso.

— Klaus quer você tanto quanto me quer agora; Eu o odeio, então não vou deixá-lo ter você. — Ela lança um olhar de soslaio para Elena, sua expressão se transformando em uma carranca. — Além disso, você está sozinho e obviamente não tem controle sobre suas ações. Eu não preciso de um sósia brincando. —

+

Havia apenas as duas.

Ela se pergunta por que não viu isso chegado e no final. Aqueles que estão condenados a morrer são os que acabam sobrevivendo. Foi uma maldição, embora para outros possa parecer um presente.

Ela não sabia por que Katherine ficou com ela. Elena sabia por que ela mesma ficou: ela não tinha nenhum outro lugar para ir, e no vasto reino da eternidade, se perder era muito fácil se você não tivesse nada em que se agarrar. Elena esteve muito perto de fazer isso em meio à dor e à tristeza. Katherine estava à beira de se perder quando veio para Mystic Falls, embora, em seu caso, tenha sido o tempo e a solidão que a afetaram.

Talvez seja por isso que Katherine não a deixou. Talvez uma pequena parte dela não quisesse que o mundo ao seu redor se tornasse sem sentido, talvez ela quisesse manter sua humanidade também.

Ou talvez Elena estivesse mentindo para si mesma, negando a possibilidade de Katherine deixá-la um dia. Essa possibilidade a assustava muito. O fato de que mesmo as garotas que estavam condenadas a ficar juntas podem acabar se separando e seguindo caminhos opostos. Katherine é a última coisa que ela tem, e Elena tem certeza de que ela é a última coisa que Katherine também tem.

kelenaOnde histórias criam vida. Descubra agora