ARCO 02: Segredo em cima de segredo | Capítulo 3

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Queria dizer que eu venci a internet pra trazer esse cap hoje! 

A música de hoje foi inspirada no São João. Eu amo festa de São João, saudades quando podia comemorar hihihi e vocês? Como passaram São João?

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... 16h ...

POV SARADA

"Droga! Atrasada!", percebo ao abrir os olhos e olhar para o despertador na mesa de cabeceira, "agora vou ter que ouvi-lo reclamar", suspiro me levantando pacientemente e colocando uma roupa básica preta, um elástico baixo no cabelo, sandálias e saio de casa, não vejo meus pais, o que é bom, assim não preciso dar explicações.

Ando rápido até seu apartamento, ele saiu da casa dos pais faz um ano e meio, sob a conclusão de que precisava de privacidade, eu entendi, bem... nada contra a excitação que existe no perigo de ser pego transando na casa dos seus pais, mas quando realmente quase acontece, você não quer sentir de novo.

FLASHBACK ON – 1 ano e 7 meses antes

Temari-sama chegou em casa cedo e nós estávamos ainda ofegantes após o último orgasmo, relaxados na cama, eu estava quase cochilando.

- Sara, minha mãe! - o encarei sem entender, ele tinha os arregalados e então ouvi um grito distante: "SHIKADAI". "Kami-sama, me ajude!", pensei, dando um pulo da cama e ele ainda estava sem reação.

Eu corria de um lado para o outro do quarto tentando encontrar minhas peças de roupa, enquanto ouvia sua voz e seus passos ecoarem na direção do quarto, e sim, eu paguei o mico de sair pela janela, pelo menos escapei do flagrante, mas foi por muito, muito pouco, ainda pude ouvir a porta abrindo, mas achei melhor sair de lá rápido.

... Mais tarde, no mesmo dia...

Shikadai me parou no meio da rua com seu jutsu da sombra, me pegando desprevenida como sempre, mas ao contrário do seu riso nasalado e sua aparição ao meu lado, ele me fez andar até ele nas sombras do beco, ao parar à sua frente, sob a iluminação fraca, vi seu rosto sério.

- O que aconteceu com a sua mãe? - ele soltou um suspiro pesado.

- Ela achou isso - ele tirou do bolso meu sutiã de renda vermelho, não tinha como ser mais chamativo, na hora quis enfiar meu rosto no chão - e viu as camisinhas jogadas no canto da cama – eu arregalei um pouco os olhos – achei por um minuto que ela poderia ter um infarto, nunca a vi tão vermelha e acelerada, começou a falar um monte com um tom histérico - falou revirando os olhos, com desdém da situação, como se estivesse cansado - por fim, ela perguntou quem era.

- Você...? - minha boca estava aberta.

- Claro que não, Sara! Eu sempre protegerei você, principalmente dela - ele falava sério, mas não se engane, não acredito que havia qualquer romantismo, tínhamos um pacto de confidencialidade - só me levantei e lhe dei as costas me trancando no banheiro, a deixei falando sozinha – ri um pouco, aliviada - eu decidi alugar um apartamento, sair de casa, assim teremos mais privacidade e liberdade - o olhei incrédula.

- Tem certeza? - ele assentiu e encostou na parede, com as mãos nos bolsos e olhou para o céu - Desculpa por isso - falei, afinal a confusão toda começou com isso. Ele esticou as mãos, pegou meus pulsos e me puxou para perto, tirou minha máscara e segurou forte meu quadril, me apertando contra o seu corpo.

- Você não teve culpa, eu que paralisei quando ouvi a voz dela - falou sem graça – prometo te recompensar por ter que sair pela janela – sussurrou próximo à minha bochecha de olhos fechados, roçando o nariz no meu e depois encostando sua testa com a minha e abrindo os olhos para me encarar com aqueles olhos de ressaca*. Esses jogos de toques e olhares que ele fazia me deixavam louca de excitação. Respirei fundo sentindo seu hálito fresco e seu cheiro amadeirado, me deixando embriagar, coloquei os braços ao redor do seu pescoço e ele me beijou, depois me jogou nos ombros e me levou pelos telhados até minha casa, eu o olhei incrédula, com uma carranca da frustração – está entregue e segura – me pôs no chão e me entregou minha máscara – tenho algo a fazer agora – falou misterioso e sério e se afastou para em seguida sumir, "estranho", pensei encarando a noite escura na direção em que se foi.

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