ARCO 10: Todos nós somos maus na história da alguém | Capítulo 3

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POV SARADA

- Finalmente você acordou! - sua voz soa aliviada, ele me puxa para um abraço forte, cheio de saudades. Não quero ter que sair de forma nenhuma, mas ele usa muita força.

- Shi-Shikadai, isso dói - falo com a voz rouca, sufocada.

- Desculpa... - fala sem graça e me solta, me colocando de volta na posição que estava, com cuidado - vou chamar a Sumire-san - anuncia correndo até a porta, e apenas a abre - Sumire-san, ela acordou - fala rápido e Sumire aparece logo ao seu lado, entrando no quarto com um sorriso aliviado - vou avisar aos outros que você acordou - fala da porta com um sorriso, mostrando o celular, eu concordo e ele sai do quarto.

- Boa tarde, Sarada-san! Seja bem vinda de volta - fala parando ao meu lado de bom humor.

- Olá, Sumire-san - sorrio minimamente - quanto tempo eu fiquei apagada? - pergunto enquanto ela tira alguns fios da minha cabeça, ela sorri sem graça.

- 4 dias - informa, não me espanto - lembra de algo? - ergo os olhos para ela.

- Sobre?

- O tempo que esteve em coma.

- Eu tive uma perspectiva do inferno - falo sorrindo de canto, ela estreita os olhos para mim, tirando o acesso do meu braço - vou ficar bem - falo encarando-a.

- Como se sente?

- Sinto dor de cabeça, no abdômen e nessa região sob o peito - indico com a mão direita o meu lado esquerdo - parece que meu braço esquerdo parece mais pesado do que deveria - comento tentando mexê-lo normalmente e me esforçando muito mais que o normal para completar meio movimento de rotação - minha boca está com gosto de sangue e a garganta seca - falo sincera.

- Entendo... é normal com as lesões que teve e o tempo que está imóvel, agora que acordou posso ajudá-la com isso para que se recupere mais rápido - assinto e ela pega um pequena lanterna e direciona para os meus olhos, tocando meu rosto.

- Farei alguns testes agora para ver como você está, certo? - concordo com a cabeça - sente-se com a coluna ereta e dobre uma perna de cada vez, por favor, devagar - pede e assim eu faço - o que sente?

- Um leve incômodo acima da crista ilíaca do lado esquerdo.

- Certo - ela faz anotações - agora erga os braços devagar, um de cada vez, o máximo que conseguir - solicita e assim eu faço, levando o braço direito acima da cabeça e o esquerdo até a altura do ombro, com um esforço extra - não force... o que sente?

- Dói... é como uma sensação de estiramento dos músculos em direção ao ombro - faço uma careta tocando a área.

- Como eu imaginei - faz mais anotações - você se recuperou bem, com a lesão que teve não devia conseguir erguer o braço tão cedo... mas já sabíamos que é resistente - sorrio minimamente e assinto com a cabeça, desviando o olhar na direção da porta.

- Ele parece cansado - comento, fixando o olhar em Shikadai, que consigo ver ao celular pelo vidro da porta.

- Sim, não acho que esteja dormindo o suficiente - declara, esfrego minhas mãos sob minhas pernas, preocupada.

- Quando vou poder voltar para casa? - pergunto sem esconder minha ansiedade, ela solta um suspiro, me olhando como se me entendesse.

- Eu vou fazer o possível, para que possa ir para casa amanhã - fala com um sorriso cúmplice - mas terá que respeitar o período de recuperação - fala séria.

- Muito obrigada, Sumire-san - sorrio para ela, Shikadai volta para o quarto.

- E então, como ela está, Sumire-san? - pergunta parando de pé aos pés da cama, me dando a visão de seu corpo sob sua roupa habitual, olhava diretamente para mim, com um sorriso que não disfarçava sua felicidade em me ver acordada, as mãos apoiadas na armação da cama.

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