ARCO 05: O que os olhos se recusam a ver | Capítulo 2

214 15 15
                                    

Perdão pela demora pessoal, estou atolada em trabalho (GRATA) e tinham acabado meus caps revisados pra postar hihihi consegui mais esse e tô postando pra vocês. Só digo uma coisa: vão preparados!

.

.

.

- Eu a beijei - fala sem graça.

- Como ela reagiu? - pergunto curiosa.

- Hã? – me encara confuso, gesticulo para que ele conte, ele hesita um pouco - ela ficou confusa, mas retribuiu.

- Imaginei – rio.

- V-você não está brava? Não sente nada sobre isso, 'tebasa? - "ele esperava que eu brigasse?", eu demoro um pouco para entender a dúvida dele.

- Ah... quer saber se não sinto ciúmes? – pergunto, ele assente como se fosse óbvio.

- Por menos eu quase perdi o juízo com o Shikadai, cogitando várias coisas – fala sincero, em um tom incrédulo, ergo uma sobrancelha para ele, tentando disfarçar que por dentro essa declaração me fez arrepiar - aquele dia no corredor... a mão dele na sua cintura... - lembra, amolecendo o olhar, como se estivesse se julgando internamente.

- Ciúmes se sente quando se acredita ter posse de algo ou alguém, Boruto – falo séria, encarando-o – eu não tenho esse sentimento sobre você, nem nunca tive sobre ninguém na verdade. Nós não somos namorados ou algo assim, estávamos apenas tentando algo, só transamos duas vezes e não conseguimos sequer desenvolver um diálogo sobre isso - ele parece pensar nisso - eu me habituei a bloquear sentimentos, sei que pode ser difícil entender, mas isso de verdade não me incomodou, não me faz sentir mal o fato de estar tentando ter interações saudáveis com outras garotas e Sumire é uma pessoa ótima – falo com um sorriso compreensivo, ele me encara intrigado, o que me faz pensar, "se eu não senti ciúmes disso, significa que não gosto do Boruto como pensei?", indago a mim mesma, "mas realmente nunca senti ciúmes, será que bloqueei mesmo isso ou só não sinto?", minha cabeça lateja.

- Ela é mesmo uma boa pessoa - ele concorda, baixando o olhar para as mãos.

- E quando mais novos ela gostava de você - o lembro, ele coça a nuca - por que você a beijou? - pergunto séria, me sinto incerta sobre o que sinto por ele, se ele tiver sentimentos por ela, eu vou estimulá-lo a tentar, talvez Sumire seja melhor para o Boruto do que eu.

- Eu não sei, estava frustrado por você ter me deixado sozinho e irritado comigo mesmo por ter te encurralado daquele jeito, então ela apareceu com um sorriso doce, eu me senti estranhamente motivado a acompanhá-la até sua casa e alguma coisa dentro de mim me levou a beijá-la, talvez tenha sido o álcool ou o jeito como ela me tratava, eu me senti... sempre me sinto bem perto dela - o encaro compreensiva, ele parece tão confuso com os próprios sentimentos quanto eu mesma. Eu assinto, compadecida da sua confusão e me levanto do sofá suspirando, ele me olha confuso, com certa exasperação - aonde vai? - pergunta se levantando.

- Para casa, acho que nossa conversa já acabou, estou cansada e você parece tão confuso quanto eu - ele engole em seco e segura meu braço, eu toco seu rosto com a mão livre - posso parecer egoísta, mas preciso ir embora agora.

- Não vai, por favor, vamos tentar de novo - ele me puxa para mais perto - namora comigo, só tentando vamos descobrir se o que sentimos é real ou apenas criação da cabeça de dois adolescentes – solto o ar pesadamente.

- Não acho que essa seja a solução pro nosso problema, não é certo começar um relacionamento sério sem ter certeza do que sentimos, não quero que a gente se odeie no fim disso – sorrio sem graça, ele se afasta soltando meu braço, me olhando como se não entendesse a minha recusa - escuta, eu poderia simplesmente aceitar e ir pra cama com você de novo hoje, poderia tentar agir como a namorada dos sonhos, como sei que você também pode fazer - toco seu peito de forma suave - seria até fácil, eu gosto de estar com você, o dia hoje foi ótimo, funcionamos bem juntos... como equipe – enfatizo.

DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora