ARCO 03: O ponto fraco | Capítulo 1

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Arco novo e logo cedo... eu não vou dizer nada... apenas leiam e aguardem que isso tá demais.

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... 4 dias depois ...

POV SARADA

Algo ficou estranho entre mim e Boruto depois do que aconteceu, bem, ele não estava na Vila todo o tempo, então não falamos muito, mas principalmente, não tocamos no assunto, tudo bem que aquilo não foi muito bom, pelo menos para mim, mas não queria que ficasse um clima estranho, senão não teria mentido para ele que foi bom. Mas pela manhã ele me enviou uma mensagem pedindo para me encontrar no meu intervalo antes do horário com o Hokage, eu aceitei, vamos almoçar em um restaurante próximo à torre. Por falta do que fazer, arrumo todos os papéis que precisaria levar e pego meu celular para avisá-lo que sairia em breve.

- Rinkusu-taichou - a garota de cabelos castanhos com uma máscara de pássaro abre a porta da sala em que estava, não lhe dou atenção, digitando a mensagem – pode vir aqui?

- Algum problema, Tanchou? – pergunto, virando em sua direção.

- O ninja patife que capturamos pela manhã, chamou por você.

- Nani? Desde quando os interrogados têm as vontades atendidas? – pergunto sarcástica – Sai-sama aprovou isso?

- Ele não está, achei que você poderia resolver isso – fala bajuladora – o homem está na sala de interrogatório 1, reconheceram você em uma de suas memórias, concluímos que talvez a vinda dele até a aldeia tenha a ver com você - bufo, pego a pilha de papéis, "resolvo isso em um minuto e saio de uma vez, seja quem for, eu não tenho tempo para isso", penso caminhando até a sala indicada, sendo seguida por ela.

- Segure isso - lhe entrego a papelada e entro na sala. O homem sorri debochado ao me ver, seus olhos são de um amarelo ocre, sem brilho e seus cabelos de um loiro acinzentado pálido, um maxilar bem quadrado, marcado pela barba por fazer, as feições duras e a pele clara, "eu me lembraria de um rosto assim", penso.

- Finalmente apareceu... Rinkusu... – fala manso, mas seu olhar refletia puro ódio.

- Então você sabe quem sou... estou emocionada – falo debochada, ativando o Sharingan e encostando na parede à sua frente, de braços cruzados – fale logo o que quer, não tenho tempo a perder aqui.

- É difícil ter uma sessão com você, não é?

- Não costumo atender a pedidos de gente como você, sinta-se privilegiado por isso.

- Gente como eu, huh? – ele ri desdenhoso - claro que não, você é aquela que chamam quando querem matar alguém sem dar explicações, não é mesmo? – indaga de olhos sombrios, mas isso não me abala, não aqui, não vindo do inimigo – sem piedade – solto um riso nasalado.

- Então é isso? – questiono sarcástica – suponho que eu tenha matado alguém importante para você, certo? – pergunto entediada, "ele não espera mesmo que essa acusação me afete, não é?", indago em pensamento – quem foi? – pergunto provocativa – seu filho? Não... você é jovem, não mato crianças... sua esposa? – pergunto manso.

- Ela era tudo que eu tinha, vadia... você é incapaz de demonstrar respeito aos que matou, não é? – acusa alto, a voz embargada, eu mantenho minha postura. Eu sei que todas as pessoas que matei eram algo de alguém, é lógico, mas ter na minha frente alguém afirmando isso, com tanta dor nos olhos, jogando na minha cara todo o ódio, é como um soco no estômago, mas antes que possa ser atingida por qualquer remorso, sinto meus sentidos se entorpecerem de novo, "é melhor não sentir isso, não acha? Eu cuido dele", me diz aquela voz interior - eu vi você atravessando seu corpo com sua mão e aqueles raios, você a olhava nos olhos e sequer hesitou, ela estava parada, ela não teve tempo nem para se explicar, você não teve sequer o respeito com seu corpo, deixou que caísse penhasco abaixo – conta, "ah, claro... a mulher dos venenos", tento lembrar, "se for... isso já faz dois anos".

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