ARCO 10: Todos nós somos maus na história de alguém | Capítulo 6

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E vamos de meu casal favorito pra vocês curtirem o dia mais romântico do ano inspirados.

Beiju!

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POV SARADA

... 20h20min ...

- Tadaima - ouço ao longe a voz grave e cansada de Shikadai ao abrir a porta, enquanto brinco com Megumi no chão da sala, a pego no braço e me levanto para recebê-lo.

- Okaeri - falo com um sorriso assim que ele entra na sala e Megumi estende as mãozinhas em sua direção, mas quando encaro seu rosto vejo que não tem o sorriso de costume, está muito sério, parece irritado, "qual a probabilidade de que ele saiba do que fiz?", meu sorriso se desmancha - algum problema, querido? - ele não responde, apenas dá dois passos até nós e beija a mão da bebê, me dando um olhar duro, "alta" - eu vou esquentar o seu prato.

- Eu mesmo faço isso, obrigado - fala sério me dando as costas e indo em direção à cozinha - coloque-a para dormir, preciso falar com você - engulo em seco, "ele nunca falou assim comigo", levo a bebê para o quarto, ninando-a para que durma, ela demora enrolando meu cabelo na sua mãozinha, até cair no sono, espero até que o seu sono esteja profundo o suficiente para que não acorde e a coloco no berço.

- Me deseje sorte, filha - falo baixinho, suspirando, alisando seus cabelos negros. Vou até a cozinha e o vejo colocando a última louça no armário - o que aconteceu? - pergunto temerosa, ele se vira calmamente, caminha até a ilha da cozinha, pega um envelope sobre ela e retira dele três fotos, jogando rudemente sobre a mesa à minha frente, engulo em seco quando vejo o conteúdo.

- Eu é que faço as perguntas Sarada... O que significa isso? - meus olhos desviam das fotos para os seus olhos que demonstram decepção.

- O cadáver bem tratado de um traidor - falo calmamente, ele suspira com uma mão na cintura e outra no rosto massageando as pálpebras com a ponta dos dedos - como descobriu?

- Você não vai nem tentar negar?

- Não - respondo baixando o olhar - gostaria que não tivesse descoberto, mas não tenho intenção de mentir sobre isso para você - admito.

- Vocês me subestimam tanto assim? - questiona irritado, engulo em seco e abro a boca para falar, mas ele não deixa - acharam que eu não perceberia? - pergunta sério.

- Não, achei que isso não chegaria até você ou que daria importância para o corpo de um traidor - admito, olhando novamente para as fotos só rê a mesa e sentindo meu estômago revirar - mas como descobriu que fui eu?

- Realmente não tinha como descobrir, não é? Um corpo totalmente limpo, sem sangue, hematomas ou cortes, sem digitais, nenhuma marca sequer, nenhum fio de cabelo, sem uma arma, sem registros em câmeras de segurança, sem registros no caderno de visitas, e com uma autorização para perícia negada... - enumera - basta somar 2+2 para ver a sombra do meu pai cobrindo o seu rastro, MAIS-UMA-VEZ - declara, me encarando irritado - você e ele realmente se merecem... - resmunga dando as costas.

- Eu poderia dizer que sinto muito... mas eu não sinto - falo encarando suas costas - fiz o que precisava fazer... e Shikamaru sabe disso - declaro sem arrependimento.

- Mais que droga, Sarada! - ele exclama se virando de volta para mim, espalmando a mão na mesa, dou um sobressalto - Como eu posso te defender quando você age assim?

- Você não entende... - começo baixo.

- Eu não entendo? Então me diga... por que fez isso? Por que matou um prisioneiro sem sentença de morte? Por que tentou me enganar? Você pretendia agir como se não tivesse feito nada? Nós moramos juntos, caramba! Dormimos na mesma cama! Até quando vai me esconder coisas? - eu travo, a boca entreaberta, "até quando?", questiono a mim mesma, "um problema de cada vez", penso.

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