ARCO 07: A menina dos olhos | Capítulo 5

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FELIZ ANO NOVO, PESSOAL!

Aí está o meu presente:

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POV SARADA

... 19h10min ...

"... quando se ama algo assim, o medo pode distorcer o pensamento até do mais são entre os homens"

"...ver você saindo, levando nossa filha nos braços, me fez me sentir impotente, como se eu tivesse perdido o controle de tudo, de novo, e eu odeio essa sensação, eu não quero perder vocês outra vez, não posso..."

"...todo mundo tem um ponto fraco, Sarada... o meu é você"

Chego à porta do apartamento e respiro fundo, o barulho em minha mente cessa quando abro a porta, destrancada como sempre e dou de cara com a cena mais perfeita do mundo, meu coração se aquece de imediato e meu sharingan se ativa para guardar os detalhes desse momento em minha memória. Shikadai deitado no sofá de peito para cima, ainda com a mesma roupa de antes, as mãos descansando sobre Megumi, que dorme de bruços em seu peito em um sono tão profundo que baba a sua camisa, como se a protegesse de cair. "Eu tenho bons motivos para ser alguém melhor agora e eu serei", penso trancando a porta atrás de mim sem tirar os olhos deles e vou até o sofá, "me sinto completa agora", ajoelho para ficar na altura em que estão, afago os lindos cabelinhos negros da minha filha e deposito um beijo demorado na testa de Shikadai, sentindo lágrimas deixarem meus olhos, "você não tem a mínima noção do quanto eu gosto de você", penso de olhos fechados e sinto algo tocar meu rosto, me afasto por reflexo, abrindo os olhos, ele me encara com os olhos sonolentos.

- Me perdoa - fala com a voz rouca, enxugando a marca das lágrimas que derramei antes com as costas da mão.

- Estamos bem - falo colocando a mão sobre a sua, olhando profundamente nos seus olhos, eu não quero mais falar sobre nada daquilo, ficamos presos nesse momento por alguns segundos até a bebê soltar um suspiro alto chamando nossa atenção - ela puxou mesmo a você - comento com um sorriso de canto me levantando.

- Talvez, mas ela me lembra muito você - fala afagando suas costas, que em resposta se aninha em seu peito de um jeito familiar, eu rio.

- Não nos julgue, você nunca saberá como é boa essa sensação - falo sincera com um sorriso de canto e ele cora - é melhor colocar ela no berço, ou vai ficar mal acostumada - falo desligando a TV, ele assente e levanta com ela nos braços, a levando para o quarto, eu o sigo, colocando a mochila em cima da cama pra tirar as coisas - como vocês acabaram dormindo no sofá? - pergunto olhando de canto para ele que coloca ela no berço.

- Ela acordou assim que você saiu, parece que sentiu a sua ausência... eu troquei a fralda e dei uma fruta amassada para ela, mas ela tava meio chatinha ainda, brinquei um pouco e ela ficou mais espertinha, então a levei para a varanda, ela é muito curiosa - ele olha para ela com um olhar admirado - ficou olhando tudo com uns olhinhos curiosos - sorri - mas começou a esfriar, então entrei e dei banho nela, coloquei uma roupinha mais quente, dei a mamadeira, fiz ela arrotar e deitei no sofá pra assistir TV, ela já tava sonolenta, dormiu logo e bom... eu também - conta vindo até mim.

- Desculpa ter te deixado sozinho nessa... quando percebi já era noite, então resolvi passar em casa para pegar umas roupas - falo guardando as coisas em uma gaveta no guarda-roupa que havíamos organizado antes de sair para o almoço e sinto sua aproximação atrás de mim.

- Isso não foi realmente um problema... você precisava se afastar daqui, eu entendo... tudo isso foi... - fala calmamente.

- Pare de ser tão bonzinho comigo - me viro para encará-lo, ele solta um riso nasalado e ergue as mãos em frente ao corpo, em rendição.

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