ARCO 11: Amor, ciúmes e outras drogas | Capítulo 5

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POV SARADA

- Obrigada por falar com o Inojin por mim - agradeço, sentando à mesa após colocar o jantar, ele assente, terminando de dar o jantar de Megumi.

- Não precisa me agradecer - fala de forma neutra.

- Preciso - contesto, ele me encara, colocando o próprio jantar - mesmo infeliz você fez o que pôde para me ajudar...

- Eu fico feliz que tenha recuperado sua memória.

- S-sim... sobre isso, Dai...

- Eu não estava no meu melhor momento ontem - afirma calmo - espero que saiba disso e entenda que não me incomoda saber que transou com outros, me incomoda falar sobre isso e saber que quando eles olham pra você sabem exatamente como é por baixo das suas roupas, sabem como você é entre quatro paredes - sinto meu rosto queimar, ele suspira - eu sinto ciúmes sim, mas você aceitou um compromisso comigo e confio no que temos - fala com um sorriso gentil, afagando minha mão sobre a mesa - eu estava de cabeça quente com toda aquela situação com Kankuro... queria que tivesse deixado para falar comigo hoje.

- É... você me pediu para deixar para depois - sorrio sem graça, ele concorda, começando a comer, o encaro, levando uma porção a boca, "ele sabe todos com quem transei e eu não sei nada sobre a vida íntima dele", me pego pensando.

- Quer falar sobre mais alguma coisa? - pergunta depois de um tempo, sem me encarar - está concentrada em me ver comer há bastante tempo - brinca sorrindo.

- Percebi que não sei nada sobre sua intimidade - declaro corada, ele ergue uma sobrancelha para mim.

- Acredito que não tenha como sermos mais íntimos que isso - responde com um sorriso confuso.

- Quero dizer com outras pessoas...

- Você nunca perguntou sobre isso - dá de ombros.

- Estou perguntando agora - retruco, mais áspera do que pretendia, ele franze o cenho para mim.

- Por que não me investiga como fez com o Boruto? - pergunta com um sorriso zombeteiro, comendo.

- Eu precisava saber onde estava me metendo para poder me defender... esse não é o caso - ele me encara pelo canto do olho - é só curiosidade - disfarço, comendo.

- Por que isso importa agora? - pergunta com uma sobrancelha erguida para mim, eu sinto meu rosto queimar sob o seu olhar e mexo a comida no prato, desviando o olhar.

- Você sabe todos com quem transei... - argumento sem encará-lo - assim estaremos quites - ouço seu riso nasalado.

- Se é só isso... eu transei com quatro mulheres, incluindo você - afirma indiferente e sinto algo revirar dentro de mim.

- Nenhum nome? - questiono como quem não quer nada. Ele me encara longamente e desvia para a mesa, bebendo um gole d'água.

- Não há ninguém com quem precise se preocupar - fala com um sorriso apaziguador e volta a comer, "evasão", isso não me agrada - isso ficou muito bom - desconversa, comendo com gosto, "ele não quer que eu saiba e se não quer que eu saiba tem algum motivo", aperto os hashis em minha mão com força e ele percebe, mas ignora. Olho para Megumi que brincava com sua colherzinha na mesa, "na frente dela não", termino de comer remoendo isso em minha cabeça, deixo os pratos na pia e levo a bebê para o seu quarto, a coloco para dormir enquanto ele arruma a cozinha.

- Quem foi, Shikadai? - pergunto entrando no quarto iluminado, minha voz sai mais grave do que deveria, ele desvia a atenção de sua leitura, me encarando sentado na cama.

- Preciso que seja mais clara que isso - declara, descansando o documento sobre as pernas.

- Você está me escondendo com quem dormiu, acha que não conheço você? - questiono irritada, cruzando os braços em frente ao corpo.

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