Cinquenta (parte 2) | Final

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MARGO

Maxon me olha com expectativa no rosto, esperando a resposta que eu vou lhe dar

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Maxon me olha com expectativa no rosto, esperando a resposta que eu vou lhe dar.

Pisco algumas vezes antes de me certificar sobre o que ele disse.

— Como assim? Você quer dizer... fugir com você?

Ele me encara estagnado por algum tempo, tentando ler a expressão indecifrável que carrego em meu rosto, antes de balançar a cabeça afirmativamente.

— É.

Me remexo no lugar que estou, sem jeito de olhar em seu rosto durante alguns segundos, enquanto meu cérebro envia sinais à minha boca do que dizer.

Eu estava gostando do que ele estava dizendo no início, mas nunca imaginei que ele fosse me pedir uma coisa dessas. Isso me pegou totalmente desprevenida, mas a resposta que eu tenho a dar inconscientemente já estava prevista dentro de mim.

Umedeço a boca, mordo o lábio inferior e olho para baixo.

— Tenho uma ideia melhor, por que você não fica? — proponho, levantando os olhos para olhar para ele — Fica e Seattle — peço, colocando a mão em seu peito — Aqui a gente teria uma vida muito melhor.

Agora nossas reações se invertem, embora não fosse isso que eu esperasse.

Depois de meditar sobre as minhas palavras, ele franze o senho e balança a cabeça que Não.

— E eu vou morar onde? Aqui? Com você nessa casa? — solta uma curta risada nasal como quem zomba de algo que é impossível que aconteça — Ou você me vê morando em um alojamento da Universidade de Washington, estudando medicina veterinária enquanto trabalho numa empresa à tarde para bancar a mensalidade do meu curso?

Não respondo, e ele sacode a cabeça.

— Eu não vejo a minha vida assim, Margo, e no fundo você também não.

A resposta dele, ainda que não tenha sido dada em um tom agressivo, quebra as minhas expectativas sem piedade, e eu me vejo na obrigação de responder na mesma moeda.

— E você acha que eu vejo o meu futuro andando sem rumo numa moto? — rebato, mas tentando não tornar isso uma briga — Migrando de uma cidade para outra sem ter um lugar fixo para ficar?

— Talvez a gente não tenha um lugar fixo para ficar, mas a gente teria um ao outro — Contra-argumenta — E, sim, a gente viveria uma vida nômade se você viesse comigo, mas também seria uma vida livre; a gente poderia ser o que a gente quiser, fazer o que quiser, ir onde quiser.

O discurso de propaganda de Coca-Cola dele quase me convence, mas a parte racional do meu cérebro insiste em dizer que essa ainda não é a melhor opção para nós dois.

— Eu gostaria muito de ir com você — digo, sincera — Mas você sabe que há muitas coisas que eu não posso abandonar igual você abandonou, Maxon.

Um Bad Boy em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora