Trinta e um | Problema puxando problema

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MAXON

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MAXON

Horas antes

Ela saiu do quarto como um furacão, irada, levando tudo com ela, e, como todo furacão, deixando a sensação de que nada será como era antes.

Não sei por quanto tempo permaneço em pé, do mesmo jeito, olhando para a porta feito um animal sem dono, esperando, de repente, alguma resposta vir de lá.

É como se todas as reações dentro da minha cabeça estivessem desligadas, e de longe eu posso ouvir uma pequena voz: recapitulando, recapitulando...

Eu não esperava que ela agisse diferente, mas também não pensei que me quebraria desse jeito ver ela saindo pela porta com tanto ódio no olhar. Ódio de mim.

O toque do meu celular emerge seu som pelo quarto, e eu tenho vontade de quebrá-lo quando leio Cope na tela.

— O que é?

— Tenho outro serviço para você.

— Eu não estou na cidade — falo impaciente. Grande erro.

— Eu sei, você está em Ottawa, no hotel Miller, quarto 612 — ele diz, como o desgraçado manipulador que é — Eu sei tudo sobre você, garoto, cada passo que você dá. Só não sei como você vai arrumar para pagar a porra da grana que você me deve. E eu estou sendo generoso em te dar uma chance de vida em troca de alguns serviços. Por isso eu não ligo para onde você está, vai fazer o que eu disser que você faça.

Há um tempo atrás eu fiz uma aposta com Cope numa luta de MMA, a intenção era apostar para eu ganhar dinheiro e pagar outras dívidas, porque eu tinha certeza que o Maycon Sales ia vencer aquele campeonato, já tinha o visto lutar antes e o cara era como uma máquina demolidora em cima daquele ringue. E com toda essa confiança que eu tinha nele, apostei vinte mil. Mas o lutador que o Cope apostou acabou ganhando o combate quando fez um Mata-leão no Sales de última, o levando a desistir da luta e me levando à desgraça da pior espécie. Tudo parecia conspirar contra mim. Era inacreditável a minha capacidade de criar mais problemas enquanto tentava solucionar outros.

Óbvio que eu não tinha dinheiro para pagar Cope, ainda não tenho — Ainda —. Por isso ele me concede alguns serviços sujos para fazer em troca da extensão do meu prazo de pagamento, ou, como ele prefere dizer, do meu prazo de vida. Mas quando alguma coisa sai fora dos trilhos, a coisa sempre fede para o meu lado.

— Fala o que você quer dessa vez, Cope.

— Preciso que vá ao Strip Club do Howey e entre no escritório dele, procure por uma pasta escrita Histórico GH em uma das gavetas e a traga para mim.

Um Bad Boy em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora