Trinta e nove | Culpado

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MAXON

Tudo começou por causa de um maldito maço de cigarros.

Sasha Collins é um nome que eu nunca vou esquecer na minha vida, infelizmente coisas ruins tendem a ficarem gravadas no nosso cérebro para sempre. Ela e seu namorado, Tom, costumavam frequentar o Strip Club do Howey todas as vezes que eu estive por lá, há uns anos atrás, quando eu nem fazia ideia do que eram dívidas e nem tinha passagem na cadeia.

Ela é filha do Howey, dono do estabelecimento, e Tom um ex integrante de um grupo de motoqueiros nômades chamada Vulture, mas acabou se envolvendo com um tráfico ilegal de animais que o fez se tornar um procurado, ele não me deixou saber muito bem disso.

A polícia estava atrás de Tom, e eu também, mas por razões diferentes. Eu queria saber sobre os Vulture's, e a polícia queria o prendê-lo, e acidentalmente, eu fiz com que ele fosse preso.

Eu só ia comprar um maço de cigarros na lojinha quando a polícia me enquadrou, me mostrando uma foto do Tom e perguntando se eu conhecia esse cara. Inicialmente, eu disse que não, mas eles me pressionaram, dizendo que se eu estivesse mentindo eu seria um cúmplice do caso por atrapalhar a investigação.

Eu não iria foder as coisas para o meu lado para livrar a pele de um homem, então eu disse onde eles poderiam encontrá-lo, e três dias depois, Tom foi preso.

Uma semana após esse episódio, eu estava de volta à boate, e justamente esse dia, Sasha me chamou para conversar num dos quartos.

Ela disse que eu precisava pagar a fiança para o namorado dela sair da cadeia, que era de, se não me falha a memória, 50 mil dólares; isso porque eles me condenavam culpados por ele ter sido preso.

Eu obviamente disse que não, eu nem tinha de onde tirar tanta grana assim, e nem ia correr atrás disso para poder pagar a fiança de um cara. Mas, claro, eles não entendiam isso, porque para eles eu fazia o estereótipo de um moleque que espirrava e chovia notas de 100, e que 50 mil fosse só a minha mesada porque meu pai é o Dominic Stirling, e, segundo ela, era a minha obrigação pagar aquela porrada de grana para tirar aquele imbecil da cadeia.

Quando eu disse que eu não iria fazer o que eles queriam, a garota começou a se bater sozinha, dizendo que eu iria pagar pelo que eu fiz de outra forma. Então, depois de deixar o corpo machucado e as roupas rasgadas, ela saiu do quarto dizendo para todo mundo que eu a tinha estuprado.

É claro que entre a voz de um cara e a de uma mulher com machucados pelo corpo, é desnecessário dizer que todos só iriam ouvir a voz dela. Ela sabia disso, por isso fez tudo para provar que eu havia feito aquela coisa absurda com ela, mentiu para todos. E o porquê disso tudo? Para eu parar na cadeia.

E foi onde toda essa confusão me levou.

Eu não consegui provar a minha inocência. Tive que passar cinco noites dentro da prisão até que Karen pagasse para me tirar de lá. E em apenas cinco noites dentro de uma cela, eu consegui arrumar uma dívida de dez mil dólares. A minha primeira dívida.

A questão era que eu estava preso na mesma ala das celas que Tom estava, e se eu não fizesse um acordo com uns rapazes para me protegerem dos capangas que Tom tinha lá dentro, eu estava ferrado em inúmeras línguas.

Desde então, a minha vida se tornou uma bola de neve descendo de um penhasco, arrumando dívidas para pagar outras, e prestando alguns serviços à Cope para que eu sobreviva para pagá-las.

Um Bad Boy em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora