Treze | Rumors

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Entro na sala de aula junto com alguns estudantes que me dão passagem.

A professora jovem e bonita, que usa uma saia longa de cor neutra e os cabelos presos num coque, me recebe e me anuncia para toda a turma de 15 ou 20 alunos, que me olham com olhares curiosos.

Provavelmente estou vermelha o suficiente para parar o trânsito.

Ela aponta para o meu lugar e vou andando até a cadeira que está escrito meu nome.

Uau, que chique.

Deixo a mochila no chão e me sento, então todo mundo começa a ligar o IPad em cima de suas mesas.

Pelo visto eles não usam livros.

Uau, que chique.

Pego o objeto nas mãos e fico procurando o botão de ligar. Sem sucesso. Não consigo entender como o aparelho das outras pessoas ligaram como mágica e o meu parece estar estragado.

Um garoto de pele preta sentado ao meu lado percebe o conflito em que me encontro na tentativa de ligar o IPad.

— É sensor digital — ele diz, tentando soar do modo mais gentil.

— Ah... Hã...— balbulcio, parecendo uma débil mental.

— Assim — Ele posiciona o polegar na tela do seu IPad e o aparelho liga.

Faço a mesma coisa e uma tela escrito "Olá, Margo!" aparece.

Dou um sorriso de gratidão para o rapaz.

— Obrigada... ?

— Ken — sorri — De nada.

Que vergonha.

— Que bonitinho — ele aponta para o chaveiro em minha mochila.

Não entendi praticamente coisa alguma na primeira aula. E tive algumas complicações no meu IPad, mas o garoto ao meu lado me ajudou.

No primeiro intervalo, procurei Maxon com os olhos pelo corredor, mas ele não apareceu. Então fui para a segunda aula.

O garoto da aula de biologia também estava na mesma sala que eu durante a segunda e a terceira aula, e subitamente fiquei feliz por isso. Ele parece ser a pessoa mais simpática que eu vou encontrar nesse lugar.

— Porque todo mundo está olhando para ela? — pergunto olhando para a garota morena sentada do outro lado da sala, a qual recebe olhares de toda a turma, acompanhado de cochichos e risadinhas.

— Semana passada o Kevin, ex-namorada dela, espalhou um nude da coitada pro celular de geral — Ken explica.

Sinto meus pelos se erissarem da cabeça ao pé e minha garganta se fechar.

Isso foi um gatilho para mim. Me fez lembrar duma parte ruim da minha vida, uma parte que eu quero arrancar da minha existência e queimar.

Exposições. Como eu odeio exposições.

Olho para a garota como se eu estivesse na pele dela.

— Isso é ridículo — pestanejo — É ridículo o que estão fazendo ela passar. Sabe... ninguém merece isso. As pessoas não têm esse direito.

Ele ri de forma histérica.

— Bem vinda ao colégio Roosevelt, minha cara.

— Bem vinda ao colégio Roosevelt, minha cara

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Um Bad Boy em minha vida Onde histórias criam vida. Descubra agora