O n z e

6.4K 683 778
                                    

[Nome] :

Estou na livraria trabalhando, já no meu quinto copo de café, hoje realmente estou caindo de sono e não sei porque.

Depois que Mikey chegou com o café, me levantei e tomei um banho e ele me deixou aqui. Hoje recebi uma ligação cedo perguntando se poderia substituir uma menina hoje.

Disse que sim, não tenho preguiça de trabalho, mas não quero pretendo falar para o Mikey que vou trabalhar lá, ainda tenho vergonha e ele não sabe da situação em casa. Não duvidaria que ele me chamaria para morar com ele, mais recusaria de todos os jeitos.

Não quero e não vou depender de ninguém, piorou de um cara que é algo indefinido.

O sino da porta toca mostrando um cliente, vou até ele pergunta se precisa de ajuda.

— Oie, posso te ajudar ? - pergunto ao homem loiro e de óculos na minha frente.

— Oi, na verdade sim - ele da um sorriso simpático - estou procurando a parte aonde tem livros de poeta pode me ajudar ?

— Claro que sim. - respondo - vem comigo.

O levei até a sessão aonde tem livros de poetas mais conhecidos.

— Obrigada. - ele passa os olhos pelos livros - você gosta de poesia ? - pergunta.

— Não sou muito fã não para ser honesta. - ele da risada.

— Nos somos os homens ocos. Os homens empalhados. Uns nos outros amparados. O elmo cheio de nada. Ai de nós! - ele recita - T.S. Eliot.

— Bom muito bom, desculpe não ter conhecimentos sobre. - respondo.

— Ah isso é imperdoável. - brinca - mais poderia te desculpar se aceitar sair comigo ? - arrisca

— Desculpa, eu meio que já sou comprometida. - respondo.

— Uma pena - responde sorrindo.

Depois que ele escolhe os livros dele, vem até o caixa para pagar.

— Obrigada e até a próxima — falo com um sorriso.

— Até a próxima [Nome] - o olho confusa - me chamo Tetta Kisaki mande Oi ao Mikey por mim.

Nem consigo responder, pois ele sai pela porta logo em seguida, achei aquilo muito estranho, mais não fiquei com aquilo na cabeça.

Deve ser algum amigo do Mikey não sei, quando eu ver ele eu pergunto.

Passei o dia na livraria e já tinha fechado e fui para casa, quando passei pela porta, estava vazia, não tinha ninguém. Graças a Deus.

Me jogo na cama e começo a conversa com o Mikey por mensagem, ele pergunta se pode vir me buscar para ir dormir na casa dele, mais digo que hoje não posso, mais não falo que vou trabalhar na boate.

Quando da o horário, começo a me arrumar as vinte e oito da noite e saio às nove para conseguir chegar no horário lá, geralmente entro onze ou meia noite.

Vou para o banho rápido, quando saio do chuveiro, escuto o barulho e a voz do Oliver, namorado da minha tia. Me seco e coloco o roupão e vou correndo para meu quarto trancando a porta.

Ninguém merece ficar com medo na sua própria casa, esse traste.

Já eram quinze para as nove e Mikey está me mandando mensagem para me convencer a ir para a casa dele e acabo falando que vou trabalhar na boate.

Ele não me respondeu, mais também jogo o celular para dentro da bolsa sem olhar. Quando saio do quarto, no corredor mesmo meu corpo é preso na parede e o cheiro de cachaça vem no meu nariz.

— Aonde a putinha vai em. - ele fala abrindo o sobretudo para expor o top e o shortinho minúsculo embaixo dele.

— Oliver seu nojento. - o xingo - me solta caralho.

— Não! - ele aperta minha bunda - quanto você cobra ? Eu pago vagabunda.

Chuto seu saco e vejo ele se contorcendo no chão. Pego as chaves do carro e saio correndo para fora.

Tomo um susto quando sinto meu braço sendo puxado, era o Mikey.

— [Nome] - Mikey me olha sério. - por que está chorando.

— Nada.. é o que você tá fazendo aqui ? - pergunto. - falei que ia para boate.

— Eu sei.. vou te levar e te esperar sair. - ele me puxa para mais perto. - não gosto de você dirigindo tão longe e a noite.

— Já estou acostumada. - respondo seca.

— Será que você pode entra na porra do carro me deixar te levar e me conta o que aconteceu. - ele respira fundo e eu sinto uma lágrima escorrer.

— Tudo bem.. - vou andando até o carro.

Quando entramos e ele começou a dirigir. Sua mão foi até minha coxa e o apertou ali.

— Agora me conta.. o que aconteceu. - ele me olha. - confia em mim.

— O namorado da minha tia ele.. - sinto a lágrima querer sair mais seguro - ele sempre fica tentando tocar em mim, me chamando de puta, pergunta quanto eu cobro, por isso eu vivo trancada no meu quarto.

— Ele tentou alguma coisa ? - me pergunta sério.

— Hoje ele apertou minha bunda - falo olhando a janela.

— Filho da puta. - Mikey grita - Eu vou matar ele.

— Melhor não fazer nada. - suspiro - minha tia pode me expulsar e eu não tenho como ir embora agora.

— Você pode morar comigo. - fala meio sem jeito.

— Obrigada Mikey, mais só vou ficar mais um tempo.

— Ok. - só responde isso.

Eu não quero da esse tipo de dor de cabeça para o Mikey, também não estamos definido um status, nos conhecemos não tem nem três meses, não, amanhã a gente pode se desentender e ele me expulsar da casa dele.

Eu fico feliz com a preocupação dele, eu amo o carinho que ele me dá, mais infelizmente não sou mais criança e tenho que arcar com as responsabilidades da minha vida, mais se esse filho da puta acha que vai tocar em mim achando que eu não sei me defender.. está muito enganado.

Quando chego na boate, Mikey estaciona e me olha.

— [Nome]... - o interrompo com um abraço.

— Obrigada por cuidar de mim cabeludinho. - o olho - sou feliz por ter te conhecido.

— Cabeludinho ? - Mikey ri - que apelido é esse.

— Acabei de inventa. - dou uma piscada para ele - Ah seu amigo Tetta mandou oi. - dou mais um selinho - tenho que ir.

Mikey vai me esperar para me levar embora, isso até me deixa mais alegre, espero que não fique muito tempo na boate. Para não deixar ele esperando.

Drugs & Money | Manjiro Sano(Mikey)Onde histórias criam vida. Descubra agora