S e s s e n t a - U m

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Alguns meses depois ...

Sano Manjiro

Estava sentado na minha mesa. Fumando um baseado ao mesmo tempo que bebo uma bebida qualquer forte que tem aonde me encontro com o Sanzu e o resto do pessoal.

Depois do enterro da [nome] me afastei de todo mundo, foi a única maneira que encontrei pra suprir tudo que me lembrava ela, apesar da foto dela ser de capa no meu celular, nas drogas e violência encontrei uma maneira de não lembrar dela e não lembrar que eu ia ter um filho com a mulher que eu amava. Não me envolvo amorosamente com ninguém, apenas fodo, mas não me envolvo, a única pessoa que tem meu coração está em algum lugar enterrada e até agora não encontraram o corpo.

Também o fato do meu melhor amigo e irmão praticamente, confessar que gostava dela amorosamente, me irritou de uma forma, não falei com ele depois do enterro. Também torturei pessoa por pessoa que participou naquela noite e sequestrou ela, também descobri que o Kisaki mentiu e nunca abusou dela. Ela sofreu um abuso, me dá vontade de reviver o cara e matar ele de novo.

Também cheguei a ir aonde o cara falou que tinha sido lá que tinham enterro ela, mas virei aquele lugar de ponta cabeça não tinha nada. Balanço a bebida para o gelo dissolver. E começo a mexer no celular, reviro os olhos quando chega mensagem da Mikai, essa menina não aceita um não como resposta.

— Mikey. - Yuzuha entra pela porta - Shin está aí e quer falar com você.

— Sério ! Logo de manhã. - passo a mão pelo meu cabelo grisalho e deixo ele entrar.

Yuzuha nos tornamos muitos amigos, ela sofreu bastante com a morte da [nome] e também ficar do meu lado, mesmo eu fazendo merda pra caralho, ela fala que é uma forma de cuidar de mim pra [nome], mas sinceramente ela me dá tanto puxão de orelha que tenho até raiva, mas eu amo ela, Sanzu e ela se tornaram meu apoio. Quando Shin entra pela sala com um cigarro nos dedos, já sei que vem sermão.

— Mikey. - ele fala se sentando no sofá na minha sala e Yuzuha se levanta.

— Qualquer coisa me chama. - ela fala saindo da sala.

Me distanciei de todo mundo, literalmente do Shin, Emma e Kenzinho, o único que não me distância foi o Izana, porque ele acabou se tornando membro na minha gangue, na verdade ele é líder comigo. São divididos por cidade, eu escolhi a cidade afastada do Shinichiro é Emma e Izana tá cuidando dessa, junto com Kakucho e Ran Haitani. Comigo está Sanzu, Rindou Haitani e a Yuzuha. Somos uma organização criminosa bem grande, mas tenho certeza que Izana só está envolvido nisso porque queria ficar de olho em mim.

Mas depois que ele se deu conta do tanto de dinheiro que a gente ganha, dinheiro sujo tá, mas mesmo assim é muito dinheiro, quem cuida da nossa contabilidade toda é o Kokonoi. Ele multiplica nosso dinheiro, ele é bom demais nisso.

— Você não vai falar nada ? - falo olhando pro Shin.

— Vai ficar até quando nisso ? - Ele me pergunta firme - Seja uma pessoa normal, fica de luto, chora, ela morreu, e você se envolve com drogas e prostituição.

— Isso não é da sua conta. - falo sorrindo irônico - Eu quem decido qual é a melhor maneira de superar a morte da minha namorada e do meu filho.

— Ela ia querer que você se afastasse de nós ? - fumo meu baseado, soltando a fumaça e encarando ele.

— Ela não ia querer nada. - falo firme - Ela morreu.

— Mas ainda tem a gente. - ele fala e eu reviro os olhos.

— Questão de tempo até perder vocês. - dou de ombro - Meu melhor amigo confessou que gostava da minha namorada. Quer saber, me deixem em paz, não me procurem mais.

Falo pegando meu maço de cigarro e minha arma, e sai da sala. Entro no elevador e vou até o terraço, me sento e acendo um cigarro. Ninguém entende, que a única maneira de eu conseguir estar vivo ainda é isso, vivo ? Gargalho pra mim mesmo, porque eu estou morto por dentro, [nome] foi a primeira pessoa que eu amei de verdade, que eu queria uma vida e casar, ter uma família, largaria a Toman por ela. Pelo nosso bebê. Não entendo como alguém consegue fazer uma maldade tão grande com uma pessoa tão boa.

Safada, gostosa e fazia um café maravilhoso, não importava o lugar, ela sempre me fazia sorrir e ser feliz, ela seria uma ótima mãe. Mas não quero ficar pensando nela, já que isso me faz querer atirar em alguém.

— Parceiro. - Sanzu se senta do meu lado - Seu irmão acabou de sair.

— Eu sei. - falo soltando a fumaça do cigarro - Veio me dar sermão.

— Hoje a noite, vamos resolver um negócio. - Sanzu fala pegando a arma dele.

— Dívida de drogas ? - ele concorda com a cabeça - Beleza.

Fui para meu apartamento minúsculo que eu estou morando, tenho dinheiro para morar melhor, mas eu não quero, comprei aquela casa pra [nome] e por algum motivo não consigo me desfazer dela, continuo tendo as chaves. Abro minha geladeira e pego uma garrafa de água e me jogo na cama. Ao lado tem uma foto da [nome] sorrindo. Pego ela e fico olhando, como eu sinto saudades de você meu amor.

Já estava dando a hora de encontrar os meninos, então tomei um banho. Vestindo uma calça jeans qualquer e uma blusa de moletom. Ainda uso minha correntinha e a dela fica no criado mudo ao lado da cama. Subo na minha moto e vou para o prédio abandonado aonde nos encontramos sempre. Chego em cinco minutos, estaciono minha moto e acendo mais um cigarro enquanto subo no elevador. Quando chego no andar vejo Yuzuha sentada no sofá mexendo no celular. Rindou fumando e Sanzu brincando com uma faca.

Ah! E não esquecendo um cara com um lenço na boca e ajoelhado no chão. Dívidas de droga é sério, Sanzu não perdoa. Pelo contrário, ele adora.

— E ai pessoal. - falo me sentando ao lado de Rindou. - me esperando só pra matar o cara ? - falo sorrindo.

— Claro. - Sanzu sorri e aponta a arma na cabeça do cara - Que você sirva de exemplo parceiro. - fala e atira na cabeça do cara.

Agora essa é minha vida.

Drugs & Money | Manjiro Sano(Mikey)Onde histórias criam vida. Descubra agora