Drugs & Money | Manjiro Sano(Mikey)

C i n q u e n t a - N o v e

Sano Manjiro

Eu sou muito burro, porque não pensei que isso podia ser uma armadilha pra pegar ela. Depois que Hakkai soltou a gente, subi na minha moto e acelerei com tudo, sem olhar quem ficava atrás. Mandei uma mensagem pra ela e nem vi se ela tinha visto.

Quase vinte minutos depois estava na frente da casa do Kenzinho e comecei a me desesperar quando vi o portão deles aberto. Gritei o Takemitchy mas nenhum sinal, Kenzinho chegou logo atrás com os meninos e subi correndo. A porta estava aberta e quando entrei vejo a Hina no sofá e Takemitchy soltando ela, quando os dois me viram, Hina começou a chorar.

— Hanma pegou elas. - ele fala rouco e baixo e eu encaro meu pé.

— A Emma também ?- Kenzinho perguntou.

— As duas. - responde e Draken bate na porta.

Olho em volta, vendo o celular da [nome] jogado pela sala, Baji chegou logo atrás entrando e falando algo, mas eu não estava nem escutando. Tudo em volta estava mudo, a vontade de chorar era grande mas eu não ia chorar, subi as escadas e fui até o quarto, me sento na cama e encosto na cabeceira. A bolsa dela estava aberta no pé da cama, peguei ela e logo vi, algo que me fez chorar, e eu nem percebi quando as lágrimas começaram a cair, só vi os três testes de gravidez positivo ali.

— Porra, porra porra. - gritava puxando meu cabelo. - Eu fui muito burro.

— Mikey. - Baji chegou no quarto. - Vamos achar .. - ele para de falar quando vê o teste de gravidez. - Ela esta grávida.

— Eu vou ser pai. - falo com um pouco de esperança de achar ela e limpo as lágrimas.

— Vamos procurar por ela. - Baji fala saindo do quarto.

Respiro fundo e desço correndo as escadas, aviso que vou procurar por ela e subo na moto pilotando, derrapando mas saio dali, começo a pilotar pro primeiro lugar que ele levou ela a primeira vez, no meio do mato perto da minha casa. Assim que eu chego, deixo a moto no meio da estrada e entro entre as árvores, ilumino com a lanterna do meu celular, mas não vejo nada. Murmuro um porra e começo a olhar tudo, nem uma movimentação, nenhuma voz, nada. Volto para minha moto, eu não faço ideia pra onde ele levou ela e aquilo me fazia querer chorar.

Piloto de volta para o Kenzinho, mas antes paro na casa nova, entro, subindo até o quarto, o cheiro dela misturado com o meu aromatizava o ambiente. Tiro minha arma da cintura e coloco em algum lugar, me deito no colchão, ali foi o momento que eu desabei. Deixei as lágrimas caírem, pensando no que ele estava fazendo com elas, se ele ia matar, ela está grávida, mas que porra de vida, não consigo nem segurar as lágrimas. Coloco a mão no meu peito e começo a dar socos. Eu estava com tanta raiva. Eu vou matar esse filho da puta.

Acordo, sentindo meus olhos inchados, normal, dormi chorando, meu celular estava vibrando no bolso, são uma da manhã e atendo meu celular.

— Oi Mikey. - Kisaki filho da puta.

— Cadê ela seu desgraçado ? - grito.

— Enterrada. - ele termina de falar e meu coração é como se parasse - Provavelmente, ela já deve ser sufocado essa hora, sua irmã chegou bem ?

— Eu vou te matar. - falo recuperando um pouco de voz.

— Claro claro. - ele da risada - Agora que já matei sua namorada, vou acabar com você. Me encontra no terreno abandonado ao lado dos galpões, em duas horas, e antes vou te mandar um vídeo pra você ver como a [nome] se divertiu.

Dois minutos depois que desliguei o celular, recebi um vídeo, abro um vídeo e meu queixo treme, minha mãos começam a tremer. Ela estava sendo estuprada, ela chorando puta merda, pego minha arma. Saio de casa às pressas e quando estava subindo na minha moto pra encontrar esse filho da puta. Eu não acredito que ele matou ela, ele não iria fazer isso. Recebo uma mensagem do Draken pedindo pra ir na casa dele. Respiro fundo e vou, como são duas casas é rápido, chego vendo a Emma no sofá, chorando sem parar. Quando ela me vê, ela corre e me abraça.

— Mikey. - ela fala soluçando. - Me desculpa.

— Fala pra mim que é mentira. - sussurro no ouvido dela - Fala que ela está bem.

— Não Mikey. - ela me olha com os olhos inchados e cheio de lágrima - Ele matou ela.

— Ela está grávida. - Emma me olha com os olhos arregalados. - Ela não morreu.

Não falo mais nada. Mas ela me entrega uma carta, que tinha alguns pingos de mancha, lágrimas e dentro a correntinha que eu dei para dela. Pego os dois, e subo as escadas indo para o quarto. Abro a carta dela e começo a ler, segurando a correntinha dela com força. Suspiro terminando de ler a carta e eu já não tenho mais lágrimas para chorar, e nem ia ficar chorando, confirmo se minha arma está carregada e coloco um canivete no bolso da minha calça. Dou um selar na correntinha dela, que tem seu cheiro de perfume de baunilha que me faz sorrir pouco.

Desço correndo as escadas e nem olho para ninguém, só saio dali, saindo pelo portão. Subo na minha moto e acelero até aquele endereço dos galpões, tem um terreno abandonado ao lado, eu sei que é suicídio eu ir sozinho. Mas sou o suficiente pra dar contra de cinquenta caras e do Kisaki, eu ia matar esse filho da puta na porra. Trinta minutos depois paro a moto, deixando ela cair de qualquer jeito. Entro no terreno e estava começando a chover. Terra para todo o lado, alguns carros abandonados. Uma luz bem forte iluminava o lugar, e então paro na frente de uns cem caras e o Kisaki sentado em cima de um carro e o Hanma do lado.

— Que coragem. - ele grita - Vir sozinho, pra dar conta de cem cara.

— Sou o suficiente para te matar seu cuzão. - grito e passo meus olhos entre os caras, procurando o do vídeo.

— Me procurando ? - ele da um passo à frente segurando um cigarro. - Já que eu comi sua mina por horas.

Nessa hora eu sai de mim. Quando ia pra cima, vários faróis de moto atrás de mim, olhei pra trás e sorri, Kenzinho vindo até mim e parando ao meu lado e o Baji do outro lado.

— Você vai pagar pelo que fez a ela. - Baji grita.

— Pelo menos eu dei um bom sonífero pra ela antes de enterrar ela viva. -Kisaki grita.

— Eu vou te matar. - respondo e ele se levanta rindo.

— Vem me buscar. - ele fala com um tom desafiador.