Ciúmes

3.2K 182 7
                                    

Capítulo 6

Fiquei perdida em meus pensamentos até eu ver que era o horário do Pesadelo tomar o remedio, desço as escadas e me sento na cadeira da cozinha. Ele logo aparece só de bermuda com suas tatuagens e músculos amostra.

Ele fica me encarando por um bom tempo assim que toma o remédio, da de ombros e sai.

Fico lá até por um tempo até sentir alguém colocando a mão no meu ombro. Me desespero e viro pra ver quem é. Vejo Baiano e me acalmo, ele fica rindo que nem louco e me encara assim que vê que eu realmente a via me assustado.

Ele fala alguma coisa mas não entendo. Ele continua falando e então some. Logo aparece com uma caneta e papel.

"O que tu tem?" - Ele escreve.

"Não tenho 50% da audição, então tenho que usar um aparelho, mas o meu quebrou hoje." - Ele me encara e assente.

"Vou dar um jeito mina. Marca 10 que de volta." - Ele sai, me deixando sozinha na cozinha sem entender nada.

Vou pra sala e fico vendo desenho, com legenda. Depois de quase três horas Baiano aparece e Pesadelo desce as escadas. Eles se cumprimentam e Baiano se senta ao meu lado. Me entrega uma sacola, Pesadelo ficou encarando tudo de cara fechada, mas logo saiu indo pra cozinha.

Pego uma caixa e vejo que Baiano a via comprado um aparelho pra mim. Coloco e o abraço.

- Muito obigada. - Falo sorrindo. - É um dos melores ainda. - Falo e ele assente.

- Tu merece poh. - Abraço ele de novo.

- Que porra é essa? - Pesadelo aparece com um copo de água na mão.

- Um ablaço? Nunca viu? - Ele me olha mortalmente.

- Calma aí mano, ela só tá me agradecendo. - Baiano diz segurando a risada. - Fica de boa aí mano.

- Tô tranquilo poh, só queria saber o que rola entre vocês mesmo. - Rio. - Qual é a graça? - Cruza os braços.

- Ihhh, tá com ciúmes Pesadelo, se preocupa não que eu sou todo teu. - Afina a voz me fazendo rir.

- Que sacola é essa? - Pesadelo vem em direção a sacola mas eu coloco atrás de mim. - Tá escondendo porque?

- Não te interexa. - Falo sério e ele ri.

- Tem essa não. - Ele ia pegar mas Baiano não deixa. - Ihhhn, qual é Baiano.

- Qual é nada, se a mina quiser ela te mostra, se não morra de curiosidade e deixa a mina em paz. - Ele diz e vejo que Pesadelo não gostou nadinha disso.

- Tu anda se crescendo muito pro meu lado. Tá achando que é quem heim?

- Pala voxês dois, palessem clianças. - Falo entrando no meio.

- Não te mete. - Pesadelo diz mas ignoro.

- Baiano, pode ir, eu cuido disso. - Ele assente e sai. 

- Meu assunto com tu não acabou não. - Pesadelo diz antes de me encarar. - Que porra foi essa que aconteceu aqui?

- Nada, ele me deu um negoxio nada de mais. - Falo mas parece que só piorou.

- Que negócio? - Reviro os olhos.

- Vai cuidar da xua vida. - Falo e saio deixando ele bravo na sal!, entro no quarto e me deito.

Cara maluco, não tem nada a ver com a minha vida e quer se meter. Fingir que se preocupa quando na verdade não se importa. Como eu odeio o Pesadelo. Tô vendo que essa uma semana vai passar bem de vagar.

Tata pelo amor de deus, volta logo, não sei se vou aguentar isso sem você.

Se Baiano e Pesadelo tivessem saído no soco, não sei nem o que eu iria fazer, talvez entraria em desespero. Não gosto de violência, mas pelo que vi Pesadelo resolve essas coisas tudo na violência.

Pesadelo entra em no quarto sem nem bater e se deita ao meu lado. Ele me passa o braço em minha cintura e me puxa pra perto. Sinto um cheiro desagradável, mas não digo nada.

- Eu só ferro as coisas, foi mal de novo loira, se não quiser me perdoar eu vou entender. Eu só não entendo o que eu sinto, assim que te vi, minha vida virou de cabeça pra baixo. Todas as noites eu só penso em ti, no teu beijo, no teu gosto. Não sei explicar, mas parece que meu mundo gira entorno de ti. E ver tu feliz com o Baiano, me subiu um ódio tão grande que não sei explicar. Agora tô eu aqui, falando tudo depois de beber um garrafa de pinga.

Então está explicado esse cheiro desagradável. Encaro ele e ele faz o mesmo.

- Tu é gostosa e gata de mais, cê tá doido. - Ele se aproxima mais até nossos narizes se encostarem. - Posso fazer uma coisa que provavelmente eu vá esquecer amanhã? - Antes que eu responda, ele junta nossos lábios. O beijo é calmo e bom, apesar do gosto de álcool. Ele me puxa mais pra ele e intensifica o beijo. - Tu é tão inocente, tão perfeita. - Ele diz assim que terminamos o beijo, acaricia meu rosto e encosta nossas testas.

- Não xou perfeita. - Falo e ele ri.

- Pra mim é. - Ele sorri e retribuo. Logo vejo ele fechando os olhos e caindo no sono.

Espero que ele lembre disso tudo amanhã. Me aconchego em seus braços e caio no sono.

Acordo assim que o sol bate em meu rosto. Olho pro lado, mas não a ninguém, será que tudo foi um sonho?

Me arrumo e vou pra cozinha.

- Bom dia. - Falo pro Baiano que está tomando café junto com Sorriso.

- Bom dia. - Os dois me cumprimentam.

- Que cara é essa? - Baiano me pergunta e eu o olho sem entender. - Tá com um sorriso enorme, e sei que não é só por conta do presente não. - Rio.

- Que barulheira é essa? - Pesadelo entra com uma cara de acabado.

- Que cara é essa menó, parece até que bebeu uma garrafa inteira de cachaça. - Sorriso diz rindo.

- Tu não fez isso né Pesadelo? - Baiano pergunta e ele nega. - Deixa de ser mentiroso. Tata mata nois. - Baiano se desespera.

- Fala baixo porra. - Ele vai até uma gaveta, pega o remédio e toma.

- Quem manda beber. - Sorriso ri.

_______________

Tenho uma novidade kkkk
Baiano terá um livro...
Era isso kk não esqueçam da estrelinha e de comentarem o que estão achando...

Laços ObsessivosOnde histórias criam vida. Descubra agora