Capítulo 8
A semana passou rápido, nesses dias percebi que Pesadelo é bipolar, uma hora está sorrindo na outra já está de cara fechada e assim vai, conheci mais o Sorriso, ele é legal, mas não mais que o Baiano. Baiano parece estar tendo um relacionamento com uma pessoa mas não quer dizer quem é nem sendo ameaçado. Eu vivo no quarto ou na sala, Tata chegou de viagem ontem e trouxe o monte de coisa pra gente, além de contar sobre como foi lá e mais o monte de coisa. Baiano e Sorriso levaram bronca por terem deixado Pesadelo beber.
Agora estou aqui jogada no sofá esperando dar o horário pra eu ir me encontrar com a minha amiga. São nove da manhã e eu marquei com ela as onze. Vamos almoçar lá mesmo.
- Não vai avisar o Pesadelo? - Tata pergunta pela milésima vez.
- Não, ele nem se impolta mesmo. - Dou de ombros. - Avisei o Baiano.
- Se pra você esta bom então tá né. - Ela diz e subo pra me arrumar. Separo uma camiseta grande, um shorts, meu Stitch e a chupeta.
Desço já arrumada e cheirosa.- Onde tu vai? - Pesadelo pergunta assim que entra com os meninos.
- Ela vai no shopping, se é que isso é da tua conta. - Baiano diz e Pesadelo revira os olhos.
Baiano anda sendo meio grosso com o Pesadelo mas nada muito perceptível. Tudo na normalidade. Não entendo muito bem mas enfim eles são doidos.
- O que vielam fazer aqui? Não estão tabalhando? - Pergunta assim que cumprimento os meninos.
- Eu vim te levar pro shopping e esses dois aí não sei. - Baiano da de ombros. - Bora? - Assinto e vamos até a moto. - Tu segura firme porque se voar tu morre.
Vejo Pesadelo encarando a cena com uma carranca de misericórdia e Sorriso rindo que nem uma hiena.
Baiano sai com tudo e sem querer aperto mais. Hoje que eu morro. Em pouco tempo ele para a moto em frente a entrada do shopping.
- Obligada. - Sorrio pra ele que retribui.
- Não vou deixar tu sozinha. - Desce da moto assim que desço.
- Mas voxê tem que tabalhar. - Ele nega.
- Sorriso e Pesadelo cuidam do trabalho, não vou arriscar, te deixar sozinha. - Rio e assinto.
Vamos direto pro refeitorio, até porque Baiano disse que estava com fome, coisa que não me surpreendeu.
Nunca vi uma pessoa comer tanto igual ele, além de comer, só bebe e ainda não engorda.
- Depois diz que eu que como muito. - Fala assim que traz a bandeja. Ei pedi, dois lanches, uma batata grande, refrigerante, milk shake de morango e ainda um pote de Flurry de chocolate.
Ele pediu dois bigs, refrigerante, dois potes de batata e um sudea de chocolate.
- Eu estou em faje de clescimento. - Ele ri e ficamos conversando até eu ver uma certa pessoa vindo em nossa direção.
- AURORAAAAAA. - Ela vem correndo e pula em cima de mim, ficando sentada no meu colo e me apertando.
Misericórdia, ela é pesada. Ela se recompõe e olha o Baiano. Ela o encara como se quisesse o devorar. Será que ela é canibal? Melhor o Baiano correr daí né? Olho pro Baiano e ele encara do mesmo jato pra minha amiga.
O meu deus, eles vão se comer? Não posso deixar que um se mate...
- Então, vamos? - Pergunto e eles assentem mas não se mexem. - Baiano, voxê acabo de come. - Falo e ele me encara. - Não se matem pu favor. - Peço e agora estou sendo encarada pelos dois.
- É capaz de eu morrer. - Ela diz com um sorriso estranho.
- Ou eu morrer. - Olho pros dois e não estou gostando muito disso.
Será que é errado matar os dois?
- Vamo. - Falo puxando o Baiano pro meu lado. Julia vai ao outro lado dele. - Sai. - Falo pra ela.
- Ciúmes Aurora? - Encaro ela brava.
- Baiano é meu e voxê nem conhexe ele. - Falo serio e ela dá de ombros.
- As vezes acho que você é muito possessiva. - Dou de ombros. - Tá né. - Ela vem e segura a minha mão. - Vamos as compras e Baiano que lute. - Fala sorrindo. - Ah é, queria te perguntar se tu topa dormir lá em casa. Preciso que tu conheça minha mãe.
- Não sei se Pesadelo vai gostar disso não. - Baiano diz sério.
- Pesadelo é teu bofe? - Nego. - Apresenta pra mim... Pera, Pesadelo. Eita, me interessei. - Sorri do mesmo jeito que antes.
- Aquieta o cu noiada. - Baiano diz rindo. - Pesadelo já caiu na lábia de uma mina aí. - Encaro o Baiano e por algum motivo, senti meu corpo ficar quente, de pura raiva.
- Valha mulher, tá passando mal? - Nego. - Que que tu tem então? Tá toda vermelha aí. Pera. Não me diz que...
- Que o que cara, não tô entendendo... AHHHHH não. - Baiano e Julia me encaram. - Tu tá gostando do meu mano?
- Eu gostando de quem? - Pergunto e os dois riem. - Pela, NÃO. - Falo assim que entendo.
- Aham tá, senta lá Claudia. - Julia diz e eu encaro ela serio. - Brincadeira.
- Fica nessa negação, quando tu ver ele já virou de outra. - Baiano diz e começo a imaginar ele com outra pessoa. Só de fazer isso meu sangue sobe.
Eu não posso estar gostando dele. Não posso. Ele é um grosseiro, bruto e não tem sentimentos. Mas é engraçado, cheiroso, bonito, tem o sorriso mais lindo do mundo e ainda é fofo quando quer.
Eu não estou apaixonada.
Sim você está. - Meu sub consciente diz.
Não estou, isso é só coisa da sua cabeça.
Eu sou você meu amor.
AAAAAA vontade de te matar.
Mata, você morre junto.
- Aurora? - Os dois estão me encarando. - Mulher, tu tava no mundo do Rodrigo Hilbert foi?
- Mandar esse cara de encontro com o diabo cês vão ver.
- Do nada o cara dá uma de ciumento. - Julia zoa.
- Pergunta pra qualquer cara, quem caralhos gosta desse cara?
- Eu. - Julia e eu falamos juntas.
- Eu falei cara, não mina. Oh suas burras. - Faço cara de chora. - Ei, foi mal aí. - Assinto.
- Bora logo que eu quero gastar. - Fala animada.
Entramos em varias lojas e eu só a via comprado uma camiseta. Enquanto Julia comprava varias coisas.
- De onde ela tem tanta grana? - Dou de ombros. - Tô de olho nessa noiada aí. - Encara ela sério.
____________________
Foi mal, eu fiquei um tempo sem criatividade pra escrever, mas agora a criatividade já está voltando aos poucos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Laços Obsessivos
RomanceAurora, uma garota que sofre de infantilismo e deficiência auditiva, por conta disso a mesma sofreu bullying no orfanato onde morava. Ao completar 18 anos, ela se vê obrigada a sair do orfanato mesmo sem ter para onde ir. Enquanto vagava pelas ruas...