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— Com certeza alguém cuspiu nesse sanduíche porque a Kyoko brigou com a garçonete — Kenma murmurou com boca cheia antes de beber o refrigerante pelo canudinho, levou o olhar em sua direção —, mas mesmo assim está melhor do que a comida da sua mãe.

Ele disse baixinho e você riu curvando o corpo sobre a mesa da lanchonete pegando mais uma batata frita entre seus dedos, encolheu os ombros.

— Qualquer comida é melhor do que a dela, ela enfia vinho em tudo o que ela faz.

— Por deus.

Suna murmurou aflito ande de dar mais uma mordida em seu lanche, você levou o olhar em direção a Kyoko que bebia seu refrigerante em silêncio seguindo a garçonete com os olhos irritados.

   — Kyoko, por que você brigou com a garçonete? Ela provavelmente nem entendeu o que você quis dizer.

   Você indagou curiosa e a mulher suspirou pesadamente antes de levar os olhos acizentados em sua direção.

   — Ela piscou para mim, então ou ela estava comprando briga comigo ou ela estava dando em cima de mim — ela disse como se fosse óbvio, encolheu os ombros — e bem, a minha menina ficaria triste se visse alguém dando em cima de mim e eu não dissesse nada.

   — Você tem namorada?

   Você indagou surpresa e ela assentiu, Suna bocejou enquanto esticava os braços se espreguiçando.

   — Uma loirinha do tamanho da minha perna.

   Ele disse arqueando uma das sobrancelhas e Kyoko bufou o chutando por baixo da mesa e você riu o vendo grunhir de dor.

   — Eu já falei pra você parar de brincar com a altura da minha namorada, se um dia você falar isso perto dela e ela chorar eu mato você.

   Ela disse cerrando os olhos curvando o corpo sobre a mesa antes de voltar a se recostar contra a cadeira, Suna revirou os olhos.

   — Eu nunca vou nem chegar perto dela, não se preocupe, você parece um cachorro raivoso com qualquer um que chega perto dela.

   Ele resmungou mau humorado a vendo revirar os olhos enquanto mordia o sanduíche de modo irritado, Suna suspirou levando o os olhos dourados em sua direção sorrindo ao ver você enfiar umas três batatinhas de uma vez na boca.

   — Ma chérie.

   Ele chamou com a voz suave e você virou o rosto em sua direção mastigando rapidamente.

   — Hum?

   — Por que você come as batatas fritas antes do lanche?

   Você franziu o cenho terminando de mastigar, deu de ombros.

   — Porque é minha parte favorita.

   Disse como se fosse óbvio o vendo rir baixinho enquanto levava o olhar em direção a Kenma, cerrou os olhos dourados antes de cruzar os braços.

   — O médico deixou você comer essas coisas?

   Ele indagou com a voz séria e Kyoko arregalou os olhos como se houvesse tido um estalo.

   — Kenma, cuspa a comida, você não pode comer fast food, vamos para casa, cuspa isso!

   Ela disse se curvando sobre a mesa tentando arrancar o hambúrguer das mãos de Kenma que tentava a todo custo enfiar a maior quantidade possível de comida em sua boca quase que desesperado.

   Você estava rindo da situação e nem ao menos havia percebido quando Suna empurrou seu próprio pacotinho de batatas fritas em sua direção, você abriu um sorriso curto levantando o olhar em direção ao homem de cabelos castanhos que tentava tirar o refrigerante da mão esquerda de Kenma.

   — Parem com isso! — você disse elevando a voz se levantando da mesa e os três levaram o olhar em sua direção, Kenma parecia um esquilo com as bochechas estufadas guardando comida para o inverno, você quis rir, se aproximou de Kenma com cuidado tirando o refrigerante e o hambúrguer de sua mão devagar — Vamos fazer um dia do hambúrguer amanhã, está bem? Depois que você voltar do tratamento o Suna e a Kyoko vão cozinhar para gente um hambúrguer que você possa comer depois de conversar com seu médico, agora cuspa isso.

   Você mandou com a voz séria e o homem de cabelos loiros ponderou por alguns segundos antes de assentir segurando a sacolinha do lanche e cuspindo a comida mastigada lá dentro, você fez uma careta desviando o olhar.

   — Vamos embora, pague a conta, Suna.

   Kyoko disse se levantando juntamente com Kenma e o homem de cabelos castanhos bufou antes de se levantar da cadeira, você riu baixinho o seguindo em direção ao balcão, ele sorriu levando o rosto em sua direção.

   — Ótima ideia a sua de fazer um dia do hambúrguer.

   Ele disse se encostando contra o balcão e você encolheu os ombros.

   — Eu sou um gênio incompreendido, Suna.

   A atendente chegou com cara de poucos amigos com a maquininha em mãos ao ver Suna segurando o cartão preto com o nome de Kuroo em suas mãos. Ela parou em frente de vocês colocando a maquininha sobre o balcão, correu os olhos por Suna abrindo um sorriso de canto antes de colocar uma mecha loira atrás da orelha, arqueou uma das sobrancelhas.

   — Célibataire?

   Ela indagou mascando o chiclete nos dentes de trás e você franziu o cenho sentindo seu sangue ferver, Suna piscou devagar tentando adivinhar o que ela havia dito, negou com a cabeça.

   — Não, eu vou pagar no débito.

   Ele disse gesticulando o cartão tentando se fazer entendível e a mulher soltou um riso doce que fez com que você quisesse afundar aquele rosto lotado de maquiagem no balcão. Suna colocou o cartão na maquininha e colocou a senha antes de o retirar por fim, você bufou agarrando seu braço ao ver a atendente sorrir enquanto lhe entregava a notinha.

   — Chienne.

   Você sussurrou mais para si mesma do que para a mulher a vendo arregalar os olhos lhe xingando de algo que você nem ao menos teve o trabalho de responder enquanto arrastava Suna para fora da lanchonete.

   — O que foi isso?

   Ele indagou confuso e você bufou enquanto o soltava andando em direção ao carro.

   — Nada, Suna, entre no carro.

   Você murmurou mau humorada entrando no carro olhando para Kyoko pelo retrovisor que tinha os olhos acinzentados confusos enquanto Suna se sentava ao seu lado.

   — Você tinha razão, Kyoko, aquela garçonete é insuportável.

𝐒𝐋𝐎𝐖 𝐃𝐎𝐖𝐍 ; suna rintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora