La Fin

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   Um ano havia se passado desde o dia em que Kenma simplesmente decidiu se mudar para o asteroide B-612 sem qualquer tipo de aviso.

   E bem, ele estava certo que a dor não duraria para sempre, de fato ela havia sumido, aquele aperto no peito não parecia mais tão cruel como era a meses atrás, ainda tinha as boas memórias e era aquilo que importava, mas mesmo que pensasse assim naquele momento você estava chorando de maneira sofrida apoiada contra o balcão da cozinha, talvez estivesse sensível demais.

   Um envelope estava a sua frente, um envelope de Kuroo, você chorou de maneira sofrida ao ver os documentos que estavam ali, Kuroo simplesmente era gentil demais, você amava aquele homem. Fungou baixinho antes de limpar os olhos, se afastou da bancada, lançou um último olhar para o forno onde estava a lasanha de frango, havia visto vários vídeos de receita no youtube para que conseguisse fazer aquilo, esperava que ficasse bom, respirou fundo, olhou para o relógio digital na parede do apartamento, logo logo Suna chegaria, a lasanha precisaria ficar pronta até lá.

   Arrumou o moletom do homem em seu corpo antes de andar em passos rápidos até o quarto ao escutar um som alto vindo do mesmo, bufou irritada ao ver todos os edredons jogados no chão e uma bola de pelos os mordendo de modo violento, colocou as mãos na cintura antes de coçar a garganta em uma tosse alta, recebeu os olhos azuis em sua direção.

   — Rei Rin Junior Primeiro, largue esses edredons agora, eles são novos! Que mania é essa de amar estragar meus edredons?!

   Indagou irritada enquanto se curvava tentando retirar a roupa de cama de perto do cachorro que agora estava simplesmente gigantesco, vocês ficaram naquela briga de puxar os edredons quando Rei o soltou de uma vez, você cambaleou nos próprios pés antes de cair contra o chão, fez uma careta antes de passar o braço pela barriga, respirou fundo, o sentiu avançar sobre você lambendo seu rosto, riu baixinho tentando o afastar.

   — Rei, pare com isso, céus, a mamãe está ocupada! — disse praticamente em pânico por entre o riso alto, parou de rir instantaneamente, cheiro de queimado, se levantou do chão rapidamente correndo até a cozinha, quis chorar — Merda, merda, merda!

Disse com a voz embargada ao ver a fumaça escapar do fogão, o fechou rapidamente antes de ir até a varanda a abrindo para que o apartamento não ficasse infestado pelo cheiro de queimado.

Era realmente uma cozinheira horrível.

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A lasanha havia virado uma massa preta e irreconhecível, então comprou comida chinesa estava arrumando as coisas nas travessas de vidro sobre a mesa quando a porta se abriu, se afastou rapidamente da mesa correndo até o quarto, arrancou o avental do corpo de maneira desesperada, se olhou no espelho, respirou fundo, arrumou a camisa florida sobre sua cintura, não era muito colada, aquilo era bom, sentia seu corpo inteiro trêmulo.

— Ma chérie?

A voz de Suna se fez presente no apartamento, você respirou fundo, deixou o quarto em passos curtos andando até a pequenina sala de jantar, os olhos dourados caíram sobre você, ele sorriu, arqueou uma das sobrancelhas.

— Hey, como foi na delegacia?

Perguntou com a voz baixa se aproximando do mais velho, segurou na camisa preta de seu uniforme o puxando para mais perto, seus lábios se encontraram de maneira delicada, ele sorriu entre o beijo levando as mãos grandes até sua cintura lhe puxando para mais perto, você segurou em seus pulsos afastando suas mãos de lá, ele afastou os lábios dos seus em um estalo baixo, franziu o cenho confuso.

𝐒𝐋𝐎𝐖 𝐃𝐎𝐖𝐍 ; suna rintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora