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   Suna tinha a irritante mania de sempre lhe filmar nos momentos mais importunos possíveis, quando você caía na praia, ou quando você espirrava coca cola de seu nariz, ou até mesmo quando você acordava de extremo mau humor e o chutava para longe.

   E bem lá estava ele sobre você com o celular em sua cara, você riu alto tentando o afastar para longe sem força alguma, se sentia completamente fraca, haviam acabado de sair do banho, você não conseguia nem se colocar de pé com facilidade, estava vestida com o moletom do mais velho que parava no meio de suas coxas, uma caixa de pizzas estava posta sobre a cama.

   — Suna, tire isso da minha cara!

   — Não, fale de novo o que você falou, eu quero deixar gravado!

   Ele disse rindo, deu um zoom em seus lábios, você revirou os olhos o vendo afastar o celular devagar, negou com a cabeça, ele sorriu, os olhos dourados correram por seu rosto.

   — Eu não vou falar nada, Suna, você vai usar isso contra mim depois!

Você exclamou, ele revirou os olhos, aproximou o rosto do seu devagar, deixou um beijo fraco contra seus lábios, você sorriu o sentindo lhe beijar de maneira preguiçosa, naquele momento Suna parecia tão cansado quanto você, afastou seus lábios em um estalo baixo.

— Por favor, prometo que não vou usar contra você.

Ele sussurrou contra seus lábios, você suspirou antes de assentir devagar, abriu os olhos se detendo com os dourados de Suna tão próximos aos seus, você sorriu curto.

— Eu gosto mais de você do que da pizza, Rinrin — você disse de modo envergonhado, ele piscou devagar, você bufou —, pronto, está satisfeito?

Suna jogou o celular sobre a cama e pressionou a mão contra suas bochechas as apertando com força, deixou um sequência ininterrupta de beijos por todo seu rosto, você riu baixinho espalmando as mãos em seu peitoral tentando o afastar a todo custo.

— Como você consegue ser tão... Argh! Eu te odeio!

Ele praticamente gritou com a voz irritada afastando o rosto do seu de uma vez, você estava ofegante por baixo dele tentando parar de rir, os olhos dourados encontraram com os seus, ficaram em silêncio por alguns segundos, Suna abaixou o olhar para os seus lábios, você engoliu em seco levando uma das mãos até a nuca do mais velho o puxando para mais perto.

   — Todo mundo sabe que você me adora, Rinrin.

— Realmente — ele murmurou com a voz baixa, esfregou a pontinha do nariz contra o seu arrancando um riso baixo de seus lábios — Eu deveria criar uma religião em seu nome.

Ele disse, você sorriu lhe encarando acima de si o vendo afastar o rosto para que pudesse lhe enxergar melhor, deslizou as pontinhas dos dedos pelo pescoço do mais velho, correu os olhos por seu rosto.

— E como ela seria?

Você sussurrou, Suna sorriu antes de encolher os ombros.

— Eu chamaria de Machérieanismo — ele disse, você não conseguiu conter o riso que escapou de seus lábios, Suna cerrou os olhos —, não me interrompa eu estou falando sério aqui, estamos conversando sobre a próxima religião mundial, tenha mais respeito.

Ele disse de modo dramático, você revirou os olhos antes assentir, desceu a mão até o ombro desnudo do mais velho deslizando as pontinhas dos dedos ali acariciando sua pele.

   — Está bem, está bem, continue.

  Você murmurou com a voz divertida, ele suspirou, levou uma das mãos até seu rosto acariciando sua bochecha com o polegar, pendeu a cabeça para o lado pensativo.

   — O Machérieanismo teria cinco mandamentos, o primeiro seria que no seu aniversário todas as pessoas maiores de idade fariam uma orgia mundial em sua homenagem.

   Você riu alto se engasgando com o próprio ar, seus lábios tremeram.

   — Uma orgia mundial?

   — Exatamente e em troca você traria prosperidade para a vida deles.

   — E o segundo mandamento?

   — Os seus descendentes seriam obrigados a continuarem seu mandato depois que você morresse, como sacerdotes e pregar a palavra do Machérieanismo.

   — Descendentes?

   Ele assentiu, você sorriu.

   — Então vamos ter que ter filhos.

   — Logicamente sim.

   Suna disse como se fosse óbvio, você riu baixinho arqueando uma das sobrancelhas.

   — Quer criar um dos descendentes agora, então?

   Perguntou com a voz sugestiva, Suna abriu um sorriso curto em seus lábios.

   — Não me distraia agora, eu estou ocupado criando as leis da nova ordem mundial.

   Você segurou o riso antes de assentir.

   — E o terceiro mandamento?

   — A sua palavra seria absoluta, se você apontasse para o sol e dissesse que é a lua daquele momento em diante o sol viraria a lua.

   — E o quarto?

   — Praias seriam lugares sagrados porque foi onde eu pedi você em namoro, ninguém poderia entrar em uma praia sem uma pulseira vermelha.

   Ele disse segurando sua mão, beijou a pulseira avermelhada sobre seu pulso, você sorriu, aproximou seu rosto do de Suna, conseguia sentir sua respiração quente se chocando contra seus lábios.

   — E o último?

   Você perguntou de forma sussurrada, ele roçou os lábios contra os seus, você sentiu um frio em sua barriga.

   — Eu não posso contar o último mandamento agora, ele vai ser confidencial por enquanto.

   Arregalou os olhos indignada.

   — Suna Rintarou, você não pode fazer isso, como líder do Machérieanismo eu ordeno que você fa...

   Suna lhe calou em um beijo, você riu baixinho contra seus lábios o sentindo empurrar mais a boca contra a sua, levou as mãos até a nuca do mais velho puxando os fios curtos e escuros de maneira lenta, ele sorriu entre o beijo antes de mordiscar seu lábio inferior afastando suas bocas devagar, os olhos dourados fitaram você ali por baixo dele.

   — Ainda temos algum tempo antes de voltar, quer assistir alguma coisa na sala de cinema do Kuroo?

   — Uma sala de cinema? Meu deus como ele consegue ser... — você começou com a voz animada mas parou logo em seguida franzindo o cenho, deu um tapa fraco contra o peitoral do homem, ele riu — Pare de tentar me distrair e me diga qual é o último...

   Suna lhe beijou novamente fazendo com que você parasse de falar, segurou em sua cintura a apertando devagar, você arfou contra seus lábios o sentindo abaixar os beijos até seu queixo, maxilar, pescoço e parando em sua clavícula, levantou o rosto lhe encarando ali, você sorriu.

   — Podemos pedir outra pizza.

   — Você joga sujo, Rinrin.

   — Eu sei.

𝐒𝐋𝐎𝐖 𝐃𝐎𝐖𝐍 ; suna rintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora