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Já haviam se passado três dias desde o transplante de medula que Kenma havia se submetido, seu corpo havia finalmente aceitado, mas mesmo assim ele ainda não havia acordado, mesmo que houvessem o retirado do coma induzido o homem de cabelos loiros continuava a dormir como uma pedra, o médico disse que isso aconteceria, afinal, o transplante era um procedimento extremamente dolorido, seu corpo precisava do máximo de descanso possível.

   Estava dormindo completamente encolhida contra a poltrona macia que focava de frente para a maca de Kenma, não sabia ao certo a quantas horas estava ali, havia passado a noite juntamente ao mais novo, conseguia sentir a luz do sol da manhã se infiltrar pelas frestas da cortina que cobria a enorme parede de vidro do hospital, se chocava contra a pele de suas pálpebras, resmungou baixinho se remexendo mais contra a poltrona de modo sonolento.

   Sentiu alguém retirar a coberta de seu corpo cuidadosamente, passou o braço por baixo de suas pernas lhe puxando para cima segurando seu corpo com cuidado por entre os braços, você murmurou algo de maneira sonolenta, estava cansada demais para conseguir ao menos abrir os olhos, pressionou a bochecha contra o peitoral do homem que lhe carregava para fora do quarto.

   Suas pálpebras tremeram, abriu os olhos devagar se detendo com Suna, ele tinha uma feição calma em seu rosto, abaixou os olhos dourados em sua direção, sorriu, lhe jogou suavemente para cima segurando seu corpo de modo mais firme, você piscou de maneira preguiçosa.

   — Rinrin?

   Chamou com a voz baixa, ele arqueou uma das sobrancelhas.

   — Sim, Ma chérie?

   — O que você está fazendo?

   — Te levando para casa, você precisa descansar um pouco, nós dois na verdade, Kyoko e Lev vão ficar de olho nele agora.

   — Podemos voltar mais tarde?

   — Claro que podemos, princesa.

   Ele disse com a voz suave, você sorriu antes de assentir de maneira preguiçosa, volteou a fechar os olhos, estava completamente cansada, sua bochecha pressionada contra o peitoral do maior que lhe carregava até o estacionamento do hospital, não demorou muito para que estivessem dentro do carro, abriu os olhos devagar olhando ao redor enquanto deslizava mais o corpo contra o banco de couro se espreguiçando por completo, Suna deu a volta entrando pela porta do motorista, bocejou, os olhos dourados caíram sobre si.

— Quer parar e comer em algum lugar antes de ir para casa?

Ele indagou se curvando sobre si com cuidado, arrumou seus cabelos os acariciando com cuidado, você negou com a cabeça devagar, abriu um sorriso curto em lábios.

— Quero dormir, você parece completamente cansado também.

— Nunca estou cansado para cuidar de você.

Suna disse com a voz baixa, os olhos dourados corriam por seu rosto, quase como se quisesse gravar cada um de seus traços, você riu baixinho, encolheu os ombros.

— Também precisa cuidar de si mesmo, Suna Rintarou

Você murmurou, ele grunhiu.

— Céus, não me chame de Suna Rintarou.

— Oras, mas esse é o seu nome.

— Para você não.

Ele disse mau humorado enquanto dava a partida no carro, você riu incrédula arqueando as sobrancelhas, cruzou os braços o vendo dirigir para fora do estacionamento se infiltrando nas ruas de Paris, ele parecia visivelmente irritado.

𝐒𝐋𝐎𝐖 𝐃𝐎𝐖𝐍 ; suna rintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora