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— Minha cabeça está me matando.

   Suna disse com a voz rouca enquanto enterrava o rosto no travesseiro, você soltou um riso baixo esfregando a mão contra suas costas como se quisesse conforta-lo apenas um pouco, estava de manhã, a luz do sol entrava pelas frestas da janela, o homem de cabelos castanhos havia pegado no sono quase que imediatamente na noite passada no momento em que seu corpo encontrou a cama.

   — Quer que eu pegue uma aspirina para você?

   Você indagou com a voz suave enquanto fechava o livro de história da arte que estava em seu colo, Suna negou com a cabeça devagar levantando o rosto do travesseiro levando os olhos dourados em sua direção.

   — Eu não posso tomar aspirina.

   Ele sussurrou, você cerrou os olhos confusa levando os dedos em direção aos fios castanhos do mais velho os colocando para trás.

   — Por que não?

   Suna desviou o olhar.

   — Eu era viciado, estou a seis meses sem tomar nenhuma, acho melhor não voltar.

   Você entreabriu os lábios sem saber muito bem o que dizer, encolheu os ombros voltando a acariciar os fios escuros entre seus dedos.

   — Bem, pelo menos você parou.
 
   Você disse baixinho, Suna soltou um riso fraco antes de jogar mais a cabeça contra sua mão como se pedisse para que você não parasse o carinho em seu couro cabeludo.

   — Eu parei porque eu tive uma overdose, eu desmaiei em meu quarto e acordei em um hospital.

   — Sinto muito.

   Você sussurrou, Suna suspirou pesadamente agarrando seu pulso por entre sua mão e lhe puxando para mais perto fazendo com que você se deitasse na cama de costas para ele, Suna passou o braço por sua cintura encaixando seus corpos com cuidado, deixou um beijo suave em sua nuca.

   — Eu estou tentando largar o cigarro e a maconha também, sempre tentei para falar a verdade, por isso eu tomava a aspirina ela fazia a minha vontade de fumar desaparecer, mas bem... acabei me viciando nela.

   — Eu vou comprar um pacote de pirulitos para você.

   Você murmurou com a voz baixa sentindo Suna apertar mais o braço contra sua cintura, ele riu fazendo seu corpo chacoalhar de leve.

   — Um pacote de pirulitos?

   — Sim, toda vez que você quiser fumar você pega um pirulito.

   Ele riu novamente antes de deixar mais um beijo contra sua nuca.

   — Eu acho que prefiro beijar você a cada vez que me der vontade de fumar.

   Ele disse e você sorriu antes de girar o corpo em sua direção ficando de frente para ele, seus olhos de encontraram, você arqueou uma das sobrancelhas.

   — Você quer mesmo beijar um clone?

   Suna grunhiu fechando os olhos com força, quase como se estivesse arrependido.

   — Meu deus, eu realmente falei essas coisas? Eu pensei que havia sido um sonho.

   Ele balbuciou com a voz fraca abrindo os olhos dourados lhe encarando ali, você sorriu de modo irritante.

   — Oh não, eu não posso casar com você porquê você é um clone, eu gosto da original!

   Você disse o imitando soltando um riso alto quando Suna ficou sobre seu corpo lhe prendendo por baixo dele com ele rindo de modo envergonhado com as bochechas vermelhas.

   — Fique quieta pelo amor de deus.

   Ele implorou correndo os dedos por sua barriga a apertando de leve fazendo com que você risse de maneira quase que desesperada se contorcendo por baixo dele.

   — Você, quer casar co... comigo mesmo sendo um clone?!

   Você gritou por entre o riso fazendo com que Suna revirasse os olhos parando de fazer cócegas em você pouco a pouco aproximando o rosto do seu, você respirava fundo com dificuldade de maneira cortada rindo baixinho, Suna sorriu lhe encarando ali.

   — Cale a boca.

   Ele sussurrou deixando um beijo fraco contra seus lábios fazendo com que você sorrisse contra sua boca, passou uma das mãos por trás da nuca do mais velho o puxando para mais perto entreabrindo os lábios com cuidado. Suna sugou seu lábio inferior o soltando em um estalo afastando o rosto do seu lhe fitando ali, você abriu os olhos lhe fitando acima de si, Suna sorriu acariciando sua bochecha com o polegar.

   — Suna?

   — Sim, Ma chérie?

   — Você gosta mesmo de mim?

  Você perguntou em um sussurro, ele piscou devagar antes de assentir de modo tão fraco quase que imperceptível.

   — Gosto.

   — Muito?

   Você perguntou em um sussurro aproximando seus lábios, sentia sua respiração quente, Suna sorriu contra sua boca antes de lhe beijar de modo delicado.

   — Muito.

   Ele sussurrou contra seus lábios fazendo com que sua pele se arrepiasse por completo, você lhe beijou de volta de modo lento sentindo um frio leve na barriga quando seus lábios se afastaram.

   — Eu também gosto de você.

   Você balbuciou vendo ele correr os olhos dourados por seu rosto.

   — Muito?

   — Não, só um pouco.

   Você disse arqueando uma das sobrancelhas, Suna riu antes de revirar os olhos.

   — Fique quieta.

   Ele reclamou jogando o peso de seu corpo contra você fazendo com que o ar desaparecesse de seus pulmões sendo praticamente esmagada por ele, você riu sem ar tentando empurrar seu corpo para longe.

   — Você vai me esmagar, Suna, saí de cima!

   — Não, só depois que você falar a verdade.

   Ele disse rindo empurrando mais o corpo contra o seu, você arfou sem ar não conseguindo conter a risada baixa que escapava de seus lábios.

   — Está bem está bem, eu gosto muito de você, Suna Rintarou, agora sai de cima de mim!

   Você praticamente gritou o escutando rir enquanto levantava o corpo devagar fazendo com que você respirasse aliviada o encarando acima de você, seus olhos se encontraram, Suna correu os olhos por seus traços antes de abrir um sorriso curto.

   — Viu? Não arrancou um pedaço da sua pele ser sincera.

   Ele disse arqueando uma das sobrancelhas, você revirou os olhos sem muita paciência.

   — Cale a boca.

   — Não.

   — Ah, vamos lá, seja um bom garoto e cale a boca, Rintarou.

   Suna arregalou os olhos de modo surpreso antes de soltar um riso alto escondendo o rosto na curvatura de seu pescoço.

   — Não leve o que eu falei antes a sério, eu não curto muito mulheres sadomasoquistas.

   Ele disse com a voz abafada contra sua pele e você riu sentindo sua barriga doer.

   — Pelo amor de deus, fique quieto.

   Suna sorriu contra seu pescoço antes de levantar o rosto lhe fitando ali.

   — Vamos descer e tomar café da manhã antes que acabe, está bem?

   Ele sussurrou e você assentiu.

   — Depois podemos socar a cara do Lev.

   Você disse, ele riu baixo antes de concordar com a cabeça.

   — Depois podemos socar a cara do Lev.

𝐒𝐋𝐎𝐖 𝐃𝐎𝐖𝐍 ; suna rintarouOnde histórias criam vida. Descubra agora