pode começar

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07:55

Nesse momento Midoriya estava dormindo, na sua cama que agora parece extremamente confortável. E faltando exatamente cinco segundos para seu despertador tocar.

Ele acordou.

-Que horas são? - perguntou meio embriagado de sono, esticando os músculos preguiçosos tentando alcançar o celular, sem deixar de notar que o carregador não está conectado.

E o despertador tocou, apenas para apagar logo em seguida.

-Droga. - e agora sim Midoriya acordou.



08:39

-Aizawa? - perguntou uma voz elevada.
-Aizawa! - a mesma voz gritou.

Já havia acordado no primeiro berro, o segundo só o fez ficar de mal humor.

-O que? - ficou até tarde tentando vasculhar o passado de um garoto que é praticamente um fantasma, já deveria ver isso como bandeira vermelha, mas quer tanto dormir que não está com paciência. Era o esperado, não sabe o porque está tão surpreso.

-Você dormiu no trabalho de novo! Isso não passa uma boa imagem!

Boa imagem isso, boa imagem aquilo. É repetido diversas vezes que não se importa assim como é repetido diversas vezes que precisa de dinheiro, ele repete para si mesmo.

-Tá certo. Todo mundo já chegou? - é uma pena que aqui não é sua casa, então não pode dizer para ele fechar a porta que a luz vai o deixar cego.

-Não leve isso tão na boa! Mas sim, todo mundo já tá aqui.

-Obrigado, Hizashi. - fez um movimento de mão, balançando os dedos para frente e para trás silenciosamente dizendo para o Hizashi ir embora.

Hizashi Yamada, Nemuri Kayama, e Toshinori Yagi, fora si mesmo, são os únicos que não trabalham com confeitaria e que estão ali a mais de dois anos, tirando o fato que os funcionários antes do decreto são obrigados a ficar e não podem ser despedidos, tem história com eles. Tem um débito no hospital por causa deles.

-Yagi me disse que vem gente nova trabalhar aqui, não é? - as notícias correm rápido demais, se pergunta como vão ficar assim que souberem do garoto. Talvez fiquem irritados ou não, vai pagar pra ver.

-É. Ele vai chegar as nove.

-É bonito? - perguntou com o sorriso cara-de-pau que já viu Hizashi colocar no rosto diversas vezes, apenas para depois dar em cima de alguém.

-Isso fica a seu critério. - sabe que está com uma careta emburrada, mas a questão é como não ficar irritado tendo um idiota como amigo, sabe onde Hizashi quer chegar com esse tipo de pergunta, mas ter esperança o faz responde-las.

-Quantos anos?

Lá vamos nós.

-Dezessete.

-Sabe se é solteiro?

-Hizashi Yamada, se você fizer qualquer coisa com aquele garoto, eu te coloco pra trabalhar a base do soco.

-Claro, claro, não precisa ficar na defensiva. - Hizashi confirmou ainda com o sorriso, nunca confiou nessas respostas, principalmente vindas de alguém conhece a anos.
-E quem é o garoto afinal?

-Você vai saber quando ele chegar. - não é por mal que o deixa curioso, até porque Midoriya vai aparecer, mas precisa falar com Yagi sobre salários e não tem energia para Hizashi agora.

Hizashi reclamou um pouco apenas para sair logo atrás dele, indo atender clientes que acabaram de sentar.

-Nemuri? - perguntou a mulher arrumando os cabelos pretos, a operadora de caixa que não é operadora de caixa.

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