Tá bonito

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07:15

-Izuku?

Midoriya estava dormindo em sua extremamente confortável cama, até que ouviu sua mãe o chamar batendo na porta. Ainda um pouco confuso e com sono, ficou em um estado estranho entre o sono mais levemente acordado. Logo, sua mãe não desistiu de acorda-lo.
Um toque, dois toques, e logo um baque alto.

-Oi?! Mãe? - elevou um pouco a voz de susto, não se dando ao trabalho de levantar.

-Não vem tomar café?

Ao ouvir a pergunta fez um pequeno esforço para acordar. Foi um pouco inútil já que a cama pareceu ficar mais confortável ainda, queria se fundir com o colchão e cobertor. Sentiu o corpo ficar mole e ficou mais aquecido com o cobertor.

-Izuku! Se você não tomar café não vai poder ir ao trabalho. - esse foi o último aviso, que pareceu ter renovado uma parte da energia de Midoriya.
Ele saiu da cama, ainda se arrastando de preguiça, se vestiu e abriu a porta. Sua mãe estava esperando com um sorriso divertido, foi temporariamente contagiado com o bom humor.

-Que bom que acordou, bela adormecida. - brincou achando graça na situação do filho.

-Bom dia mãe. Me desculpa, eu esqueci de colocar o despertador.

-Não se preocupe Izuku, você chegou cansado ontem. Quer ovos?

Enquanto sua mãe fazia sua comida, pensou que daqui a poucos dias vai ter que fazer a própria comida, mas não sabe cozinhar. Vai ter que usar a tática de tentativa e erro? Mais se conhecendo, sabe que até lá vai desperdiçar muita comida que seria boa se soubesse cozinhar, vai ter que pegar receitas sempre que for cozinhar? Ou vai pelo caminho mais fácil que é a comida pronta?

-Os móveis vão chegar em uma semana. - mencionou sua mãe, o fazendo sair de seus pensamentos. O assunto de sua mudança puxado por sua mãe, de certa forma o deixa um pouco triste - já que do seu ponto de vista, parece que ela não pode esperar o dia dele sair de casa - mas sabe que ela está tentando apoiar sua decisão. Mesmo que vai sair mais cedo que o planejado.

-Uma semana não é tempo demais? - Midoriya encomendou os móveis de uma fábrica perto daqui, queria que chegassem em três dias. Mesmo sabendo da dificuldade que isso seria.

-Esse e o tempo normal, Izuku. - disse Inko, rindo da ingenuidade do filho.

Mas uma coisa começou a incomodar Midoriya, não que pense na sua mãe como suspeita, mas..

-Mãe? - ..não muda o fato que é estranho.

-Sim querido?

-O que são essas manchas vermelhas no tapete? - percebeu assim que sentou para comer, o tapete meio vermelho e mais para dentro que o normal.
Inko ficou em silêncio por um momento, o deixando tenso.

-É terra. - afirmou com um sorriso. - Eu fui por um caminho diferente do habitual, a estrada era de terra vermelha. Lembra? Aquela rua que você passava quando ia para secundária, perto do parque.

-Esse caminho não é mais longo? - continua suspeito, por que ela iria numa rua de uma construção abandonada?

-Sim. Mas eu descobri isso apenas hoje.

-Eu fiquei assustado. - suspirou despreocupado, ele suspeitou da sua mãe, a pessoa que nunca machucaria nem ele nem ninguém.
Pelo menos é a imagem que ela passa para seu filho.




09:04

-Você é sempre muito pontual, jovem Midoriya.

-Muito obrigado! - pela reação feliz demais parecia que Midoriya não costuma receber muitos elogios, pensamento que Yagi imediatamente descartou, Midoriya é um jovem talentoso, é claro que ficou com um excesso de felicidade por ser elogiado pelo superior.

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