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Capítulo 12

*Dante Salvatierra*

Cerrei os dentes, ouvindo o ranger deles, enquanto assistia meu irmão e Vitor se esfregando em Alana. Passei a mão pelos cabelos, desviando o olhar. Meu peito subia e descia rapidamente, alimentando minha irritação.

— Dante? — Uma voz feminina surgiu, abafada pela música alta. Ergui o olhar, encontrando um par de olhos verdes me fitando com malícia.

— Nathy — disse, arqueando as sobrancelhas.

A loira sorriu presunçosa, e meus olhos percorreram seu corpo. O vestido vermelho justo fazia seus seios quase saltarem para fora.

— Quer companhia esta noite? — perguntou ela. Antes que eu pudesse responder, sentou no meu colo, espalhando seus cabelos loiros sobre mim. Seus braços se enroscaram ao redor do meu pescoço, enquanto eu permanecia imóvel, com um semblante vazio.

Voltei meu olhar para Alana, a fonte do veneno que estava penetrando sob minha pele, como passos de um gigante. Apertei o punho com força, sentindo a dor nos dedos. Fechei os olhos, tentando dissipar as imagens e a maldita sensação da noite passada — a cabrona enrolada no meu corpo, o calor compartilhado, nossas peles, seu cheiro, suas mãos acariciando meus ombros, sua respiração contra meu rosto quando nos beijamos na madrugada.

Não que eu me importe com Alana. Somos amigos, mas sou possessivo com o que me pertence, e ela é minha amiga. E ela é minha por direito. Dividir sua amizade, sua atenção com o problemático do meu irmão me deixa puto pra caralho.

Abri os olhos e vi as mãos de Xavier segurando a cintura de Alana. Meu coração batia freneticamente.

— Carajo — amaldiçoei, dominado pela fúria.

— Interessante — comentou Fabian ao meu lado. Desviei minha atenção para ele, que gargalhava com meu olhar fulminante.

— Você está muito tenso, gatinho — disse Nathy, acariciando meus ombros. Suas mãos deslizaram pelos meus braços, seguindo pelo abdômen, enquanto seus lábios roçavam meu pescoço.

Meu olhar continuava preso nos três dançando. Fabian limpou a garganta, atraindo minha atenção.

— Você me deve uma — afirmou, um pouco antes de se levantar. — E eu vou cobrar — disse, lançando-me um olhar perspicaz. Assenti, entendendo. Observei o francês se afastar entre as pessoas, se aproximando de Xavier em seguida. Ambos foram em direção à saída.

Encontrei o olhar de Vitor atrás de Alana, um olhar cúmplice que dizia: “O que você ainda está fazendo aí com essa garota e não aqui com a nossa bebezinha?”

— Podemos ir para outro lugar? — sussurrou Nathy contra meu ouvido, me lembrando que ela ainda estava sentada no meu colo, rebolando como uma stripper de Las Vegas.

— Hoje não, princesa. — Afasto-a do meu colo. Com a testa franzida e uma expressão preocupada, ela me encarou.

— Mas, Dante, pensei que...

— Não tô afim — disse firme, cortando o assunto. A loira ficou me fitando por alguns instantes, até se virar, jogar o cabelo e sair marchando até suas amigas, não sem antes soltar um “babaca”.

Nathy é gostosa, a gente ficou algumas vezes, mas é só isso, um lance, uma ficada. Ela quer mais, mas sempre deixei claro que já estou comprometido e com ela é só diversão.

Meus olhos foram capturados novamente por Alana. Seu quadril se movia de forma tão sensual que eu ficava duro só de assistir. Alana Hernandes Volkov é uma garota interessante, que desde o momento em que colocou os pés no nosso quarto mexeu com a minha cabeça. Ela é linda e gosta de me provocar.

Only Love Can Hurt Like ThisOnde histórias criam vida. Descubra agora