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Jogando para longe a insegurança, abro a porta e entro com o peito estufado

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Jogando para longe a insegurança, abro a porta e entro com o peito estufado. Papai dizia: "Mesmo se estiver no inferno, ande como se fosse a dona do lugar."

O dormitório é amplo e arejado, dividido em duas seções com duas camas cada, complementadas por guarda-roupas e escrivaninhas individuais. À direita vem a área de recreação, acolhedora, com uma mesa pequena, um sofá de dois lugares e dois pufes. As paredes de tijolos expostos dão um charme rústico.

Observo boquiaberta o quarto, que é até agradável, contudo zero privacidade e tipo assim, eu sou uma garota.

Como vou dividir o mesmo espaço com três garotos? Ai céus, e o banheiro? Só de pensar me dá calafrios. Tampa da privada levantada, gotas de urina pelo sanitário, sem dar descarga, pelos masculinos, meias sujas... Aí meu Deus.

" Aff, quem foi o gênio que criou dormitórios mistos?" penso irritada. Tipo, eu sou uma garota, porra, uma garota e vou dividir o quarto por um ano, doze meses com três garotos que nunca vi.

- Какво по дяволите - Amaldiçoou, olhando ao redor. - Qual dessas seria minha cama? - observo ainda a porta tentando adivinhar.

Meus pensamentos são interrompidos pelo rangido da porta de madeira. Levanto o olhar e vejo um dos garotos encostado no batente, enrolado em uma toalha branca da cintura para baixo, com gotas de água escorrendo pelo peito nu até o abdômen.

Meu Deus, penso ao ver sua pele bronzeada, marcada por tatuagens escuras que cobrem seu peitoral, abdômen e braços.

- Vai ficar parada aí como uma idiota ou vai entrar? - ele pergunta com uma voz rouca e um tom hostil, me tirando do meu transe.

- Ah, claro -, respondo, sentindo minhas bochechas esquentarem. - Eu sou Alana, sua nova colega de quarto...

- Tanto faz -, ele responde secamente, cruzando os braços e tensionando os músculos, como se me desse um aviso para não incomodá-lo.

"Quem ele pensa que é?" penso, frustrada. Ok, ele é até bonitinho, mas rostos bonitos se encontram aos milhares por Londres e, sinceramente, já vi melhores.

- Desculpe, mas quem você pensa...

- Você é surda? - ele me corta, me avaliando com um olhar estreito. - Vai entrar ou vou ter que te empurrar para dentro?

Estreito os olhos em sua direção, a irritação clara em meus olhos.

- Entre e feche a porta - ordena.

Only Love Can Hurt Like ThisOnde histórias criam vida. Descubra agora