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Aviso:

Serão dois capítulos por semana. Mas caso houver bastante interação nos capítulos
" comentários" eu postarei mais vezes.

Capítulo 8

Com a chuva batendo contra o teto do ginásio naquela tarde de quinta-feira, entrei com determinação, meus tênis brancos ecoando no chão polido enquanto eu seguia em direção ao centro da quadra, sentindo os olhares curiosos das outras garotas sobre mim.

— Alana, você veio! — A morena de cabelos cacheados veio em minha direção com um sorriso animado.

— Tinha que vir, não é? — Respondi timidamente, dando de ombros.

— Estamos tão felizes por você estar aqui. — Ela segurou minha mão e me conduziu até a outra extremidade, onde o restante da equipe se aquecia.

— Por quanto tempo você é a capitã? — Perguntei, observando ao redor e familiarizando-me com o ginásio.

— Assumi o cargo no ano passado, quando minha irmã se formou. — Laila diminuiu o passo. — Mas, para ser honesta, não acho que tenho muito jeito para ser capitã.

— Por que diz isso? — Arqueei uma sobrancelha, intrigada.

— Não conseguimos vencer o campeonato no ano passado. — aceno com a cabeça.

— Em qual posição vocês ficaram? — Perguntei, genuinamente curiosa. No ano passado, levei minha equipe à vitória pelo segundo ano consecutivo. Modéstia à parte, eu era uma excelente capitã.

— Fomos eliminados na segunda fase. — Ela confessou, parecendo desconfortável.

— Oh... — Mordi os lábios, compreendendo a pressão que ela devia estar enfrentando. Como líder da minha antiga equipe, sabia o peso das expectativas sobre os ombros de uma capitã.

— Por isso precisamos de você no time — explicou Laila quando chegamos ao grupo. — Pessoal, essa é Alana Volkov — virou-se para mim, apresentando-me à equipe de líderes de torcida do Imperial College.

Laila me apresentou à equipe e, em seguida, começamos a nos aquecer. Sentei no chão e estiquei minhas costas ao máximo, segurando a ponta dos pés. Estalei os dedos antes de começar.

A série da equipe Imperial não parecia tão elaborada. Os movimentos eram simples, fáceis de pegar. A equipe, no geral, era sincronizada, com ótimas habilidades atléticas, viradas, mortais, saltos. No entanto, o que me chamou a atenção foi a falta de habilidade na dança. Não, elas não eram ruins, mas não eram excelentes. O quadril parecia travado, sem movimento, sem o gingado.

Minha mãe é mexicana, uma apaixonada por cumbia, la banda e corridos. Desde pequena, aprendi todos os tipos de dança com a mãe de Zulema, que foi dançarina. Salsa, cumbia, bachata, tango, o ritmo latino, até o samba do Brasil. Essa bagagem foi o que me destacou como líder de torcida e me levou à vitória em dois campeonatos nacionais e um mundial.

— O que você achou? — Laila perguntou com um olhar perspicaz.

— Bom, — mordi os lábios, procurando uma forma educada de dizer que elas pareciam robôs dançando, duras feito pedra. — Vocês são ótimos, mas…

—Mas somos péssimas dançarinas — completou ela, resignada.

Concordei com a cabeça.

— Vocês são atletas incríveis, perfeitas para o regional, mas para o nacional e o mundial precisam evoluir muito — falei honestamente.

— Como podemos melhorar? —  Perguntou uma das meninas, com seriedade. Não senti nenhum incômodo em suas palavras; pelo contrário, senti uma genuína vontade de melhorar.

Only Love Can Hurt Like ThisOnde histórias criam vida. Descubra agora