7

15.8K 1.3K 286
                                    

Capítulo 7

Respirei profundamente, o ar escapando dos meus lábios com uma força que refletia a tensão que me envolvia. Na penumbra do quarto, meus olhos se moviam freneticamente, tentando se adaptar à escuridão que me cercava.

Sob as cobertas, senti um peso se mover de forma abrupta. Minha boca se abriu para soltar um grito, mas fui silenciada rapidamente por uma mão que cobriu os meus lábios. Arregalei os olhos, o medo se chocando contra mim como uma onda violenta.

— Shhh, veneno — sua voz rouca sussurrou perto do meu ouvido, enquanto seu corpo se inclinava sobre o meu.

Lentamente, ele afastou a mão da minha boca, enquanto seus braços se apoiavam ao redor da minha cabeça, prendendo-me com uma intimidade alarmante.

— ¿Qué carajo estás haciendo? — rosnei, a raiva borbulhando dentro de mim.

— Cobrando a dívida — ele murmurou, seus lábios roçando levemente os meus. Sua colônia invadia meus sentidos, um aroma tão pecaminosamente intoxicante que arrepiava os cabelos na nuca.

Dante pressionou seu corpo contra o meu sob as cobertas, nossa pele em contato direto, seu calor se fundindo ao meu. Seu quadril se ajustou, posicionando-se entre minhas coxas.

— Dante? — minha voz saiu mais fraca quando sua língua quente traçou um caminho ardente pela curva do meu pescoço, descendo pela clavícula em direção aos meus seios, ainda cobertos por uma camisa fina.

Enquanto ele continuava a explorar, respirei fundo e soltei um suspiro involuntário, sentindo o peso de seu corpo sobre mim. Suas coxas fortes se moviam, seu quadril esfregando contra a minha pele sensível em um ritmo que fazia meu coração disparar.

— Dante? — chamei novamente, sua protuberância agora esfregando de forma insistente contra a barreira fina de minha calcinha.

— Estou cobrando nossa dívida — ele assoprou, a voz rouca de Dante vibrando com cada sílaba, enquanto sua mão encontrava o caminho até minha nuca, entrelaçando-se nos meus cabelos. Ele me puxou para mais perto, seus lábios buscando os meus com uma urgência arrebatadora. Sua língua, quente e úmida, invadia minha boca com uma necessidade desesperada. O beijo era áspero, faminto; o gosto de hortelã de sua respiração se misturava ao aroma intoxicante de seu perfume, enquanto sua pele suada se pressionava contra a minha.

Nosso calor era insuportável, como se cada centímetro de nossos corpos estivesse em chamas. Nossos movimentos sincronizados em um ritmo ardente e impetuoso. As mãos de Dante deslizavam audaciosas até minha bunda, seus dedos afundando na carne macia e me fazendo arquear o quadril em resposta, intensificando o atrito entre nós. Minhas próprias mãos exploravam seus braços e costas, e eu cravava as unhas em sua pele, arrancando-lhe um gemido que se perdia entre nossos lábios colados.

— Carajo, veneno — gemeu Dante, quebrando o beijo brevemente, seu rosto ainda muito próximo ao meu. Seus lábios roçavam os meus enquanto ele sussurrava — Eu preciso de mais, princesa.

Nossos olhos se encontravam, faíscas cintilando na penumbra do quarto. Respirações aceleradas, peles suadas se tocando; o desejo era palpável, meu coração pulsava ferozmente, ecoando o ardor que sentia.

Cautelosa, lancei um olhar furtivo para a outra extremidade do quarto, onde Vitor e Fabian deveriam estar dormindo. Notando minha hesitação, Dante inclinou-se, sussurrando com uma voz que mal perturbava o silêncio:

— Fabian dorme profundamente, e Vitor... — ele hesitou, como se ponderasse as palavras — Vitor não está aqui.

— E se ele voltar? — A incerteza tingia minha voz, o medo de ser descoberta aguçando meus sentidos.

Only Love Can Hurt Like ThisOnde histórias criam vida. Descubra agora