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(Musiquinha pra vocês entrarem na vibe pro cap, beijinhos 😘, aproveitem)

A Leather and Lace empregava alguns seguranças corpulentos para observar as portas e ficar atrás da multidão durante as apresentações. A presença deles servia principalmente para inspirar intimidação e manter o público sob seu melhor comportamento. E eles faziam bem o trabalho, principalmente o mais alto, Bernie, cuja estrutura musculosa escondia um sujeito com risada gostosa e ótimo senso de humor.

Cole, no entanto, tecnicamente não era um deles. Seu trabalho envolvia mais do que expulsar beberrões desordeiros ou separar brigas. Ele estava ali para se assegurar de que ninguém tocasse nas dançarinas. Especialmente Rosa. E os seguranças eram o reforço dele.

Ele se movimentava normalmente pelo local durante as apresentações, algumas vezes em meio ao público, algumas vezes nos bastidores, outras no andar de baixo. Mantinha um perfil discreto, os olhos sempre examinando a multidão, procurando pelo primeiro sinal de problema.

Esta noite, ele estava perto da pista de dança, em um canto escuro à esquerda do palco. Não sabia dizer o motivo. Não era como se esperasse que alguém da primeira fila fosse saltar e tentar agarrar Rosa ou uma das outras. Sim, já havia acontecido. Mas normalmente não até pelo menos a segunda parte, tarde da noite, quando os fregueses já haviam consumido mais do que algumas doses de uísque top de linha. E quando eles se esqueciam do tamanho dos seguranças, ou do quão estúpidos eles iriam se sentir por ter de telefonar para as esposas para serem tirados da cadeia.

Esta noite, Cole estava bem perto do palco porque queria manter sua atenção presa a ela.

Algo havia acontecido mais cedo, algo que ainda o estava enlouquecendo. Ah, ela já o enlouquecia em diversos aspectos, principalmente por causa daquela sexualidade flagrante que escorria dela. Mas isso não tinha nada a ver com a atratividade dela ou com a reação de Cole a isso.

Era algo mais. Algo que ele não conseguia definir. Desde que ele e Rosa trocaram palavras do lado de fora do camarim, uma voz estava sussurrando na cabeça dele dizendo que havia algo que ele não estava enxergando. Alguma verdade que ele havia negligenciado.

Ele reprisara toda a conversa, pensando em cada palavra, perguntando-se o que parecera tão estranho ali. Além do fato de ela ter agido como uma total espertinha a respeito das dicas de autodefesa que ele a pedira para seguir, eles não entraram em confronto. Não fora desagradável de maneira nenhuma, exceto quando ele quase rasgara a pálpebra dela acidentalmente.

Então, por que você está tão tenso?

Boa pergunta. Ele estava tão tenso quanto uma bola de elásticos, o maxilar cerrando, as mãos em punho. O coração não estava mantendo o ritmo de sempre, estava acelerado, como se a adrenalina tivesse tomado o corpo dele.

Quando eles a apresentaram, algo inundou de fato o corpo dele. Uma consciência exaltada. Talvez adrenalina também.

Ela não o viu quando iniciou, e dali Cole tinha uma visão perfeita de todos os movimentos dela. Ela estava usando o mastro esta noite, aproveitando para mostrar sua força e flexibilidade. Isso sem mencionar o convite a todos os homens na plateia para imaginarem-se como o objeto no qual ela se contorcia, aquele abarcado por suas pernas incrivelmente longas.

Ele tensionou, então afastou o lampejo de ciúmes. Não era da conta dele o que Rosa fazia... na vida profissional ou pessoal.

Ela começava a remover as pétalas agora, e elas voaram pelo palco, uma delas até mesmo flutuando para tão perto dele que ficou a apenas 30 centímetros de distância de sua posição no canto. Algo o fez dar um passo adiante, pegar a pétala. Se era para devolver a ela, ou guardar como uma lembrança, ele não sabia dizer. Manuseando-a levemente, ele a enfiou no bolso e continuou observando.

𝐏𝐑𝐎𝐕𝐎𝐂𝐀𝐍𝐓𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora