🌹5🌹

440 67 6
                                    

Durante as duas primeiras semanas após ter retornado do Oriente médio, Cole Sprouse genuinamente não se importara com o jeito como sua família se preocupara com ele. Houvera uma série de churrascos de boas-vindas no pequeno quintal da casa geminada onde ele havia sido criado. Houvera até mesmo jantares maiores na pizzaria da família, que havia sido sua segunda casa enquanto ele crescia. Fora arrastado para casamentos da família pela mãe e para a cozinha do restaurante pelo pai. Tivera bebês molhados e pegajosos colocados em seu colo pelas cunhadas, e fora coberto de cerveja pelos irmãos, que queriam saber detalhes de tudo o que ele havia visto e feito em outro continente. E ele bebera várias rodadas de drinques erguidos em brinde a ele por quase estranhos que, o tendo elogiado devidamente como patriota, queriam ir além e discutir a política da bagunça toda. E fora aí que ele colocara limites. Não queria conversar a respeito. Após 12 anos na Corporação, vários deles na ativa no Iraque, estava cansado. Não queria reviver as batalhas, feridas, ou dias de glória, nem mesmo com os irmãos, e certamente não justificaria sua escolha em se alistar às forças armadas a pessoas que nunca nem mesmo conhecera. Aos 18 anos, recém-saído do Ensino Médio, sem qualquer interesse na universidade e muito menos nos negócios da família, alistar-se na Marinha parecera um jeito legal de passar alguns anos. Que rebelde idiota ele fora! Estúpido. Despreparado. Imaturo. Ele rapidamente aprendera... e amadurecera. E, ao mesmo tempo em que não se arrependia dos anos passados servindo seu país, algumas vezes desejava poder voltar no tempo para socar aquele moleque de 18 anos e acordá-lo para a realidade que iria enfrentar. Realidade como esta: voltar para casa, para um mundo que ele não reconhecia. Para uma família que há muito optara por seguir a vida sem ele.
-Tudo certo com você? - perguntou seu irmão gêmeo, Dylan, que estava sentado diante dele em uma baia de bar, bebericando uma cerveja. Todos os irmãos tinham o hábito de parar no restaurante da família depois do trabalho algumas vezes por semana.
-Estou bem.
-Sentindo o molho marinara correr em suas veias outra vez?
Cole riu.
- Você acha que o Papà ao menos percebeu que existem outros tipos de comida?
Dylan balançou a cabeça. Esticando a mão para a cesta de pães, serviu-se de um palitinho de pão.
- Você acha mesmo que mamãe já tentou cozinhar para ele outro tipo de comida?
-Bem pensado.- Os pais combinavam bem em sua certeza de que qualquer outra comida além da italiana era imprópria para consumo.
- Ela ainda está reclamando porque você não vai voltar para casa?
Assentindo, Cole pegou um palitinho de pão para si. Pelo seu murmúrio, ele não trocaria a comida do pai por nada... especialmente o bandejão interminável que ele tinha de tolerar no serviço militar.
- Ela parece pensar que eu seria feliz morando em nosso velho quarto com o pôster na parede da Demi Moore em Proposta indecente. É como entrar em em uma maldita fenda no tempo.
- Você sempre prefiriu Até o limite da honra.
Cole apenas suspirou. Dylan raramente levava alguma coisa a sério. Nesse aspecto ele não tinha mudado nada. Mas todo o restante certamente mudara. Durante os anos que ele passara fora, as poucas visitas ao lar não permitiram que Cole se mantivesse mentalmente alinhado aos seus comuns. Em sua cabeça, quando deitava em sua cama de lona se perguntando se haveria um dia no qual a areia não iria se infiltrar em cada superfície das roupas dele outra vez, os Sprouse eram o mesmo bando grande barulhento com o qual ele crescera: dois pais trabalhadores e um monte de crianças.

♤♤•♤♤•♤♤•♤♤•♤♤•♤♤•♤♤

Pessoas por favor me ajudem. Votem, comentem, recomendem... Tudo o que possa me ajudar. Agradeço viu?
Vou postar mais um capítulo agora então comemorem, hihi
Bjs de luz 😘

𝐏𝐑𝐎𝐕𝐎𝐂𝐀𝐍𝐓𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora