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(Musiquinha pra vocês entrarem na vibe pro cap, beijinhos 😘. Se preparem que hoje tem 🙌🔥)


Amigos serviam para ir ao cinema. Para compartilhar desastres sobre encontros românticos. Para enfrentar reuniões chatas. Para chorar depois de terminar namoros. Para fazer dieta. Para beber. Para festejar.

Amigos não serviam para fazer sexo. Ou para cobiçar. Ou para inspirar cobiça simplesmente pelo modo como pousavam algumas caixas pesadas e preenchiam a calça jeans gasta.

Cole Sprouse não era amigo dela. Porque, ai, deus, ela já havia quebrado todas as regras da “amizade” do manual e só havia concordado com as condições dele há algumas horas.

Quando conversaram na cozinha, ele fora amigável e caloroso. Aquele sorriso pueril que ele lançara para ela quando oferecera ajuda com as entregas o fizera parecer tão charmoso e cativante. O completo oposto do macho bonitão, pensativo e quente que ela observara através de olhos cobiçosos na boate no último fim de semana. Era como se ele fosse duas pessoas em um só corpo.

E ela desejava ambas desesperadamente.

Lili não conseguia acreditar que havia pensado ser capaz de lidar com a coisa de ser meramente amiga dele. Agora, isolada em uma van de entrega com ele pelas últimas duas horas, ela definitivamente estava com segundas intenções.

Ele estava sendo tão malditamente maravilhoso. Não apenas oferecendo ajuda, mas ele havia se recusado a permitir que ela erguesse uma única caixa. Eles foram a dezenas de lojas e restaurantes, entregando bolos, tortas e doces para oferecer aos comensais noturnos, e bolinhos e bolo de café a outros, para os clientes que tomariam café da manhã no dia seguinte. Ele cativara os clientes dela, e a ela. Ele até mesmo dirigira, já que Lili odiava lidar com o tráfego. Ela se sentou no banco do carona da van da confeitaria, lendo a lista de lojas, tentando não notar como ele era grande e como a van parecia pequenina com ele dentro.

Ela também tentou não notar como ele estava maravilhosamente cheiroso. Como a risada grave a invadia, mais cálida e sensual do que uma brisa de verão. Como os cabelos curtos se curvavam um pouquinho atrás da orelha. Como o queixo levemente projetado dele era sólido e como o corpo era denso sob a camiseta apertada. Como ele a aquecia a um metro de distância.

E como ela o desejava muito, muito.

Especialmente depois da bomba folhada de creme. Foi a maldita bomba de creme que pôs o último prego sobre o caixão dela... e a umidade na calcinha.

Eles tinham uma caixa extra. Lili estava tão exausta por trabalhar tantas horas, tanto na confeitaria de terça a sábado, e na boate no fim de semana, que errou a conta. Ela empacotou uma caixa extra com duas dúzias das iguarias decadentes recheadas de ricota e creme. Assim que terminaram as entregas, graças principalmente às costas fortes de Cole – ai, Deus, aquelas costas fortes –, ela notou a caixa extra e percebeu seu erro.

Então, quando retornaram à confeitaria e pegaram o pequeno lote particular na traseira, ela lhe ofereceu um doce. Ele aceitou imediatamente, sem nem mesmo sair da van antes de pegá-lo. E vê-lo comer com tamanha estima visceral e sensual transformou Lili em uma trapalhona trêmula.

– Deus, estes são fantásticos. Não é surpresa esgotarem todo dia no Sprouse’s – disse ele, enquanto lambia o centro cremoso do doce em forma de tubo.

Lili se remexeu no assento. Lambendo. Não era bom observar um homem fazer isso se você queria fazer sexo com ele e não podia.

Ele mordiscou um pouco da massa folhada.

Mordiscar. Também era ruim. Ela acrescentou o ato à sua lista mental de coisas a não observar.

Então ele mordeu e fechou os olhos num deleite extasiado. Ai, Deus. Morder... qualquer coisa que colocasse aquele olhar de prazer intenso no rosto dele estava absolutamente fora de questão.

𝐏𝐑𝐎𝐕𝐎𝐂𝐀𝐍𝐓𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora