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Lili Reinhart tinha um segredo

Bem, ela possuía muitos segredos. Mas o segredo que estava tentando esconder agora era um que poderia fazê-la ser expulsa da cidade dos ventos  pela eternidade.

Ela preferia a pizza fininha, feita para se comer com a mão, ao estilo de Nova York, à pizza super recheada para se comer com garfo e faca, ao estilo de Chicago.

Chocante, mas verdadeiro. Durante os anos em que estivera morando em Nova York, em sua carreira de dançarina, ela se apaixonara por tudo lá, incluindo a comida. Mas estaria correndo sérios riscos caso o admitisse. Porque eles levavam a pizza muito a sério ali. O avô dela se reviraria no túmulo se descobrisse que ela havia virado a casaca. O pai dela, cuja solicitação tinha feito com que ela parasse ali no Sprouse's, iria deserdá-la. E a irmã, cujo marido gerenciava aquele local, nunca falaria com ela outra vez.

Hum. Isso poderia ser uma benção. Considerando que a irmã Madelaine nunca havia dominado a arte de calar a boca quando a ocasião exigia, Lili se sentia tentada a contar que não apenas gostava de massa fina, como também preferia os Mets em vez dos Cubbies no beisebol. Aquilo faria a irmã ficar petrificada no meio da rua.

Como é que eu vou me livrar dessa?

Não era a primeira vez que ela se fazia tal pergunta durante aqueles dois meses em que havia voltado para casa, enquanto cuidava da confeitaria da família quando o pai se recuperava de um derrame. Se os amigos em Manhattan pudessem vê-la coberta de farinha, vestindo um avental, trabalhando atrás de um balcão, eles achariam que ela havia sido abduzida.

Essa poderia não ser Lili Reinhart, a ex-bailarina de pernas longilíneas das Rocketts que tinha os homens aos seus pés. Nem a Lili que tinha ido embora para arranjar uma vaga em uma das companhias de dança modernas estreantes em Nova York, que existira por tão pouco tempo, pois a vaga surgira depois que a lesão do ligamento cruzado anterior do joelho exigira uma cirurgia de grande porte, sete meses antes.

Mas era. Ela era. E aquilo a estava deixando louca.

Não que ela não amasse a família.  Mas, ah, ela desejava que um deles pudesse gerir a confeitaria. Porque ela não estava feliz por estar sob o microscópio mais uma vez, morando naquela região (grande geograficamente, porém pequena em essência) da Little Italy.

Antes que pudesse resmungar a respeito, no entanto, algo lhe captou a atenção em meio a pizzaria lotada. Ou melhor, alguém lhe captou a atenção. Assim que ela lançou mais um olhar entediado ao redor, meio que desejando encontrar alguém que reconhecesse de sua outra vida ali em Chicago, a vida sobre a qual ninguém mais sabia, ela viu... ele.

Um homem de cabelos escuros e olhos verdes azulados, quase como um quartzo verde, a estava encarando de lá do outro lado do salão. Mesmo a cinco metros de distância ela sentia o calor emanado dele. Um fogo sensual, faminto em resposta, espiralou desde as pontas dos cabelos loiros enrolados dela até as solas dos pés.

Deus, o sujeito era quente. Ardentemente quente. Quente tipo "aquecimento global".

Os cabelos bem pretos eram curtos, espetados. Um militar.

Os olhos esverdeados combinavam com os cabelos. Eram profundos, com cílios pesados... focados em sexo, ela diria. O rosto era magro e mais robusto do que bonito. O maxilar forte se projetava um pouquinho, e a boca séria estava intensamente contraída, como se tentando disfarçar intencionalmente a plenitude de um par de lábios masculinos espetaculares.

Os ombros eram largos e o peito era mediano, porém grande o suficiente para trazer destaque aquela parte do corpo. E a postura dele, era completamente, cem por cento, dos homens Sprouse.

Porque Lili sabia que era Cole Sprouse quem havia encarado o olhar dela do outro lado do salão. Cole Sprouse, que estava fazendo a terra tremer um pouco sob os pés dela, exatamente como sempre fizera quando ela era adolescente.

Ela disse a si para respirar e não permitir que ele a afetasse. Ele certamente o fizera certa vez... como no casamento de Madelaine e Travis, quando ela fora uma dama de honra de 14 anos e ele fora padrinho. Ele tivera de acompanha-la até a nave, e sua postura durona de "tenho 18 anos e vou ser fuzileiro naval" não tinha gostado nem um pouco daquilo. E aquele era um dia que ela nunca iria superar, tamanho o constrangimento por que passara. De algum modo, no entanto, aquela lembrança não fez o chão parar de tremer. Nem a acalmou quando ele se aproximou mais. Aqueles olhos verdes estavam fixados no rosto dela quando ele abriu caminho pela multidão sem esforço, dando um olhar aqui, uma olhadela acolá. Todo mundo dava espaço para ele. Os homens, por respeito. As mulheres... bem, as mulheres estavam do jeito que Lili também achava estar: embasbacadas. Tudo por causa da sensualidade latente daquele homem sexy.

Aquele que ela desejara desde a primeira vez em que sentira calor entre as pernas e compreendera o que significava.

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OI POVOOOO

NÃO MORRI KAKAKAKAKA

Enfim criei vergonha na cara e postei o cap pra vcs, agora com parágrafos (acontece que não sou tão lenta assim hihi)

Como fiquei fora por BASTANTE tempo (não tenho desculpinha pra isso, só me perdoem mesmo) não consegui agradecer vcs. Batemos 700 leituraas, é pouco, mas pra mim que tô começando, significa muito. Vcs são demais, só não elogio tanto pq ninguém interage nos comentários 🤡 (por favor não sejam leitores fantasmas e digam alguma coisa KSKSKSKSKSK obrigada)

Perdoem o horário tbm, sou estranha assim mesmo, de madrugada bate vontade de escrever e eu venho.

No próximo cap vou esclarecer algumas coisas sobre a fic então não pulem please. Se quiserem fazer algumas perguntas lá vai ser o lugar perfeito :)

Como sempre não se esqueçam de votar e comentar.

Beijinhos e se cuidem 💋

𝐏𝐑𝐎𝐕𝐎𝐂𝐀𝐍𝐓𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora