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(Musiquinha pra vocês entrarem na vibe pro cap, beijinhos 😘, aproveitem)

Quando Cole percebeu que havia buracos nos bombons, ficou vermelho. Mas o rubor nada tinha a ver com o reflexo do recheio de cereja dos doces, e sim com a raiva que sentia.

Ele precisava saber mais, especialmente depois do que Jackie lhe dissera sobre algumas flores que Lili havia repassado a Leah no fim de semana anterior. Mas ele não queria fazer aquilo ali.

– A polícia está a caminho – murmurou ele para Harry. Então, sem dizer nada, agarrou o cotovelo de Lili e a tirou do camarim, seguindo diretamente para o camarim particular dela.

Ela saiu tropeçando e ele percebeu que talvez a estivesse apertando demais. Mas não podia soltar; não conseguia relaxar o aperto. Ele não iria permitir que ela se afastasse mais do que 15 centímetros dele... ou que qualquer um se aproximasse a menos de 15 centímetros dela.

– Cole, acalme-se – murmurou ela.

– Estou calmo. – Mortalmente calmo.

– Não, não está. Você está explodindo – disse ela, assim que adentraram o camarim.

Cole fechou e trancou a porta. A última vez que havia trancado a porta daquele cômodo havia sido o início de uma das experiências sexuais mais fantásticas que ele já experimentara. Realmente gostaria de estar trancando a porta pelo mesmo motivo agora.

Mas não estava. Estava trancando a porta para manter Lili, a mulher que ele agora sabia que amava, a salvo de alguém que havia tentado feri-la pelos menos duas vezes até então. Talvez até mesmo mais.

Olhando para baixo, ele viu a cadeira nova diante da bancada de Lili e ficou nervoso outra vez. Ele se inclinou e a golpeou com a palma da mão, fazendo-a colidir contra a parede. Ela não desabou.

Mas também não abrandou a suspeita dele a respeito da cadeira anterior.

– Por que você fez isso? – perguntou ela, a voz calma e equilibrada.

Que bom que um deles estava calmo.

– Só estou me certificando de que nosso amigo não sabotou outra cadeira.

Os belos lábios de Lili se abriram formando um “O” perfeito como se a compreensão a tivesse atingido. Aquilo, mais do que qualquer coisa, parecia finalmente dar sentido à situação. Ela agarrou a beirada da mesa e cedeu de encontro a ela.

– Alguém está realmente tentando me ferir?

Ele se aproximou e passou os braços em torno dos ombros dela, puxando-a para si.

– Acho que sim, querida.

– Por quê?

– Não faço ideia. Por que assediadores fazem as bobagens que fazem?

Jogando a cabeça para trás para olhar para ele, ela murmurou:

– Assediador? Por que alguém iria querer se aproximar de mim apenas para fazer algo estúpido como me deixar doente?

Ele tinha algumas respostas. Havia muitos homens lá fora que gostavam de bancar os heróis. Talvez alguém estivesse armando para Lili passar mal ou cair apenas para se aproximar dela como aquele que viera em seu socorro. Quem poderia saber como algumas mentes sombrias e deturpadas funcionavam?

– Talvez alguém tivesse esperanças de que você desmaiasse no palco, para que ele pudesse dizer ser médico e vir em seu socorro.

Ela bufou impacientemente.

– Isso é tolice.

– Mas não é impossível – insistiu ele. – Aquelas flores que chegaram na semana passada... Jackie disse que eram para você, mas você as deu para Leah?

𝐏𝐑𝐎𝐕𝐎𝐂𝐀𝐍𝐓𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora