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(Musiquinha pra vocês entrarem na vibe pro cap, beijinhos 😘, aproveitem)


Quando Cole conseguiu enfrentar mais uma noite na Leather and Lace sem assisti-la dançar, Lili ficou um pouco nervosa. Ela não queria perguntar para ele a respeito das noites seguintes, afinal eles estavam se divertindo tanto fazendo coisas loucamente sensuais um com outro. Mas não conseguia evitar se perguntar sobre o assunto.

Na noite de domingo, Cole estivera ocupado demais para observá-la dançando. Ou assim ele alegara. Ele convenientemente precisava apagar mais um incêndio na boate toda vez que ela estava agendada para dançar.

Suspeito. Ela não queria estar desconfiada, mas estava.

Ele havia dito que podia lidar com isso... mas não estava agindo como se ao menos quisesse tentar.

Não era que ela não compreendia. Na verdade, colocando-se no lugar dele, diria que provavelmente teria um grande problema com outras mulheres olhando cobiçosamente para o homem dela, pensando em maneiras de ter aquele corpo incrível e rosto maravilhoso.

O homem dela. Dela? Ai, Deus, será que de alguma forma ele havia se tornado o homem dela?

Sentada em seu apartamento, Lili percebeu que sim, que em algum momento nas semanas mais recentes Cole havia se tornado o homem dela.

Talvez tivesse sido quando ele fizera amor com ela na traseira da van. Ou quando ele cuidara dela depois da queda no camarim. Talvez fosse por causa do sorriso sensual dele e do jeito íntimo como ele a observava quando achava que ninguém estava olhando.

Talvez fosse até mesmo por causa do jeito como ela se sentia todas as vezes que acordava nos braços dele.

Aqueles momentos antes do amanhecer. Sim. Provavelmente aqueles momentos tinham feito isso.

Porque, toda vez que acontecia, fosse no apartamento dele ou no dela, Lili sentia necessidade de ficar ali o observando dormir. Analisando a linha rija do maxilar dele e a curva da bochecha. Perguntando-se como um homem poderia ter uma boca tão sensual e ainda assim ser tão durão. Perceber as pequenas cicatrizes no corpo dele, e a tatuagem, e lamentar pelas coisas que ele deveria ter passado quando era soldado.

Sim. Naquele momento, o coração dela se abriu. E ela o deixou entrar da mesma forma que havia adentrado em seu corpo.

Havia momentos com os quais ela se permitia não se importar. Ao menos cogitar se poderiam fazer aquela relação louca funcionar. Talvez um casamento mascarado... a Rosa Escarlate e o sensual vigilante noturno.

Aquilo era tão careta.

Mas não era mais louco do que ideia de uma união oficial entre Lili Reinhart e Cole Sprouse da rua Taylor.

– Será que isso seria realmente tão ruim? – sussurrou ela. Lili estava dizendo a si que seria, mas em momentos como aquele tinha grande dificuldade de se lembrar por quê. – Preciso de açúcar – murmurou ela quando seguia para a cozinha, morrendo de vontade de comer um doce. Ela era boazinha na confeitaria e tentava resistir à tentação, então nunca levava nada para casa. Em momentos como aquele, no entanto, Lili se arrependia dessa disciplina.

Cole havia telefonado há pouco, dizendo que estaria saindo da pizzaria dentro de uma hora e que iria dar uma passada lá. Ela olhou para o relógio, perguntando-se se tinha tempo para correr até o mercado da esquina. Estava tão desesperada que encararia até um pacote de bolinhos industrializados a essa altura.

Antes que pudesse pegar seus sapatos e sair para comprar algo para se empanturrar, o celular tocou. Olhando para o identificador de chamadas e reconhecendo o número da cidade de Nova York, ela começou a sorrir imediatamente, encontrando agora outra rota de fuga infalível, pelo menos mentalmente, de seus problemas.

𝐏𝐑𝐎𝐕𝐎𝐂𝐀𝐍𝐓𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora